Conheça os ganhadores dos prêmios nacionais de literatura da Cepe Editora
Entre os destaques, está "Os Escritos de Blanca Mares", romance do mineiro Roberto Marcos, que conquistou o primeiro lugar na categoria principal

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A Cepe Editora revelou os vencedores das edições de 2024 dos concursos literários 8º Prêmio Cepe Nacional de Literatura e 5º Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil.
Entre os destaques, está "Os Escritos de Blanca Mares", romance do mineiro Roberto Marcos, que conquistou o primeiro lugar na categoria principal. Na categoria Conto, "Atemoia", de Keichi Maruyama (SP), levou o prêmio, enquanto "Cicatrizes na Paisagem", do jovem poeta gaúcho Felipe Julius, foi o destaque em Poesia.
Nas categorias dedicadas ao público jovem, os escolhidos foram "A morte e o estagiário da Morte", de Ernani Ssó (RS), entre os livros infantis, e "A menina que não queria ver Deus", da mineira Lisa Alves, como melhor obra infantojuvenil.
Cada autor será contemplado com R$ 20 mil, além da publicação dos livros pela Cepe Editora. Os resultados foram divulgados na última quarta-feira (23/07) no Diário Oficial do Estado de Pernambuco e também estão disponíveis no site da editora.
A edição deste ano registrou um aumento nas inscrições: foram 1.740 obras concorrentes, um crescimento de 19,7% em relação à edição anterior, realizada em 2022. Destas, 1.075 foram destinadas às categorias de literatura adulta, e 665, à literatura infantil e infantojuvenil. Os estados com maior número de inscritos foram São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Obras vencedoras
Em "Os escritos de Blanca Mares", Roberto Marcos mergulha na memória e na geografia afetiva de Teófilo Otoni, cidade onde vive, para narrar a trajetória de Timóteo, o velho Tussa, e sua relação com a Estrada de Ferro Bahia-Minas. A obra, escrita ao longo de dez anos, propõe uma reflexão sobre tempo, loucura e perda.
Estreando na ficção, Keichi Maruyama apresenta "Atemoia", uma coletânea de contos que aborda com ironia e estranhamento o mundo corporativo. Ascensoristas, executivas e investidores são alguns dos personagens que transitam por dilemas contemporâneos em narrativas que, por vezes, beiram o surreal.
Já "Cicatrizes na paisagem", de Felipe Julius, é uma obra lírica marcada pela tragédia climática vivida pelo Rio Grande do Sul em 2024. Por meio da jornada de uma mulher grávida que cruza o estado ao lado da companheira e de uma família desconhecida, o livro reconstitui poeticamente os impactos das enchentes e seus desdobramentos afetivos. Felipe, de 25 anos, vive atualmente em Florianópolis e atua como escritor, roteirista e publicitário.
No campo da literatura infantil, Ernani Ssó conquistou os jurados com "A morte e o estagiário da Morte", um texto sensível e bem-humorado sobre um tema delicado. Com mais de 30 livros publicados e 50 traduções no currículo, o autor celebra o reconhecimento como uma vitória compartilhada com as crianças que o inspiraram.
Na categoria infantojuvenil, Lisa Alves encantou com "A menina que não queria ver Deus". A protagonista, Maria Antônia, de 11 anos, encontra na filosofia, nas histórias da avó e na mitologia caminhos para entender as ausências e silêncios do mundo adulto. Lisa é natural de Araxá (MG).
Nova literatura brasileira
Para o editor da Cepe, Diogo Guedes, os prêmios desempenham papel crucial no fortalecimento da literatura nacional. "Eles são fundamentais por promoverem a escrita e por trazerem novos originais, já respaldados por um júri especial, para o nosso catálogo, com obras que provaram sua capacidade de mobilizar leitores e se destacarem", diz.
"Não é por acaso que vencedores de edições anteriores tiveram boas trajetórias em premiações literárias nacionais. Vemos entre esses originais premiados autores jovens, estreias na literatura e também nomes veteranos, de carreira consolidada", assegura.
Seleção
A escolha dos vencedores envolveu diferentes etapas de leitura e avaliação. No Prêmio Cepe Nacional de Literatura, o júri inicial foi composto por Clarissa Galvão e Igor Gomes (Romance), Marina Moura (Conto), Floresta e Júlia Côrtes Rodrigues (Poesia).
Na fase final, a decisão coube às escritoras Cidinha da Silva, Jussara Salazar e Nara Vidal. Já o Prêmio de Literatura Infantil e Infantojuvenil teve uma comissão única, formada por Ana Estaregui, Nina Rizzi e Thiago Corrêa.
Gianni Gianni, editora-assistente da Cepe, destaca a diversidade e o rigor do processo: "Os textos são avaliados de forma anônima, o que garante que a qualidade literária seja o principal critério. E buscamos formar júris com olhares diversos, que tragam riqueza para o debate e a escolha final".
