Novembro Azul: o passo que muitos adiam e que pode salvar vidas no combate ao câncer de próstata
No mês dedicado à saúde do homem, vale reforçar importância do diagnóstico precoce e avanços tecnológicos que tornam tratamento mais eficaz
Clique aqui e escute a matéria
Neste Novembro Azul, campanha de conscientização dedicada à saúde do homem e à prevenção do câncer de próstata, especialistas reforçam um alerta essencial: o diagnóstico precoce da doença pode garantir mais de 90% de chance de cura.
O câncer de próstata, que acomete a glândula situada abaixo da bexiga e responsável por produzir parte do sêmen, é o segundo tipo de câncer mais letal entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pulmão. Além disso, é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.
Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto, adiam - inclusive - consultas e exames.
De acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o País deve registrar 71.730 novos casos da doença em 2025. A incidência aumenta com a idade: três em cada quatro diagnósticos acontecem após os 60 anos.
Histórico familiar, etnia (com maior prevalência em homens negros), mutações genéticas e fatores ligados ao estilo de vida, como dieta rica em gorduras, obesidade e sedentarismo, também elevam o risco.
"O paciente que descobre cedo a doença tem mais de 90% de chance de cura. Por isso, é fundamental manter o acompanhamento regular e não adiar a consulta ao urologista", afirma o médico urologista Tibério Moreno Júnior, da Rede D'Or. "Contamos com uma estrutura completa para diagnóstico e tratamento, equipada com tecnologia de ponta", complementa.
A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal, que são prescritos a partir da suspeita de um caso por um médico especialista.
Entre os principais recursos avançados disponíveis para diagnóstico e tratamento, destacam-se:
- PET/CT com PSMA, exame avançado capaz de localizar o tumor, identificar metástases, detectar recidivas e orientar o planejamento da radioterapia;
- Radioterapia de última geração, indicada para pacientes que podem, por indicação médica, optar por essa abordagem em vez da cirurgia;
- Cirurgia robótica com o sistema Da Vinci Xi, que permite procedimentos minimamente invasivos, com maior precisão e recuperação mais rápida.
Sinais e sintomas
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
- Dificuldade de urinar;
- Demora em começar e terminar de urinar;
- Sangue na urina;
- Diminuição do jato de urina;
- Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.
Esses sinais e sintomas também ocorrem devido a doenças benignas da próstata. São elas:
- Hiperplasia benigna da próstata: aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade;
- Prostatite: inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.
A cirurgia é a principal forma de tratamento do câncer de próstata. A ela, podem ser associados radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso. Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais.
No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.
Como tratar?
A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente.
Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).