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Trump compara cartéis de drogas ao Estado Islâmico e fala em operação 'sem precedentes', envolvendo a América Latina

Trump também voltou a criticar seu antecessor, o democrata Joe Biden, a quem acusou de ter permitido a expansão do crime organizado no país

Por JC Publicado em 23/10/2025 às 22:24

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*Com Estadão Conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comparou nesta quinta-feira (23) os cartéis de drogas ao Estado Islâmico, ao anunciar o que chamou de uma "operação ampla, sem precedentes e historicamente bem-sucedida" para prender e expulsar membros dessas organizações do país. "Deve estar claro para todo o mundo que os cartéis são o Estado Islâmico do Ocidente", afirmou.

Segundo ele, esses grupos "usam extorsão, assassinato e sequestro para exercer controle político e econômico".

ALVO NA AMÉRICA LATINA

Os Estados Unidos explodiram mais um barco na quarta-feira (22) em águas internacionais e, agora, Trump sinalizou que pretende realizaer operações terrestres. Até então, foram dois ataques em 24 horas. Um na terça-feira (21) matou duas pessoas. Outro, na quarta (22), deixou três mortos no Oceano Pacífico.

Questionado sobre os ataques, Trump deixou claro: "Temos autoridade legal. Temos permissão para fazer isso. Trump foi além: disse que ataques semelhantes poderiam eventualmente ocorrer em terra".

O Wall Street Journal afirmou que, ao concentrar suas políticas externas no hemisfério ocidental, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, instaurou uma “relíquia da diplomacia americana do século XIX, a Doutrina Monroe”, tratando a América Latina como uma "extensão dos EUA".

"AMEAÇA CENTRAL"

Trump também voltou a criticar seu antecessor, o democrata Joe Biden, a quem acusou de ter permitido a expansão do crime organizado. "Obrigado, Joe Biden, por deixar que isso acontecesse. Ele entregou nosso país aos cartéis", disse.

O republicano afirmou que, sob seu governo, os Estados Unidos estão "finalmente tratando os cartéis como a ameaça central à segurança nacional que realmente são".

"Governos anteriores tentaram mitigar essa ameaça. Nosso objetivo é eliminá-la", declarou o presidente, acrescentando que "não vamos parar até erradicar a ameaça dos cartéis contra nosso país".

Trump também mencionou ter recebido uma ligação de Jensen Huang, CEO da Nvidia, e de outras pessoas - que não foram mencionadas - sobre a situação de criminalidade em São Francisco. "Me disseram que eles estão conseguindo resolver o problema. Nós poderíamos fazer mais rápido, mas resolvemos dar essa chance", comentou ao reforçar que não enviará tropas para a cidade por ora.

 

 
 
 

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