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A Cepe Editora revelou os vencedores das edições de 2024 de seus concursos literários: o 8º Prêmio Cepe Nacional de Literatura e o 5º Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantil e Infantojuvenil. Entre os destaques, está Os escritos de Blanca Mares, romance do mineiro Roberto Marcos, que conquistou o primeiro lugar na categoria principal. Na categoria Conto, Atemoia, de Keichi Maruyama (SP), levou o prêmio, enquanto Cicatrizes na paisagem, do jovem poeta gaúcho Felipe Julius, foi o destaque em Poesia.
Nas categorias dedicadas ao público jovem, os escolhidos foram A morte e o estagiário da Morte, de Ernani Ssó (RS), entre os livros infantis, e A menina que não queria ver Deus, da mineira Lisa Alves, como melhor obra infantojuvenil. Cada autor será contemplado com R$ 20 mil, além da publicação dos livros pela Cepe Editora. Os resultados foram divulgados na última quarta-feira (23/07) no Diário Oficial do Estado de Pernambuco e também estão disponíveis no site da editora.
Participação expressiva e diversidade
A edição deste ano registrou um aumento significativo nas inscrições: foram 1.740 obras concorrentes, um crescimento de 19,7% em relação à edição anterior, realizada em 2022. Destas, 1.075 foram destinadas às categorias de literatura adulta, e 665, à literatura infantil e infantojuvenil. Os estados com maior número de inscritos foram São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. O equilíbrio de gênero também foi notável: 52,9% dos inscritos se identificaram como homens e 47,1% como mulheres.
Destaques das obras vencedoras
Em Os escritos de Blanca Mares, Roberto Marcos mergulha na memória e na geografia afetiva de Teófilo Otoni, cidade onde vive, para narrar a trajetória de Timóteo, o velho Tussa, e sua relação com a Estrada de Ferro Bahia-Minas. A obra, escrita ao longo de dez anos, propõe uma reflexão sobre tempo, loucura e perda.
Estreando na literatura, Keichi Maruyama apresenta Atemoia, uma coletânea de contos que aborda com ironia e estranhamento o mundo corporativo. Ascensoristas, executivas e investidores são alguns dos personagens que transitam por dilemas contemporâneos em narrativas que, por vezes, beiram o surreal.
Já Cicatrizes na paisagem, de Felipe Julius, é uma obra lírica marcada pela tragédia climática vivida pelo Rio Grande do Sul em 2024. Por meio da jornada de uma mulher grávida que cruza o estado ao lado da companheira e de uma família desconhecida, o livro reconstitui poeticamente os impactos das enchentes e seus desdobramentos afetivos. Felipe, de 25 anos, vive atualmente em Florianópolis e atua como escritor, roteirista e publicitário.
No campo da literatura infantil, Ernani Ssó conquistou os jurados com A morte e o estagiário da Morte, um texto sensível e bem-humorado sobre um tema delicado. Com mais de 30 livros publicados e 50 traduções no currículo, o autor celebra o reconhecimento como uma vitória compartilhada com as crianças que o inspiraram.
Na categoria infantojuvenil, Lisa Alves encantou com A menina que não queria ver Deus. A protagonista, Maria Antônia, de 11 anos, encontra na filosofia, nas histórias da avó e na mitologia caminhos para entender as ausências e silêncios do mundo adulto. Lisa é natural de Araxá (MG).
Valorização da nova literatura brasileira
Para o editor da Cepe, Diogo Guedes, os prêmios desempenham papel crucial no fortalecimento da literatura nacional. “Eles permitem que textos inéditos ganhem visibilidade e acesso ao público, além de enriquecerem nosso catálogo com obras que já demonstraram seu valor literário. Temos autores iniciantes e nomes consagrados entre os premiados”, observa.
Seleção criteriosa e anônima
A escolha dos vencedores envolveu diferentes etapas de leitura e avaliação. No Prêmio Cepe Nacional de Literatura, o júri inicial foi composto por Clarissa Galvão e Igor Gomes (Romance), Marina Moura (Conto), Floresta e Júlia Côrtes Rodrigues (Poesia). Na fase final, a decisão coube às escritoras Cidinha da Silva, Jussara Salazar e Nara Vidal. Já o Prêmio de Literatura Infantil e Infantojuvenil teve uma comissão única, formada por Ana Estaregui, Nina Rizzi e Thiago Corrêa.
Gianni Gianni, editora-assistente da Cepe, destaca a diversidade e o rigor do processo: “Os textos são avaliados de forma anônima, o que garante que a qualidade literária seja o principal critério. E buscamos formar júris com olhares diversos, que tragam riqueza para o debate e a escolha final”.