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Fazer a Nossa parte

E no âmbito das relações pessoais o que estamos fazendo para melhorar as nossas relações com o próximo e a nossa cidadania, como vai?

Por JC Publicado em 17/08/2025 às 0:00

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MARIA JOSÉ MORAIS

Deus está conosco em todos os caminhos… Confia, segue, trabalha e constrói para o bem. E guarda a certeza de que, para alcançar a felicidade, se fazes teu dever, Deus faz o resto. (Emmanuel/Chico Xavier).


Quando li as últimas palavras de Emmanuel, na citação acima, recordei da Parábola dos Talentos, na qual o senhor daqueles servos, ao retornar, cobrou de cada um o que lhes havia confiado.
Talentos são os bens e os recursos que a Providência Divina nos outorga para serem empregados em benefício próprio e de nossos semelhantes. Ou seja, os talentos simbolizam os infinitos recursos divinos, disponibilizados pelo Criador Supremo em prol do nosso progresso espiritual.


Mas, “talento” também é responsabilidade. Quem se responsabiliza com algo, compromete-se. A omissão também pode incorrer em irresponsabilidade. Muitas pessoas pensam que, por não estarem fazendo algo, está tudo bem, mas podem estar se omitindo de alguma responsabilidade e isto lhe será cobrado também.


Responsabilidade está associada às escolhas, à vontade, ao amadurecimento e compromisso. A vontade se apresenta como agente propulsor das escolhas, no exercício de nosso livre arbítrio.
É bem verdade que nos equivocamos em muitas escolhas, e por falta desse compromisso, dessa responsabilidade e amadurecimento, procuramos achar culpados e não assumimos os atos praticados por nós mesmos.


É importante conhecer a si mesmo e usar a ação moralizadora do Cristo. Não somos diferentes, mas devemos agir de acordo com a ética comportamental que Jesus nos legou, vivendo plenamente com alegria dentro dos ensinamentos da Boa Nova.


Penso e repenso mil vezes nos compromissos assumidos nesta reencarnação e peço sempre o auxílio dos Espíritos amigos, que não me desamparam nessa caminhada árdua.


A nossa responsabilidade abrange o todo, o ambiente, o Planeta que nos acolheu. Que seria do orbe terreno sem as estações do ano? Elas são importantes para o ciclo regulatório da nossa Terra. Embora Deus tenha permitido que o homem explorasse a Terra como forma de “sobrevivência”, o atual estágio de destruição da natureza vai contra os propósitos divinos de preservação. É preciso exercer nossa cidadania, dar a nossa contribuição para a construção de uma sociedade sustentável.


E no âmbito das relações pessoais? Que estamos fazendo para melhorar as nossas relações com o próximo? Estamos construindo parceiros ou adversários? E a nossa cidadania, como vai?
O grande ensinamento dessa parábola é fazer com que os homens vejam que cada qual só subirá na escala evolutiva, rumo aos planos espirituais elevados, através do esforço individual, da perseverança no bem e no amor ao próximo.


Não importa quanto possamos dispor. Importa é que façamos a nossa parte. Todas as possibilidades construtivas provêm de Deus, mas a decisão, o esforço e trabalho da execução vêm de nós.
Disse Jesus: “Faze a tua parte que o Céu te ajudará.” E guardemos a certeza de que Deus estará sempre conosco e fará o resto, como disse Emmanuel.

Maria José Morais é espírita, palestrante e escritora. Está vinculada no Recife à Fraternidade Espírita Peixotinho, e na cidade do Porto (Portugal), ao Centro Espírita Caminheiros da Luz. morais_mariajose@hotmail.com

 

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