RioMar Recife e Instituto JCPM realizam mutirão de limpeza em mangue do Recife
Ação reúne voluntários, pescadores e estudantes para conscientização ambiental e preservação do ecossistema local

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Com o objetivo de promover a conscientização ambiental e estimular o cuidado com os ecossistemas locais, o RioMar Recife e o Instituto JCPM realizaram, nesta quinta-feira (24), uma ação de limpeza no mangue da região. A iniciativa faz parte do projeto “Jogando Limpo com o Mangue”, realizado em parceria com o Instituto Bioma Brasil.
A mobilização envolveu jovens do Instituto JCPM, pescadores da comunidade do Pina e de Brasília Teimosa, além de voluntários. As equipes foram divididas em duas frentes de trabalho: uma por terra, com os jovens e voluntários, e outra por água, com apoio de cinco embarcações e dez pescadores locais.
Oficinas educativas prepararam os voluntários
A ação teve início após oficinas teóricas realizadas ao longo da semana, conduzidas pelo biólogo Clemente Coelho Jr., professor da UPE e voluntário do Instituto JCPM. Os encontros abordaram a importância ecológica dos manguezais e incentivaram a reflexão sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
“Um dos maiores problemas globais hoje é o plástico nos oceanos. Ele demora a se decompor e, ao longo do tempo, se fragmenta em microplásticos que ficam impregnados no solo, liberando substâncias tóxicas que podem afetar até a saúde humana”, explicou o professor.
Comunidade engajada na preservação
Coordenadora de Sustentabilidade do RioMar Recife, Jussara de Paula destacou o envolvimento da comunidade na ação. “Culminamos hoje no recolhimento desses materiais no manguezal. Temos voluntários e participantes das oficinas fazendo a coleta para reforçar a importância desse ecossistema”, afirmou.
O lixo retirado do mangue será pesado com apoio da Emlurb, utilizando o lixômetro, e encaminhado ao aterro sanitário, já que boa parte dos resíduos não tem potencial de reciclagem.
Para a estudante Tatiane Cavalcanti, do Instituto JCPM, a experiência foi impactante. “Quanto mais a gente andava, mais lixo encontrava. Embaixo dele, havia animais. A gente precisa parar de jogar lixo aqui. Isso afeta os bichos e a gente também.”
Na última edição do projeto, foram retiradas do manguezal cerca de 1,5 tonelada de lixo. A expectativa dos organizadores é de que, pelo ritmo do trabalho deste ano, esse número seja superado.