A Religião do Futuro
A doutrina Espírita nos ensina a ampliar o olhar, a compreender os princípios das Leis Divinas e aplicá-los a nossa vida cotidiana
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EDMUNDO GODOY
DE MENDONÇA
A doutrina Espírita nos ensina a ampliar o olhar, a compreender os princípios das Leis Divinas e aplicá-los a nossa vida cotidiana. Estamos submetidos a um planejamento maior, sujeito a revelações graduais: “Os Espíritos não nos ensinaram em todos os tempos o que nos ensinam hoje, porque não se ensina as crianças o que se ensina aos adultos... cada coisa tem o seu tempo” (Q. 801 – L. Espíritos(A.Kardec). No Capítulo VI da Gênese(A.Kardec), o Espírito Galileu Galilei nos orienta que “O Tempo é Eterno, e que o Espaço é Infinito”, que vivemos seus recortes, e em cada um deles aprendemos e evoluímos, nas inúmeras experiências da Alma humana (encarnações) rumo a sua plenitude.
Nesse caminhar verificamos o conceito de “Religião”, que, segundo Cícero, vem de relegere (“reler, reverenciar”), e segundo Lactâncio e Agostinho, de religare (“religar ao Divino”). Ambas as visões se complementam: uma voltada à interioridade, outra à transcendência. Entre os filósofos gregos, não havia religião institucional, mas busca racional pela Causa Primeira — “o Uno” — por meio da contemplação e da sabedoria. No Oriente, o Hinduísmo entende religião como Dharma, caminho de harmonia; o Budismo enfatiza a iluminação interior; todas apresentam a religião como caminho, não destino.
Na doutrina Espírita, Emmanuel nos diz: “a religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que caíram... Fo-Hi, os compiladores dos Vedas, Confúcio, Hermes, Pitágoras, Gautama, os seguidores dos mestres da antiguidade, todos foram mensageiros de sabedoria que, encarnando em ambientes diversos, trouxeram ao mundo a ideia de Deus e das leis morais a que os homens se devem submeter. Todos foram mensageiros daquele que era o Verbo do Princípio, emissários da sua doutrina de amor. ”
Convergindo os conceitos, Sathia Say Baba, um Avatá Indiano, um mensageiro do Cristo, no seu recorte de Tempo e de Espaço nos revela: “Existe Somente uma religião, a religião do Amor; existe somente uma linguagem, a linguagem do coração; existe somente uma casta, a casta da humanidade; existe somente um Deus, e ele é onipresente. Todas as Religiões são facetas da mesma verdade. Todas as Escrituras são sagradas, todos os locais de devoção são sagrados. Todas as religiões estão procurando o mesmo e único Deus, embora os chamem de nomes diferentes”.
Jesus, nosso Governador Planetário, o Espírito mais perfeito que nos serve de Guia e Modelo (L. dos Espíritos – A.Kardec – Q.625), no evangelho de (João, 10: 14-16.) nos diz :“Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas... Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco...e haverá um só rebanho e um só pastor”.
Com estas palavras nos aponta para a unificação das consciências em torno das Leis Divinas universais. “Ela se fará pela força das coisas, para que se estreitem os laços da fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências ... Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da natureza... Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade...
A religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; ... enfim, a que fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.”. (A.Kardec, A Gênese. Cap. XVII, item 32).
A religião do futuro integrará ciência, filosofia e moral, promovendo o desenvolvimento integral do ser humano. Esta Religião não estará aprisionada em templos físicos, mas manifestar-se-á na conduta moral, na caridade, na prática do bem e no amor ao próximo. “Tende como Templo o Universo; como Altar a Consciência; como Imagem Deus; como Lei a Caridade e como Religião o Amor;” (Leon Denis).
Avante Família Humana, sigamos o Cristo, o Bom Pastor!
Edmundo Godoy de Mendonça – Trabalhador da Fraternidade Espírita Francisco Peixoto Lins – Peixotinho – Recife – PE. Empresário do Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação.