Influenza A é responsável por 72,5% das mortes por SRAG no Brasil, aponta Fiocruz
Boletim InfoGripe também aponta aumento de internações e mortes entre crianças de até dois anos e idosos em diversas regiões do país

*Com informações da AGência Friocruz
O novo boletim InfoGripe foi divulgado nesta quinta-feira (29/5) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e aponta que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pela influenza A continua em alta no Brasil, afetando especialmente jovens, adultos e idosos.
O levantamento destaca que 72,5% dos óbitos registrados por SRAG nas últimas quatro semanas estão relacionados ao vírus da influenza A.
De acordo com a análise, que corresponde à Semana Epidemiológica (SE) 21 — período de 18 de abril a 25 de maio de 2025 —, a incidência de SRAG tem variado de moderada a muito alta em diferentes faixas etárias, com impacto significativo na mortalidade de idosos e crianças de até dois anos de idade.
Circulação dos vírus respiratórios
O boletim também mostra que, além da influenza A, outros vírus continuam impactando a situação epidemiológica do país.
Nas quatro últimas semanas, a presença dos vírus entre os casos positivos de SRAG foi distribuída da seguinte forma:
- Influenza A: 36,5%
- Influenza B: 0,9%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 50,7%
- Rinovírus: 14,7%
- Sars-CoV-2 (Covid-19): 2,1%
Em relação aos óbitos, a influenza A aparece como o vírus de maior impacto, responsável por 72,5% das mortes por SRAG no período.
Avanço da SRAG no país
O levantamento mostra que 22 das 27 unidades federativas estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. São eles:
- Região Norte: Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins;
- Região Nordeste: Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe;
- Região Centro-Oeste: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul;
- Região Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo;
- Região Sul: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina.
Entre as capitais, 19 das 27 apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. As cidades são:
- Aracaju
- Belo Horizonte
- Boa Vista
- Cuiabá
- Curitiba
- Florianópolis
- Goiânia
- João Pessoa
- Macapá
- Manaus
- Porto Alegre
- Porto Velho
- Recife
- Rio Branco
- Rio de Janeiro
- Salvador
- São Luís
- São Paulo
- Vitória
Dados acumulados de 2025
Desde o início do ano epidemiológico, foram notificados 75.257 casos de SRAG no país. Desse total, 36.622 casos (48,7%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, enquanto 27.275 (36,2%) foram negativos e 6.363 (8,5%) ainda aguardam resultado.
Especialistas reforçam a importância da vacinação
Diante do atual cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, alerta para a importância de intensificar a vacinação contra a gripe.
“A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeitos, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, ressalta a pesquisadora.
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