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Mercado de materiais de construção demonstra estabilidade, diz estudo

Apesar da estabilidade, a pesquisa mostra que o número de lojas com aumento nas vendas superou as que registraram queda em todas as regiões

Por JC Publicado em 04/09/2025 às 12:40

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Apesar da desaceleração da economia brasileira, o varejo de materiais de construção apresentou um cenário de estabilidade em junho. É o que aponta o mais recente estudo Termômetro JS+ Anamaco, uma análise detalhada sobre o desempenho e as tendências do setor.

O estudo, realizado pela Juntos Somos Mais em parceria com o Instituto de Pesquisas ANAMACO, revela que a percepção de crescimento nas vendas entre varejistas subiu de 35% em maio para 36% em junho. A região Nordeste foi a única a registrar uma alta significativa nas vendas, com 44% dos lojistas percebendo o crescimento. Nas demais regiões – Sudeste, Sul, Norte e Centro-Oeste – a percepção predominante foi de estabilidade.

Apesar da estabilidade, a pesquisa mostra que o número de lojas com aumento nas vendas superou as que registraram queda em todas as regiões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, apenas o Nordeste apresentou um resultado superior em lojas com crescimento, saindo de 42% em 2024 para 44% em 2025.

Otimismo em alta

Curiosamente, o estudo aponta um aumento do otimismo entre os lojistas em relação aos próximos três meses, em contraste com a instabilidade macroeconômica. O percentual de varejistas otimistas saltou de 69% em maio para 73% em junho.

Analisando os segmentos, as lojas focadas em material básico são as mais confiantes, com 81% dos vendedores apostando em um aumento das vendas para o próximo trimestre.

A pesquisa também levantou dados do sell-in (venda do fabricante para o lojista), que confirmam a tendência de estabilidade. O crescimento foi de apenas 0,2% em junho, após uma alta de 13% em maio. Os preços do setor também se mantiveram estáveis, com um leve aumento de 0,1% no período.

Por fim, o relatório destaca um crescente pessimismo do setor em relação às ações do governo nos próximos 12 meses. De janeiro a junho, a percepção negativa sobre o governo subiu de 16% para 43%, enquanto o otimismo caiu de 58% para 23% no mesmo período.

 
 

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