Peste da Idade Média de volta? Morte nos EUA levanta questões sobre a doença dos ratos

Um caso isolado ou um sinal de alerta? Entenda a peste pneumônica e como se proteger. Registro mais recente ocorreu nos Estados Unidos

Por Estadão Conteúdo Publicado em 13/07/2025 às 10:18 | Atualizado em 13/07/2025 às 10:22

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Um morador do Condado de Coconino, no Arizona (EUA), faleceu recentemente após ser infectado pela Yersinia pestis, a mesma bactéria responsável pela devastadora Grande Peste que ceifou milhões de vidas na Idade Média.

Esta é a primeira morte por peste pneumônica na região em quase duas décadas, um fato que, embora raro, reacende a curiosidade e o alerta sobre a persistência da doença. O paciente foi atendido no Centro Médico de Flagstaff e, lamentavelmente, morreu no mesmo dia do atendimento.

Testes confirmaram a infecção pela Yersinia pestis, causadora da peste pneumônica, uma grave infecção pulmonar. As autoridades de saúde americanas, como os Centros Federais para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), afirmam que o risco de exposição à peste continua baixo para a população em geral.

Casos em humanos são incomuns nos EUA, mas a doença circula com certa frequência entre populações de roedores no oeste do país.

História da doença chamada de Grande Peste na Europa

A Grande Peste, que atingiu seu pico na Europa entre 1347 e 1351, foi uma das pandemias mais mortais da história, ceifando entre 25 e 75 milhões de vidas. Naquela época, a forma bubônica, caracterizada por inchaços dolorosos nos gânglios linfáticos (bubões), era a mais comum, transmitida por pulgas de roedores infectados.

Apesar da raridade, o CDC registra uma média de sete casos de peste humana por ano nos Estados Unidos.

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A boa notícia é que, ao contrário do cenário medieval, a peste é curável com antibióticos, desde que o tratamento seja administrado rapidamente.

A transmissão da peste pneumônica de humano para humano é baixa, com o último caso conhecido registrado em Los Angeles em 1924. A peste é uma das várias doenças endêmicas no sudoeste dos EUA, que incluem também o vírus do Nilo Ocidental, hantavírus e raiva.

Entendendo a Peste Pneumônica: sintomas e tratamento

É importante estar ciente dos sinais da doença, mesmo que raros, para uma ação rápida caso haja suspeita.

Sintomas da Peste Pneumônica:

  • Febre alta
  • Dor de cabeça intensa
  • Pneumonia de desenvolvimento rápido, que se manifesta com: falta de ar severa, dor no peito, tosse persistente

Os sintomas geralmente se desenvolvem entre um a oito dias após a exposição à bactéria.

Como Tratar a Peste:

  • Tratamento com antibióticos: A peste é tratada com antibióticos potentes.
  • Rapidez é crucial: O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível após o aparecimento dos sintomas para garantir a eficácia e evitar complicações graves. O atraso pode levar a desfechos fatais.

Em caso de suspeita ou após contato com roedores em áreas de risco, procure atendimento médico imediato e informe sobre a possível exposição.

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