Briga em penitenciária de Itamaracá termina com dois mortos e um ferido
A Polícia Civil (PCPE), o Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto de Medicina Legal (IML) foram acionados para as providências cabíveis

Clique aqui e escute a matéria
Uma briga entre detentos na Penitenciária Agroindustrial São João (PAISJ), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, foi registrada na noite desta sexta-feira (10).
Segundo informações preliminares, um dos detentos, de 38 anos, efetuou disparos de arma de fogo contra dois colegas de cela e, em seguida, cometeu suicídio. As duas vítimas foram encaminhadas ao Hospital de Itapissuma, mas uma delas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. A outra segue internada no Hospital Miguel Arraes com estado de saúde estável. Os nomes não foram divulgados.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), a arma utilizada foi apreendida. Por meio de nota enviada ao JC, a pasta informou que a Polícia Civil (PCPE), o Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto de Medicina Legal (IML) foram acionados para as providências cabíveis.
“Uma investigação interna também foi instaurada para apurar o fato. O setor psicossocial da unidade prisional está prestando apoio aos familiares dos envolvidos. A Seap ressalta que vem intensificando as operações estratégicas de segurança no interior das unidades prisionais para apreender materiais irregulares”, concluiu a nota.
Familiares pedem esclarecimentos
Os familiares do detento morto, de 27 anos, afirmam não ter recebido informações oficiais e só terem tomado conhecimento do ocorrido por terceiros. Eles já seguiram para o IML para tentar obter mais informações e fazer o reconhecimento do corpo.
“Ninguém ligou, não informaram nada. Queremos saber como uma arma entra dentro de uma cadeia”, desabafou uma familiar à reportagem na manhã deste sábado (11), que pediu para não ser identificada. “Ele estava preso há dois anos, pagando pelo erro. Queríamos que saísse recuperado, não morto. Mesmo sendo humilde, ele merecia justiça”, completou.
Questionada, a Seap informou que o setor psicossocial da unidade prisional tem encontrado dificuldades para entrar em contato com uma das famílias dos envolvidos, mas que segue tentando prestar a devida assistência.