Deputado Aécio Neves sonda aliados para ser a alternativa ao ‘nem-nem’.
PF foi à casa da sogra do governador do Tocantins, indícios haviam desaparecido. Eduardo Bolsonaro classificou julgamento como uma ‘caça às bruxas’
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CASA DA SOGRA…
…literalmente! Quando a Polícia Federal chegou para cumprir mandados de busca a apreensão em um dos endereço do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), a cena já estava “preparada”. Um grupo de agentes públicos, incluindo policiais à paisana, havia retirado da casa da sogra equipamentos, cadernos de anotações e, desconfia-se, dinheiro em espécie. Dona Joana d’Arc Sotero, mãe da primeira-dama Karyanne Sotero, disse à polícia que “não desconfiava de nada”.
COLUNA DO MEIO
O fenômeno do “nem-nem”, nem governo, nem oposição, que começa a aparecer nas pesquisas animou o que ainda resta do núcleo tucano. De mansinho, como quem não quer nada, o deputado Aécio Neves (MG) voltou a fazer consultas políticas aqui e ali. A pergunta dele é sempre a mesma: “E se fosse eu?”
VAI VENDO!
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), parece ter acionado o modo “UDR raiz”. Ex-presidente da temível União Democrática Ruralista, Caiado voltou ao discurso duro contra movimentos sociais e afirmou que o decreto do presidente Lula da Silva (PT) que autoriza escolta militar para grupos que se sintam ameaçados, “não cola em Goiás”. Segundo ele, em seu estado “invasor tem que ser tratado como invasor…”.
ESSE É O PLANO
O decreto do presidencial, 12.710/25, permite “medidas de proteção, com escolta policial”, sob critério do governo federal, a pessoas ameaçadas que tenham se declarado “defensores de direitos humanos”.
‘YO NO CREO EN LAS BRUJAS…
…pero que las hay, las hay”. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) deve ter recorrido mentalmente aos galegos [oriundos da Galícia] para justificar que seu julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) é “caça às bruxas”. A denúncia contra o Zero Três sustenta que ele teria cometido crime de coação ao atuar, nos Estados Unidos, em favor de sanções do governo norte-americano contra o Brasil e contra autoridades brasileiras, entre elas o relator, ministro Alexandre de Moraes, enquadrado no contexto da Lei Magnitsky.
‘AS CARTAS DO BOOM’
Correspondências trocadas entre quatro escritores, possivelmente os mais influentes da literatura latino-americana a partir dos anos 1950, chegam agora às prateleiras das livrarias. As cartas foram escritas no auge do mais importante movimento literário do continente, o chamado Boom Latino-Americano [1950–1970]. Os correspondentes são Julio Cortázar, argentino; Carlos Fuentes, mexicano; Gabriel García Márquez, colombiano; e Mario Vargas Llosa, peruano.
MENTES BRILHANTE
Após concluir Rayuela, traduzido no Brasil como O Jogo da Amarelinha, Cortázar recebeu uma carta de Fuentes perguntando ao amigo argentino como andam suas energias criativas. Cortázar responde misturando humor doméstico e sinceridade: “Querido Carlos! Não estou fazendo grandes coisas nos últimos meses, justamente porque O Jogo da Amarelinha me deixou muito vazio e cansado. Mas tu bem sabes que a bateria vai carregando de novo, pouco a pouco.” Aproveite o seu feriado!
PENSE NISSO!
Vou aproveitar o feriado da Proclamação da República para repisar um tema socialmente viável e economicamente necessário: os feriados
No governo do presidente José Sarney (MDB), ele baixou um decreto “puxando” os feriados para a segunda-feira. Não vingou.
Primeiro, houve uma briga com a Igreja Católica, que não queria festas móveis para comemorações como a Paixão de Cristo (sexta-feira) e o Corpus Christi (quinta-feira). Naufragou. Era um governo fraco demais para peitar a então poderosa CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Agora, mais uma vez, o tema volta ao debate, com aval das organizações sindicais, patronais e representantes dos trabalhadores. O que o presidente Lula está esperando para, enfim, tomar uma medida que agradaria a muitos?
Pense nisso!