JCPM e as 90 luas, sol luzente no orgulho de ser nordestino
O empresário João Carlos Paes Mendonça se move a desafios e gosta de transformar gente e de ser agente da educação e do social..........

O grupo JCPM é orgulho dos recifenses e pernambucanos, haja vista as nove décadas de empreendimentos e realizações em nossa cidade, em nosso Estado, sendo um dos artífices do desenvolvimento regional.
João Carlos Paes Mendonça, visionário e empresário, sergipano de boa cepa, da terra de Tobias Barreto, é cidadão honorário do Recife e de Pernambuco, dois títulos que ele abraça com muito gáudio, notadamente por sua vocação ligada às causas educacionais e sociais.
Este seu perfil sempre me levou a admirá-lo, mesmo que mais ou menos a distância. Ali está um brasileiro que dignifica o Nordeste e o Brasil, dizia - e digo - eu para mim mesmo.
Escrevo este meu artigo com o ímpeto da espontaneidade, bem à vontade, primeiro porque ele, João Carlos, é uma pessoa inadulável, indiferente às louvaminhas, aos adjetivos fáceis. Tento aqui apenas externar um tanto do muito feito por esse brasileiro que aqui chegou motivado pelos pendores do nosso Estado.
Dois livros complementares traçaram a síntese desse timoneiro do grupo JCPM:
O primeiro, editado em 1998, "João Carlos Paes Mendonça: vida, ideias e negócios," do renomado escritor Mário Hélio, com prefácio do notável escritor e, em nosso país, imortal federal e estadual, Marcos Vilaça, e, o segundo, editado em 2025, "JCPM. O Grupo e a trajetória de João Carlos Paes Mendonça, o empresário que gosta de gente, de trabalho e de mudar a vida das pessoas," prefaciado pelo também notável escritor e, por igual, no Brasil, imortal federal e estadual, José Paulo Cavalcanti Filho, livro de autoria do jornalista Saulo Moreira.
Os dois livros, em belíssimas edições, no esforço de extremada competência dos seus autores no intento de esgotarem o inesgotável, a trajetória de um Grupo que é exemplo vivo de dedicação, de ética e de zelo profissional, tendo por foco os objetivos de bem servir à causa a que se insere, conciliando o equilíbrio entre a inteligência do fazer empresarial e o fazer social.
'Vilaça, no prefácio do extraordinário livro de Mário Hélio, ao descortinar caminhos à leitura, externa:
"Este livro entre os seus méritos tem o de ser um livro situado, como é necessário no gênero.
Situado no homem, no tempo, no espaço. Orteguianamente na sua circunstância.
Veem-se João Carlos Paes Mendonça, o homem; a trajetória dos dias da Serra do Machado até os do Recife, o tempo; o 'Orgulho de ser nordestino', o espaço.
Tudo existe para acabar em livro, é sentença de Mallarmé. João Carlos haveria de chegar a existir em livro."
José Paulo, no seu prefácio, deu, com o seu magistral poder de síntese, especial relevo ao magnífico trabalho de pesquisa do jornalista Saulo Moreira, instigando o leitor à leitura que se supõe um fascínio aos encantos das histórias traçadas ao gosto do jornalismo investigativo, uma essência à pesquisa.
Na contracapa do livro esplende trecho do prefácio de José Paulo, um admirável recorte que emociona a quem lê: "Essa é a história improvável de um menino que trocou sua infância pela aventura (quase insensata) de conquistar o mundo. Por saber, desde cedo, qual o roteiro estava prometido para ele - o de escapar das entranhas do Brasil popular e profundo para ser um dos grandes personagens de seu país."
João Carlos existe em livro, página por página, a cada capítulo, o homem ligado à esposa, à família, desde os 9 anos ajudando o pai, conduzindo o Grupo JCPM na construção de uma trajetória marcada por uma visão empreendedora e inovadora, sempre comprometida com o desenvolvimento regional e com os impactos sociais.
Pedro Paes Mendonça, seu pai, foi a semente e a permanente inspiração do filho sempre atento à liderança paterna. Estarreceu, na gênese do Grupo, a ocorrência do incêndio na mercearia criada pelo pai, em Aracaju, fogo que fez arder o coração de ambos, mas que João Carlos, correndo desarvorado, conseguiu salvar alguma coisa e somente não veio a óbito, sufocado pela fumaça, porque, na tentativa de mais adentrar o recinto, foi puxado pelas mãos milagrosas do pai: "Filho, não vá. Se for, morre."
Admirável a superação, em pouco menos de um mês uma mercearia foi implantada, na proximidade, substituindo a que foi destroçada pelas chamas.
Chamo Victor Hugo:
"Do atrito de duas pedras
chispam faíscas;
das faíscas vem o fogo;
do fogo brota a luz."
Ficou a luz iluminando caminhos trilhados com muito denodo.
Coloco em relevo o fato de o conglomerado do Grupo JCPM administrar diretamente sete empreendimentos em Aracaju, Fortaleza, Recife e Salvador.
A influência que o Grupo exerce no Nordeste não se restringe aos slogans ou à liderança de seus shoppings na região. Esses centros também transformam os territórios onde estão estabelecidos. Desde a construção à operação, os empreendimentos geram empregos, estimulam a criação de pequenos negócios e fortalecem os projetos colaborativos.
"O shopping é muito mais do que um centro comercial. É uma engrenagem de desenvolvimento econômico e social," ressalta Lúcia Pontes, diretora de desenvolvimento social e Relações institucionais do Grupo JCPM, sendo ela outra referência a ser exaltada nesse ciclo das primeiras 90 luas.
Destaco, porque me enche de entusiasmo, na festa das comemorações à data, as homenagens às pessoas que participaram da construção dessas noventa luas.
Duas delas, Carmen Peixoto e Ivanildo Sampaio, fraternais amigos que tanto deram e se deram à ingente causa do grupo, em especial ao Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.
Os nordestinos, em particular os pernambucanos, regozijados, em uníssono, parabenizam, posso assegurar, João Carlos Paes Mendonça, que se move a desafios e que gosta de transformar gente e de ser agente da educação e do social e que, neste ano, celebrando as 90 luas do seu Grupo, dele se pode dizer que soube ser sol luzente no "Orgulho de ser nordestino."
Roberto Pereira, ex-secretário de Educação e Cultura de Pernambuco e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo (Abevt).