Cardiologistas se reúnem em congresso internacional para discutir combate a doenças que matam uma pessoa a cada 90 segundos no Brasil

Evento apresenta avanços no diagnóstico e tratamento das doenças do coração. No Brasil, uma pessoa morre, a cada 90 segundos, por problemas cardíacos

Por Cinthya Leite Publicado em 06/08/2025 às 22:37 | Atualizado em 06/08/2025 às 22:39

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RIO DE JANEIRO - Inovações em cardiologia intervencionista, cardio-oncologia, insuficiência cardíaca e cardiopatias congênitas estão entre os principais temas que abrem, nesta quinta-feira (7), a quarta edição do Congresso Internacional de Cardiologia da Rede D’Or, no Rio de Janeiro.

O evento, que segue até sábado (9) no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, reúne nomes de destaque da cardiologia brasileira e internacional para debater os mais recentes avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares. Essas enfermidades seguem como a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

A diretora nacional de Cardiologia da Rede D’Or, Olga Souza, salienta que a programação foi estruturada para refletir a amplitude e complexidade da prática cardiológica, com módulos específicos sobre temas de alta relevância clínica.

"Serão discutidos tópicos importantes da rotina do cardiologista, com apresentações interativas e discussão de casos clínicos. Teremos módulos sobre cardiopatia congênita, insuficiência cardíaca e cardio-oncologia, entre outros temas", ressalta.

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Paralelamente ao congresso, serão realizados simpósios sobre qualidade no cuidado ao paciente e o papel do trabalho multidisciplinar na cardiologia moderna - DIVULGAÇÃO/REDE D'OR

O presidente do congresso, o cardiologista Antônio Aurélio, destaca que o evento será uma vitrine para os avanços técnicos e tecnológicos na área. "Estamos na vanguarda da cardiologia intervencionista, como será possível ver na mesa de abertura do evento. A Rede D’Or tem investido constantemente em inovação para oferecer o que há de mais moderno no cuidado ao coração", afirma.

Ele também alerta para os desafios trazidos pelo envelhecimento populacional, que exige atenção redobrada à saúde cardiovascular. Um dos focos do encontro será o impacto da idade no funcionamento das válvulas cardíacas.

"Estudos indicam que entre 3% e 5% da população acima dos 65 anos podem apresentar algum grau de degeneração da válvula aórtica. Consolidar os avanços cirúrgicos é essencial para tratarmos esses pacientes com qualidade e segurança", reforça.

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"Teremos módulos sobre cardiopatia congênita, insuficiência cardíaca, cardio-oncologia, entre outros temas", explica a diretora nacional de Cardiologia da Rede D’Or, Olga Souza - DIVULGAÇÃO/REDE D'OR

O congresso conta com dois convidados internacionais: 

  • David Morrow, professor de Harvard e referência em Terapia Intensiva Cardíaca
  • Susan Dent, oncologista clínica do Instituto de Câncer Wilmot e diretora de Cardio-Oncologia da Universidade de Rochester, em Nova Iorque

Paralelamente ao congresso, serão realizados simpósios sobre qualidade no cuidado ao paciente e o papel do trabalho multidisciplinar na cardiologia moderna.

No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por aproximadamente 400 mil mortes por ano, o que representa uma morte a cada 90 segundos.

Entre as principais causas, estão a doença arterial coronariana (DAC) e o acidente vascular cerebral (AVC). Esse cenário reforça a urgência de atualização contínua na área médica para prevenção e tratamento eficaz dessas condições.

*A jornalista Cinthya Leite acompanha os destaques da programação do evento a convite da Rede D'Or.

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