INFRAESTRUTURA | Notícia

Rodovias: BR-232 será totalmente restaurada por R$ 350 milhões entre Recife e São Caetano, no Agreste pernambucano

A degradação da BR-232 nesses mais de 20 anos de construída - além de problemas técnicos - levaram à necessidade de uma completa restauração

Por Roberta Soares Publicado em 13/04/2025 às 6:31 | Atualizado em 13/04/2025 às 9:59

Depois de muitas idas e vindas, a BR-232 vai ter os 142 quilômetros entre o Recife e São Caetano, no Agreste pernambucano, totalmente recuperados. As obras devem começar em breve e ao custo de R$ 350 milhões, quase o valor da sua duplicação, em 2004, executada por R$ 400 milhões.

A degradação da BR-232 nesses mais de 20 anos de construída - além de problemas técnicos que até hoje são discutidos judicialmente - levaram à necessidade de uma completa restauração. Não há mais reparos ou remendos que garantam a segurança viária da rodovia.

Segundo o secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco (Semobi), Diogo Bezerra, a licitação do trecho entre o Curado, na saída do Recife, e o limite entre as cidades de Moreno e Vitória de Santo Antão, no Grande Recife e Mata Sul, respectivamente, já foi realizada e aguarda apenas os trâmites administrativos para ser dada a ordem de serviço das obras. O valor para esse trecho é de R$ 50 milhões.

“Existe um trâmite administrativo que passa pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), por ser uma BR e o dinheiro ser conveniado. Os recursos são federais, mas de emendas da bancada federal pernambucana. Temos que vencer essa etapa e estamos fazendo isso. Desde março foi liberado pelo DNIT e estamos apenas esperando a ordem de serviço. Por isso, não podemos fazer uma manutenção robusta no trecho”, explica Diogo Bezerra.

RENATO RAMOS/JC IMAGEM
As obras devem começar em breve e ao custo de R$ 350 milhões, quase o valor da sua duplicação, em 2004, executada por R$ 400 milhões - RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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A degradação da BR-232 nesses mais de 20 anos de construída - além de problemas técnicos que até hoje são discutidos judicialmente - levaram à necessidade de uma completa restauração - RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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SITUAÇÃO DA MALHA RODOVIÁRIA PARA A SEMANA SANTA, BR 232 RECIFE-CARUARU - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

O segundo trecho, entre Vitória de Santo Antão e São Caetano, também está com a licitação para as obras de restauração concluída, mas ainda não homologada, o que também deve acontecer em breve, segundo a Semobi. Nesse caso, a pendência é apenas a avaliação técnica. O custo da restauração é bem maior: previsão de R$ 300 milhões.

Os recursos desse trecho, inclusive, deverão ser do governo federal, como já anunciado pessoalmente pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, em algumas visitas a Pernambuco

“Depois de mais de 20 anos, o pernambucano terá uma BR-232 totalmente restaurada, algo necessário pelo estado da rodovia. E enquanto as obras não começam, o governo de Pernambuco tem cuidado da manutenção da BR. São mais de R$ 60 milhões investidos em contratos de conservação entre o Recife e Caruaru. Temos cuidado da rodovia enquanto as obras da restauração não começam. Por isso a 232 está bem melhor do que já esteve, com muito mais segurança viária”, destaca o secretário.

BR-232 PRECISA SER DEVOLVIDA AO GOVERNO FEDERAL E RECUPERAÇÃO É FUNDAMENTAL

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Não há mais reparos ou remendos que garantam a segurança viária da rodovia - RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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A degradação da BR-232 nesses mais de 20 anos de construída - além de problemas técnicos que até hoje são discutidos judicialmente - levaram à necessidade de uma completa restauração. - RENATO RAMOS/JC IMAGEM
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Não há mais reparos ou remendos que garantam a segurança viária da rodovia - RENATO RAMOS/JC IMAGEM

Outra razão para a restauração da BR-232 é a necessidade de o governo de Pernambuco devolver a gestão da rodovia ao governo federal.

A BR-232 encontra-se sob controle do governo de Pernambuco desde 2000, quando a duplicação foi iniciada. Pelo convênio firmado na época, o Estado deveria responder pela rodovia até 2027, mas a deterioração do trecho foi tão grande que a nova gestão estadual tinha pedido para devolvê-la antes.

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