Ex-tesoureiro do PT quer o mesmo benefício do doleiro da Lava Jato: ser declarado inocente

No Chile, presidente Lula defende flexibilização do direito à liberdade de imprensa; no Brasil, Bolsonaro perde o pudor: exibe tornozeleira eletrônica

Por Romoaldo de Souza Publicado em 21/07/2025 às 20:41

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MAS, GENTE…
Já se foi o tempo em que o presidente Lula da Silva (PT) defendia a liberdade de imprensa “ampla, geral e irrestrita”. Hoje, acomunado até a toga com o Judiciário, não é que Lula saiu do Brasil e foi ao Chile para recitar o mantra: “liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado Democrático de Direito”.

POUPANÇA BAMERINDUS
Lula fez lembrar o jingle de um banco paranaense: “O tempo passa, o tempo voa.” No governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a parte “podre” do banco foi assumida pelo Fundo Garantidor de Créditos.

BANCO DE DADOS
Em novembro de 2022, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) esteve no Catar, assistindo ao jogo da seleção brasileira contra a Suíça. Após aparecer nas imagens do estádio, afirmou ter ido levar alguns pen drives: “aqui tem vídeos em inglês explicando a situação do Brasil. No Catar não se fala só sobre Copa do Mundo, não.”

ALÉM DO 03
Na residência do pai, Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal encontrou um “pen drive suspeito”, acomodado no banheiro durante a operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

SÓ FALTAVA ESSA
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto — apelidado de “mochila” — bateu à porta do ministro Dias Toffoli, do STF, pedindo anulação de suas penas por suposto “conluio” entre o juiz da Lava Jato e integrantes do Ministério Público.

POR QUE MOCHILA?
Vaccari sempre andava com uma mochila nas costas. Foi preso em abril de 2015, na 12ª fase da Lava Jato.

PENSE NISSO!
Quando escuto um jurista, um político, um advogado ou mesmo colegas jornalistas enchendo os pulmões para falar do tal ataque ao Estado Democrático de Direito, minha vontade é de mandá-los ao interior do país para dar uma espiada na falta de saneamento básico. Aliás, a bem da verdade, nem precisa ir longe, não. Em boa parte das cidades do país, a situação é catastrófica.

Quase a metade da população brasileira — 45,9% — não tem acesso à coleta de esgoto, e apenas 45% do esgoto gerado no Brasil passa por algum processo de tratamento.

Isso sim, deveria inquietar os Poderes da República. Mas esgoto nem dá voto muito menos “ibope”.

Pense nisso!

 

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