Colégio CBV lança disciplina inovadora voltada para IA
Uso responsável da Inteligência Artificial motivou escola a criar uma nova disciplina, que será aplicada entre as turmas do 6º ao 9º ano

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Fazer uma ilustração, ajudar em um texto e até mesmo dar conselhos. Essas são algumas das ferramentas da Inteligência Artificial que já viraram cotidiano ao redor do mundo. Ainda assim, uma preocupação é essencial: como esse uso será feito pelas gerações futuras?
Pensando em uma forma de integrar ensino com o uso responsável das novas tecnologias, o Colégio CBV introduziu uma nova disciplina entre seus alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, como parte do programa DiaLab: Letramento Digital em Inteligência Artificial.
A novidade será implementada a partir do ano letivo de 2026, onde se debruça sobre o uso da IA de forma ética e construtiva. O objetivo é capacitar o aluno a usar esse tipo de tecnologia, além de prepará-lo para o futuro em cenários como mercado de trabalho e novas dinâmicas de aprendizado, como explica a Diretora Pedagógica do CBV, Jéssica Areval.
"A decisão surgiu da compreensão de que a Inteligência Artificial já não é mais uma tendência distante, mas uma realidade que transforma a forma como trabalhamos, estudamos e nos relacionamos. O CBV, com seu histórico de pioneirismo, entendeu que não bastava preparar os alunos apenas para acompanhar essas mudanças, mas sim para liderá-las de maneira crítica, criativa e responsável", argumenta.
Inteligência Artificial na sala de aula
No CBV, as aulas voltadas para o uso responsável da Inteligência Artificial serão divididas em partes teóricas e práticas. Inicialmente, os alunos aprendem sobre ética, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e os impactos de maneira geral da IA na sociedade. Na parte prática, os estudantes têm acessos a prompts, produção de vídeos, uso da voz de IA em diferentes produções e afins.
"A disciplina é fruto de um processo cuidadoso de pesquisa e planejamento pedagógico, realizado em parceria com a nossa rede, que dialogou com especialistas em tecnologia e educação para compreender como esse currículo vem sendo aplicado em outros países. O trabalho conta com a autoria de Tiago Belotte, um dos maiores especialistas em design de aprendizagem em IA da atualidade, responsável por estruturar o currículo em trilhas", complementa a Diretora Pedagógica.
Ao todo, serão 30 aulas divididas em 3 trilhas de 10 aulas cada. Para as turmas de 6º e 7º ano, as trilhas serão divididas em:
- O que é, afinal, essa tal de IA?
- Criar com IA, mas com minha identidade
- Cuidar, conviver e aprender com IA
Enquanto isso, as turmas de 8º e 9º ano terão, em sala de aula, as seguintes atividades:
- Compreender para criar: aprendendo com IA
- Criar com IA, mas com minha identidade
- IA em ação: Transformação social e participação
O impacto da IA dentro e fora da escola
Para o CBV, a iniciativa representa mais um passo importante na formação dos estudantes, unindo valores da instituição e, ao mesmo tempo, se diferenciando no mercado. Desta forma, o aluno detém de aprendizados que pode utilizar dentro e fora da sala de aula, indo além do uso básico da tecnologia.
A expectativa é que os alunos deixem de ser apenas consumidores passivos de tecnologia e passem a ser protagonistas. Assim, eles aprendem não só a usar as ferramentas de IA, como também refletir de forma crítica sobre valores, riscos e impactos. "Isso amplia a autonomia, estimula a inovação e ajuda a formar jovens mais conscientes e responsáveis em suas escolhas digitais", destaca Jéssica Areval.
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