Sabatina de Messias no Senado deve ficar para 2026; clima é de insegurança

Presidentes da Câmara e do Senado rompem com líderes petistas. Alcolumbre e Motta dão sinais de que relação com o PT nas duas Casas não anda nada bem

Por Romoaldo de Souza Publicado em 24/11/2025 às 18:47

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JINGLE BELLS!

O misturador de sons usado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando estava em prisão domiciliar, para “fugir da escuta”, era um emaranhado de fios iluminados por luzes multicoloridas que emitia uma melodia de oito notas. Depois de meia hora ouvindo aquilo, o interlocutor já estava azucrinado, a escolta de mau humor e a vizinhança pedindo a Deus que chegue logo o Dia de Reis, quando a árvore de Natal é desmontada.

AUTOMEDICAÇÃO

Relatório dos médicos que acompanham Bolsonaro afirma que o ex-presidente pode ter apresentado “confusão mental” e até “alucinações”, mas que o medicamento Pregabalina, responsável por essas sensações em Jair Bolsonaro, foi usado “sem o conhecimento ou consentimento” da equipe médica.

MENINO DOS RECADOS

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ligeiramente emputecido com o presidente Lula da Silva (PT) por ele ter preterido seu afilhado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), já mandou dizer que “agora é cada um dentro de suas prerrogativas”. O Pilatos do Congresso lavou as mãos quanto à indicação do advogado Jorge Messias.

SEM ARRODEIOS

Já na Câmara, a rixa do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) é com o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ). Tudo começou quando Motta escolheu o deputado Guilherme Derrite (PP-SP) para relatar o projeto antifacção. Lindbergh disse que Motta “conseguiu fazer uma lambança em um tema importante”. Desde esse episódio, o presidente da Câmara não atende ligações do líder petista nem dirige a palavra a ele.

EU BEBO, SIM

A pretexto de defender o biodiesel produzido pela Petrobras, o presidente Lula procurou reforçar o potencial do biocombustível: “Depois da mistura, sai um diesel melhor do que qualquer outro. Dá até pra beber. Os carros bebem — e bebem muito”.

PENSE NISSO!

Leio uma nota da liderança do PT na Câmara informando que o partido entrou com uma representação no STF pedindo investigação sobre a origem do ferro de solda que teria sido usado por Bolsonaro na tentativa de romper a tornozeleira eletrônica.

— O equipamento requer perícia para seu manuseio, por ter deixado marcas de derretimento direcionado — alertou o líder petista.

Nas décadas de 60 e 70, todo brasileiro que não tinha uma profissão e nenhuma possibilidade de chegar a uma universidade preenchia os cupons das revistas e jornais do Instituto Universal Brasileiro: cursos de desenho, rádio e, claro, “eletrônica de equipamentos”. Por módicas parcelas, você recebia apostilas em casa e até um ferro de soldar com um pedaço de solda branca enrolado em uma cartolina. Se o aluno fosse atento e cuidadoso, saía um perito.

Bolsonaro teve lá suas curiosidades, e, convenhamos, paciência para escarafunchar até encontrar um jeito de deixar marcas na tornozeleira.

Fico imaginando o ministro Alexandre de Moraes, que não leva muito jeito nem para pegar um ferro e passar a gola do colarinho, pesquisando na internet: “como se aperfeiçoar em ferro de solda?”

Pense nisso!

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