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O Jovem na Casa Espírita

Como o sol que amanhece todos os dias e dá cor e vida à natureza, o Espiritismo tem explicações necessárias sobre o sentido da existência na Terra

Por JC Publicado em 23/11/2025 às 0:00

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MARIA INÊS MACHADO


O tema conduz a várias reflexões: quem é o jovem inserido no mundo da tecnologia sofisticada, que em apenas um “clique” acessa a todas as informações? O que ele deseja quando procura os templos religiosos? Quais atrativos saudáveis competem às religiões oferecer para que a juventude se aproxime delas? De que maneira o jovem quer caminhar na religião? Que recursos as instituições religiosas colocam à disposição para que ele se integre nas atividades ali desenvolvidas?


Buscar uma instituição religiosa é comum. Constitui-se em um ato cotidiano no universo juvenil. A grande questão, porém, é encontrar e desenvolver recursos que garantam a permanência dentro dela.
Não se deve limitar o jovem à condição de continuador dos trabalhos já implantados na instituição. Este pensamento, embora coerente, mostra-se restrito, apenas futurista. É preciso criar recursos de acolhimento duradouro, que façam com que a juventude se sinta parte integrante da instituição, participando desde já das diretrizes que conduzem os trabalhos da Casa. A religião não deve ser algo bom apenas no futuro, na fase adulta ou idosa, mas precisa ser luz desde os períodos juvenis.
Entre os seguidores de Jesus, encontravam-se jovens e velhos, pois o Mestre sabia que todos eram capazes de divulgar o Evangelho a partir da autoridade moral que possuíam, e não pela idade biológica que tinham.


No livro Boa Nova, psicografado por Chico Xavier, encontramos a lição: “A vida na sua expressão terrestre é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem depois do primeiro beijo do sol, e flores que caem ao primeiro sopro da primavera. O fruto, porém, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. A ramagem é esperança; a flor, promessa; o fruto, realização.”


O Espiritismo é sol nas almas, não importa a idade. É manancial inesgotável de ensinamentos que esclarecem, direcionam, confortam e consolam. É refrigério salutar, brisa amena que espalha suavidade, oferecendo o conhecimento das leis que regem o destino humano, suavizando o sofrimento pela compreensão de suas causas. Como o sol que amanhece todos os dias para dar cor e vida à natureza, o Espiritismo oportuniza explicações necessárias sobre o sentido da existência na Terra.
Esperança luminosa, bússola da humanidade, desperta o interesse pela crença racional e sinaliza diretrizes para mudanças de velhos paradigmas. Religião dinâmica, conduz o homem ao autoaprimoramento, trabalhando-lhe o mundo íntimo, despertando a consciência de si mesmo e a busca constante da elevação espiritual, sem abandonar o mundo, compreendendo que a Terra é escola bendita de renovação. J

uventude é cor e poesia. É chama da esperança, renovação dos conceitos materialistas plantados por pseudo-sábios, ricos em sofismas e pobres em sentimentos. Surge um novo tempo, convidando a espalhar as sementes do Amor.


O jovem é chamado a acreditar na força que emerge do próprio ser. O compromisso não deve ser adiado. O momento é hoje, é agora. Há potencial para estudar, aprender e divulgar a Terceira Revelação, a Doutrina codificada por Allan Kardec. Recorda-se do compromisso com a verdade e da pureza doutrinária. O terreno é fértil; basta adubá-lo com palavras e ações.


A contribuição do jovem é essencial para o florescimento das flores perfumadas do Evangelho nos corações. É ele o mensageiro que convida à renovação espiritual, à união fraterna, à vivência do “amai-vos uns aos outros”.


Não se deve abandonar a ferramenta que Deus confiou. Se o mundo chama para emoções desconcertantes, é preciso negá-lo sem isolamento, mas com firmeza no Bem. Nas horas de lazer, é necessário escolher o entretenimento sadio, recordando o apóstolo Paulo: “Brincai com Deus no coração.”


Divulgar o Espiritismo é tarefa de todos, mas o jovem possui o vigor da esperança que clareia horizontes. Cabe a ele esclarecer a humanidade para que descortine a nova Era, compreendendo que “o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador Prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VI, 4). A visão da juventude não deve ser apenas futurista, mas atual. O binômio Espiritismo e Juventude é inseparável. Forças que se unem, elos que se fortalecem.


Maria Inês MAchado é Psicóloga, Especialista em TCC e Psicoterapia Familiar. Escritora e poetisa. Autora do livro infantojuvenil “A Cidade das Flores”, publicado pela FEB e O “Ateliê de Madalena” - FEB- No prelo). Trabalhadora da Fraternidade Peixoto Lins – Peixotinho

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