Governo de Pernambuco injeta recursos para atrair habitação popular ao Centro do Recife
Ocupar o centro histórico ainda é um desafio para as capitais brasileiras e esbarra com problemas de infraestrutura, oferta de serviços e segurança

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), anunciou novas medidas para atrair o mercado imobiliário a construir habitação popular na área central do Recife.
Uma das iniciativas é a instrução normativa que autoriza o repasse adicional de R$ 20 mil por unidade habitacional em empreendimentos do programa Minha Casa Minha Vida (FAR) no Recife, a partir de recursos do programa estadual Morar Bem Pernambuco.
“Se o FAR só paga até um certo valor e a conta não fecha, o Estado entra com R$ 20 mil por unidade. O recado é claro: construa no Recife, que a gente apoia. O Estado está fazendo sua parte”, explica a secretária estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes.
Na modalidade Entrada Garantida, a gestão estadual anunciou a elevação do teto para até R$ 255 mil na capital pernambucana, acompanhando o novo valor de referência do Minha Casa Minha Vida Faixa 2.
Agora, famílias com renda de até dois salários mínimos continuam aptas a receber R$ 20 mil de entrada, podendo acumular esse valor aos subsídios federais de até R$ 55 mil.
De acordo com o Governo de Pernambuco, as mudanças são viabilizadas por orçamento já disponível: R$ 1 bilhão do Morar Bem PE, garantido até 2027 no Plano Plurianual (PPA), com R$ 332 milhões aplicados anualmente e R$ 222 milhões investidos na modalidade Entrada Garantida desde 2023.
Na Avenida Guararapes, uma das principais vias do centro da capital pernambucana, o Governo do Estado anunciou que vai transformar um dos edifícios históricos da região em habitação social voltada para servidores públicos estaduais. A proposta prevê a requalificação do prédio, que mantém uma agência da Caixa no térreo, garantindo um modelo de uso misto, com comércio e moradia.
A ideia é realizar um chamamento público para construtoras interessadas em atuar na faixa 1 do Minha Casa Minha Vida FGTS, que atende famílias com renda bruta mensal de até R$ 3.036. Nesse segmento, os beneficiados têm até R$ 75 mil de subsídio do governo federal e estadual.
Ocupar o centro histórico ainda é um desafio para as capitais brasileiras. Além do Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador esbarram com problemas recorrentes de infraestrutura, oferta de serviços e segurança, por exemplo.