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ONU pede implementação total de cessar-fogo e entrada imediata de ajuda em Gaza

Nos EUA, o embaixador israelense Yechiel Leiter afirmou que os reféns vivos mantidos pelo Hamas serão libertados no domingo (12) ou na segunda (13)

Por Estadão Conteúdo Publicado em 09/10/2025 às 17:21

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A presidente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Annalena Baerbock, afirmou nesta quarta-feira, 8, que o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza oferece "um raio de esperança, após mais de 700 dias de morte, destruição e desespero". Baerbock defendeu que o momento deve ser aproveitado para encerrar a guerra, libertar todos os reféns israelenses e garantir a entrada de ajuda humanitária no território palestino.

Diversos líderes mundiais destacaram, durante a Assembleia Geral da ONU, no mês passado, que um cessar-fogo permanente pode abrir caminho para a paz, encerrar o domínio do Hamas em Gaza e a ocupação israelense, além de viabilizar uma solução de dois Estados. "É a única forma de garantir paz e segurança duradouras para israelenses e palestinos", disse Baerbock.

A presidente da Assembleia Geral elogiou os esforços de Estados Unidos, Catar, Egito, Turquia e outros países "por trabalharem para pôr fim ao sofrimento de reféns israelenses e civis palestinos".

Em Tel-Aviv, famílias de reféns comemoraram o anúncio do acordo com cantos e lágrimas, pedindo que o Prêmio Nobel da Paz seja concedido a Trump.

Nos Estados Unidos, o embaixador israelense Yechiel Leiter afirmou à CNN que os reféns vivos mantidos pelo Hamas devem ser libertados no domingo, 12, ou na segunda-feira, 13, após aprovação, pelo gabinete israelense, da lista de prisioneiros palestinos que serão trocados no acordo.

Leiter disse esperar que o pacto leve ao fim da guerra e à reconstrução de Gaza. "Mas é apenas o primeiro estágio, e precisamos vê-lo concluído nos próximos dias", declarou.

Líderes mundiais celebram acordo entre Israel e Hamas

Líderes globais celebraram nesta quinta-feira (9) o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, anunciado na véspera pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como a "primeira fase" de um plano de paz para a Faixa de Gaza. O pacto prevê também a libertação dos reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou que a entidade apoiará a implementação do acordo e o reforço da ajuda humanitária aos palestinos.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, disse estar "aliviado" com a iminente libertação dos reféns e afirmou que "a paz finalmente parece possível".

O premiê da Austrália, Anthony Albanese, chamou o acordo de "raio de luz", enquanto o da Malásia, Anwar Ibrahim, declarou que o pacto traz "uma centelha de esperança após meses de sofrimento e devastação".

O chefe de Gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse que o país "acolhe com satisfação" o acordo e o considera "um passo importante rumo à redução das tensões e à solução de dois Estados".

Já o chanceler da Nova Zelândia, Winston Peters, classificou o pacto como "um primeiro passo positivo para pôr fim ao sofrimento de israelenses e palestinos".

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que indicará Trump ao Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento à sua "extraordinária contribuição para a paz internacional".

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