Avenida Mário Melo: Confira o que mudou na circulação da via após um ano e quatro meses de obras
Trecho da Mário Melo foi liberado na madrugada desta terça-feira (22/7). Avenida parecia uma ‘montanha-russa’ antes da requalificação

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A Prefeitura do Recife concluiu as obras de requalificação de um trecho da Avenida Mário Melo, em Santo Amaro, no Centro do Recife, após um ano e quatro meses de obras e muito transtorno na circulação da região. O trânsito da via se manteve o mesmo, com exceção de uma proibição de retorno, que já existia antes da reforma, mas devido à sinalização falha, era constantemente desrespeitada pelos condutores.
O reforço da sinalização aconteceu no encontro da Avenida Mário Melo com a Rua São Geraldo (a rua onde está a sede da Secretaria de Defesa Social - SDS). A proibição do retorno para quem sai da São Geraldo e quer seguir em direção à Rua da Aurora agora está mais evidente com uma sinalização reforçada, evitando o conflito com os motoristas que trafegavam pela Mário Melo e vão fazer o mesmo movimento.
Ao sair da Rua São Geraldo, os motoristas têm que entrar obrigatoriamente à direita na Avenida Mário Melo e retornar após o cruzamento com a Avenida Cruz Cabugá: seja fazendo o giro de quadra à direita, pela Rua Coelho Leite (após a Assembleia de Deus), ou seguindo em frente e fazendo o retorno à esquerda nas imediações da Rua do Pombal.



Para quem pedala, também quase nenhuma mudança de circulação. A Ciclovia Graça Araújo foi requalificada e refeita no trecho devido às obras do pavimento, ganhando nova sinalização horizontal e um reforço na vertical. A intervenção também incluiu a recuperação dos passeios com revestimento em pedra portuguesa. A via foi liberada na madrugada desta terça-feira (22/7).
INFRAESTRUTURA DA VIA FOI O GRANDE FOCO DA OBRA
O grande foco da obra de requalificação da Avenida Mário Melo foi o pavimento, que tinha transformado a via numa verdadeira ‘montanha-russa’. A avenida, inclusive, ficou extremamente perigosa devido aos desníveis do pavimento. Conforme a velocidade desenvolvida pelos condutores, os veículos que circulavam pela faixa de rolamento da esquerda eram quase “lançados" no ar, com risco de sinistros de trânsito (não é mais acidente de trânsito que se define, segundo o CTB e a ABNT).
O custo da intervenção era estimado em 5,6 milhões, mas subiu para R$ 7,4 milhões devido a novos custos ao longo da obra. Os trabalhos também deveriam ter sido concluídos em oito meses, sendo finalizados mais de seis meses depois. O trecho refeito fica compreendido entre a Rua do Hospício e a Rua da Saudade, no sentido subúrbio-Centro.
Segundo a Prefeitura do Recife, a obra contou com a substituição dos antigos tubos de concreto com diâmetros de um metro por canaletas de concreto armado com dimensões internas de 2,12 m x 2,12 m, totalizando uma extensão de 522 metros. Por email, a PCR explicou que durante a execução da obra, a equipe técnica identificou a influência significativa das marés como um fator adverso à continuidade dos serviços, especialmente nos trechos mais baixos da via.







“A elevação do nível da água comprometeu a produtividade nos períodos diurnos. Como medida mitigadora, foram adotados turnos de trabalho noturnos e em fins de semana, de forma a ampliar a janela de execução e evitar o comprometimento do cronograma geral da obra. O início do período de chuvas contribuiu com a prorrogação do prazo de conclusão do serviço de implantação da camada de rolamento no trecho em que foi substituído o antigo sistema de drenagem”, afirmou.