Quem foi Jeffrey Epstein e qual a sua relação com Donald Trump? Entenda o escândalo
Promessa não cumprida de divulgar uma suposta "lista" de clientes do financista morto em 2019 gerou revolta na base de apoiadores de Trump

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O nome de Jeffrey Epstein, o milionário americano condenado por tráfico sexual de menores que morreu na prisão em 2019, voltou a assombrar a política dos EUA, desta vez gerando uma crise entre o presidente Donald Trump e sua própria base de apoiadores.
A polêmica explodiu após o Departamento de Justiça do governo Trump anunciar que não divulgaria mais nenhum arquivo da investigação e que a famosa "lista de Epstein" não existia. A decisão frustrou os seguidores do presidente, que durante a campanha eleitoral prometeu total transparência sobre o caso.
Quem foi Epstein e quais crimes cometeu?
Nascido em Nova York, Jeffrey Epstein construiu uma fortuna no mercado financeiro e, com ela, uma poderosa rede de contatos que incluía políticos como Bill Clinton, membros da realeza como o Príncipe Andrew, e o próprio Donald Trump.
Ele foi acusado de liderar, junto com a ex-namorada Ghislaine Maxwell, uma rede de exploração e tráfico sexual de meninas menores de idade. Os crimes ocorriam em suas propriedades de luxo nos EUA e em sua ilha particular no Caribe. Após uma polêmica condenação em 2008, com uma pena branda, ele foi preso novamente em 2019. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela. A causa oficial da morte foi suicídio.
A "Lista" e a crise com os apoiadores
Parte do fascínio e das teorias da conspiração em torno do caso vem da ideia de que existiria uma "lista de Epstein" com os nomes de todos os clientes influentes que participavam do esquema. O próprio Trump alimentou essa teoria, prometendo divulgar os arquivos se fosse eleito.
Com a recente decisão de seu governo de não liberar os documentos, Trump passou a ser cobrado por seus apoiadores. O presidente reagiu de forma defensiva, chamando a repercussão de "trabalho dos democratas" e seus ex-apoiadores de "fracos" por acreditarem na polêmica. A crise se aprofundou quando um jornal revelou que o nome de Trump aparece nos arquivos e que ele enviou um bilhete "sexualmente sugestivo" a Epstein no passado, o que levou o presidente a processar o veículo.
O caso mostra como o escândalo de Jeffrey Epstein, mesmo após sua morte, continua sendo um campo minado na política americana, capaz de gerar crises e abalar a confiança até mesmo dos mais fiéis seguidores.
(Com informações do Estadão Conteúdo e de agências internacionais)