JCPM , orgulho de sua gente
A coragem e a perseverança criaram a energias propulsoras do triunfo de João Carlos, que incorporou o espírito de lutar para vencer, de "Seu" Pedro.

É, para mim, uma honra excelsa saudar o amigo João Carlos Paes Mendonça, líder do Grupo JCPM, que ora completa, com plenitude, 90 anos de militância, inicialmente no comércio varejista que culminou com a construção de uma das mais reconhecidas redes de supermercados do Nordeste, que chegou a se tornar a terceira maior do País, o Bompreço. Posteriormente, o grupo migrou para a área de shoppings centers e estendeu suas atividades para outros segmentos. João Carlos, filho mais velho de “Seu” Pedro e Maria Dudu, nasceu na bucólica Serra do Machado, município de Ribeirópolis, fincada no agreste sergipano. A situação penosa que outrora se encontrava a referida localidade, foi muito bem retratada pelo jornalista pernambucano, Ivanildo Sampaio, em seu livro, A Serra e o Sonho: “No princípio era assim – e assim por muito tempo continuou o pequeno distrito de Serra do Machado, com suas colinas tingidas de um verde suave e permanente, suas noites claras salpicadas de estrelas, seus poucos moradores a esperar que do município sede viesse, algum dia, qualquer sinal de ajuda. Sob a paz e a pobreza, os moradores de Serra plantavam, colhiam quando a chuva vinha, criavam uns poucos animais e esperavam, esperavam, esperavam... Eram umas poucas centenas de almas, acomodadas em casebres variados, devotos de São Sebastião, que temiam a Deus, os cangaceiros a ausência de chuva”.
O intimorato João, dotado da inquietude dos vencedores e consciente de que são suas escolhas que constroem a sua essência, após dar continuidade e implementar com solidez os negócios de seu genitor, criou, em 1989, a Fundação Pedro Paes Mendonça, com o objetivo precípuo de resgatar um sonho, acalentado pelo seu velho pai, o de mudar a realidade de sua terra natal. Atualmente, contando com mais de 100 profissionais, comandados pela competente Lúcia Pontes, diretora de Desenvolvimento Social e Relações Institucionais do Grupo JCPM, a Fundação atende duas mil pessoas, com iniciativas nos setores de: educação, mediante ensino fundamental I e II, com período integral e apoio para o ensino médio, universidades e qualificação, além de uma biblioteca pública; idosos, por meio de acolhimento, atenção à saúde a à alimentação; cultura, por intermédio do Centro Cultural Maria Melânia, que oferece aulas de capoeira, dança e teatro; e, cidadania e sustentabilidade, destacando-se, o Bairro do Futuro, a Galeria da Serra, reciclagem agrícola orgânica e horta medicinal escolar. Os resultados de 2024, são impressionantes: 289 alunos matriculados na Escola São Sebastião e no Centro de Educação Básica Auxiliadora Paes Mendonça; 59 idosos atendidos no Lar Dona Conceição; 6.275 atendimentos médicos, odontológicos, fisioterapia e nutrição, na Clínica Dona Dudu Mendonça; mais de 1 tonelada de hortaliças e raízes orgânicas, cultivadas na horta da Fundação; mais de 465 mil refeições oferecidas aos beneficiários e colaboradores e, 42 microempreendedores apoiados.
Consciente de que “só a educação liberta”, conceito que remete à ideia de que a educação, mediante o conhecimento e a compreensão, pode libertar as pessoas de opressões, sociais, políticas ou de ignorância, o obstinado João cria, em 2007, o Instituto JCPM. Atualmente com seis unidades, em quatro estados, Bahia, Ceara, Pernambuco e Sergipe, tem oferecido educação e empregabilidade a jovens das comunidades do entorno dos empreendimentos do Grupo JCPM. Vale ressaltar, que todo esse trabalho, fez o índice de analfabetismo despencar, na região da “Grande Serra do Machado”, que engloba, também, as localidades de Esteios, Fazendinha, Serrinha e João Ferreira.
O esforço, a coragem e a perseverança, criaram a energias propulsoras do triunfo profissional de João Carlos, que incorporou o espírito de lutar para vencer, de “Seu” Pedro, sem se esquecer de estender a mão para os esperançosos concidadãos serranos e que, seguramente será seguido pelos seus netos, João Carlos, Marcelo e Renato, que já se comprometeram, também, com a continuidade do trabalho social da empresa.
Foi o amigo em comum, o querido Albano Franco, quem me fez conhecer, com mais proximidade, o ínclito João Carlos. Estão, pois, aí, as explicações do que me encontro aqui, galardoado por tanta confiança e resignado e ufano de me saber tão festejado por uma pessoa do melhor jaez. Segundo autor desconhecido, “solidariedade não é dar o que sobra, é dar o que falta”!
Antônio Carlos Sobral Sousa, professor titular da UFS e membro das Academias Sergipanas de Medicina, de Letras, de Educação, Estanciana de Letras e Riachuelense de Letras, Ciências e Artes