Recife, Florianópolis e São Paulo lideram mercado imobiliário brasileiro
O Recife, em particular, registrou um forte crescimento no VGV de vendas, de 59%, e uma valorização de 11% no preço médio do metro quadrado

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O mercado imobiliário brasileiro demonstrou um desempenho "robusto e promissor" no primeiro semestre de 2025, com o Valor Geral de Vendas (VGV) de lançamentos e vendas em forte alta em diversas capitais. O balanço, feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) com dados do GeoBrain, analisou 12 capitais e apontou Florianópolis, Recife e São Paulo como os principais motores do setor.
No consolidado das cidades analisadas, o VGV de lançamentos cresceu 50% e o VGV de vendas avançou 43% em relação ao mesmo período de 2024. Em unidades, o aumento foi de 24% nos lançamentos e 29% nas vendas.
Destaque para capitais
Florianópolis, Recife e São Paulo se destacaram no volume total de lançamentos de imóveis. Florianópolis registrou o maior salto, com uma variação positiva de 367% no VGV de lançamentos. o Recife apresentou um aumento expressivo de 98% no VGV de lançamentos, e São Paulo cresceu 89% no VGV de lançamentos, reforçando sua posição como o maior mercado do País.
Vendas e valorização do metro quadrado
O Recife, em particular, registrou um forte crescimento no VGV de vendas, de 59%, e uma valorização de 11% no preço médio do metro quadrado, que alcançou R$11.199. O presidente da ABRAINC, Luiz França, destacou que o aumento generalizado do VGV de lançamentos e vendas evidencia uma demanda aquecida, mesmo com o cenário de juros altos e crédito restrito.
Além das líderes, Salvador (+57%) e Porto Alegre (+38%) também registraram forte crescimento no VGV de vendas.
O otimismo do setor é sustentado por fatores como o crescimento da população entre 35 e 40 anos e pelo encarecimento dos aluguéis, que subiram 63% nos últimos cinco anos, mais que o dobro da inflação oficial (IPCA, 33%) no período. Uma pesquisa da Brain Inteligência Estratégica aponta ainda que 49% dos brasileiros pretendem adquirir um imóvel nos próximos 24 meses, o maior índice desde 2020.