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'Colocar no centro quem foi jogado pros cantos': a nova exposição de Max Motta no Recife

Sétima edição de "A Cara do Brasil" abre neste sábado em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras, instalações interativas e entrada gratuita

Por Túlio Feitosa Publicado em 15/08/2025 às 19:25

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Após um hiato de dois anos, o artista pernambucano Max Motta inaugura, neste sábado (16), a sétima edição de sua aclamada exposição "A Cara do Brasil".

Com o subtítulo "Sal e Sol", a mostra ocupará um casarão histórico no bairro da Boa Vista, no Recife, com mais de 60 obras que propõem uma reflexão sobre identidade, resistência e brasilidade. A entrada é gratuita.

A exposição é uma resposta direta à falta de representatividade do povo brasileiro na arte. "Criei ‘A Cara do Brasil’ porque sentia falta de me ver, de ver meu povo. A gente cresceu achando que o Brasil bonito era o que parecia ‘de fora’", afirma Max Motta. "Essa exposição é sobre colocar no centro quem sempre foi jogado pros cantos. É um grito, mas também é um abraço".

Hélia Scheppa
Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa
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Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa

O que ver na exposição

A mostra é uma experiência multissensorial, dividida em cinco espaços temáticos. Um dos destaques é uma releitura da "Pietà" de Michelangelo, onde a Virgem Maria e Jesus são substituídos por uma mãe negra segurando seu filho morto, com o sangue formando o mapa do Brasil.

A exposição também celebra a cultura popular e a identidade nordestina. O salão principal, "Sal e Sol", exalta a praia e a beleza dos corpos negros. O artista também mergulha no interior do país, retratando feiras populares, e faz uma homenagem à cultura local com uma trilogia de pinturas inspirada na canção "Dorival", da banda pernambucana Academia da Berlinda.

O evento, que vai até 15 de novembro, também contará com uma programação paralela de oficinas, visitas guiadas e outras atividades. Todas as obras expostas estarão à venda.

Hélia Scheppa
Sétima edição de "A Cara do Brasil", do artista Max Motta, abre neste sábado (16) em um casarão na Boa Vista, com mais de 60 obras - Hélia Scheppa

Serviço

  • Exposição "A Cara do Brasil 7 – Sal e Sol", de Max Motta
  • Abertura: Sábado, 16 de agosto de 2025, das 14h às 20h
  • Visitação: Até 15 de novembro, de segunda a sábado, das 10h às 17h
  • Onde: Instituto Ploeg (Rua da Santa Cruz, 190, Boa Vista, Recife)
  • Entrada: Gratuita

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