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EUA e União Europeia planejam debater novas sanções contra a Rússia

A reunião ocorre em um contexto de frustração crescente de Donald Trump, com sua incapacidade de terminar a guerra de três anos e meio na Ucrânia

Por Estadão Conteúdo Publicado em 05/09/2025 às 20:32

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Um grupo de representantes europeus, liderados pelo encarregado das sanções da União Europeia, David OSullivan, visitará o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos na segunda-feira, 8, para discutir várias formas de pressão econômica sobre a Rússia, incluindo novas sanções. A reunião ocorre em um contexto de frustração crescente do presidente dos EUA, Donald Trump, com sua incapacidade de terminar a guerra de 3 anos e meio na Ucrânia, iniciada com a invasão por Moscou.

Apesar de uma cúpula recente com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, no Alasca, Trump não conseguiu obter um acordo para negociações diretas entre Putin e o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski.

Trump também exigiu que líderes europeus parem de comprar petróleo russo e enfatizou a necessidade de exercer pressão econômica sobre a China por financiar indiretamente a guerra da Rússia.

Enquanto isso, líderes europeus se comprometeram a considerar o envio de uma força de paz para a Ucrânia, uma ação que Moscou considera inaceitável. Putin afirmou que qualquer tropa estrangeira enviada à Ucrânia, enquanto a invasão russa estiver em andamento, seria considerada um "alvo legítimo".

António Costa diz que UE enviou delegação aos EUA

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou nesta sexta-feira, 5, que o trabalho sobre o novo pacote de sanções contra a Rússia já começou em Bruxelas, e que uma equipe europeia está viajando para Washington (EUA) para "trabalhar com nossos amigos americanos" no tema. Em coletiva de imprensa junto do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, o português disse que são necessárias mais medidas econômicas para pressionar a Rússia "a parar com a guerra, a parar de matar pessoas, a parar de destruir a Ucrânia".

"Estamos preparando garantias de segurança para assegurar uma paz justa e duradoura quando a paz chegar. E estamos totalmente comprometidos em fornecer fortes garantias de segurança para ajudar a prevenir futuros ataques. Ontem (quinta, 4), em Paris, 26 países, além da União Europeia (UE), comprometeram-se a unir forças para oferecer fortes garantias de segurança à Ucrânia por meio de operações aéreas, terrestres e marítimas, além da regeneração das forças ucranianas", disse Costa.

"Em suma, estamos prontos para o dia seguinte. Mas, para que esse dia chegue, precisamos pressionar o presidente Vladimir Putin à mesa de negociações", afirmou.

"É evidente que a plena adesão da Ucrânia à UE não é apenas a melhor garantia de segurança, mas também o caminho mais eficaz para a prosperidade e um futuro melhor para o povo ucraniano", disse ainda.

Em sua conta no X, Zelenski agradeceu a todos na Europa que "apoiam uma política de sanções rigorosa - tarifas contra aqueles que ajudam a Rússia e decisões sobre o congelamento de ativos russos. É justo que os ativos russos se tornem parte do preço que a Rússia paga pela sua agressão - um instrumento de proteção e recuperação a longo prazo".

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