Na guerra de versões sobre efeitos das taxas das blusinhas, consumidor pagou mais caro, estados arrecadaram mais e emprego não cresceu
Estudo mostra que a tributação não gerou novos empregos, mas o setor têxtil comemora que ela segurou os que existiam e evitou demissões em massa.
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Está começando um polêmica bem interessante sobre o efeito, no mercado de trabalho do Brasil, devido às restrições de importação de produtos da China depois que Consultoria LCA concluiu um estudo a pedido da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), apontando que a chamada Taxa da Blusinha não teve impacto mensurável na geração de empregos e acabou penalizando principalmente os consumidores de baixa renda, que passaram a pagar mais caro nos produtos e a consumir menos.
Segundo o estudo, considerando os dados do Ministério do Trabalho, a análise estatística presente no estudo constatou que nos doze meses seguintes à introdução da taxa das blusinhas, que passou a vigorar em 1º de agosto de 2024, o crescimento do emprego em setores do varejo e da indústria beneficiados com a taxação da importação de baixo valor se manteve no patamar verificado nos doze meses anteriores.
Parou de cair
Pode ser. Mas não é isso que a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), entidade que liderou o movimento junto ao Congresso e ao Governo, afirma quando diz que o setor retomou um ciclo de crescimento no ano passado, após enfrentar dificuldades da pandemia e as incertezas que têm permeado o País.
Em 2024, o segmento têxtil registrou crescimento de 4,8% na produção em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o vestuário avançou 3,9%.
Voltar a crescer
Para 2025, a Abit projetou um crescimento de 1,2% em toda a cadeia produtiva a depender, é claro, do cenário do PIB nacional que reflete no poder de compra dos consumidores. Mas ela reconhece que o setor está otimista e projeta investimentos.
Entretanto, na visão da LCA, a sua pesquisa realizada no público CDE, utilizada, cerca de 70% de toda a arrecadação com a taxa vem de consumidores das classes C, D e E. E essas faixas de renda foram as mais impactadas quando se considera o peso do novo imposto sobre a renda disponível, configurando uma tributação regressiva que penaliza proporcionalmente as famílias de menor renda.
Menos importações
A LCA identificou uma queda imediata, em agosto de 2024, de US$122 milhões nas importações mensais de bens de consumo, número que chega a US$176 milhões em junho de 2025, ao se considerar a tendência de crescimento interrompida após a criação da taxa.
A ABIT tem uma leitura diferente da simples constatação de geração de emprego com base no Caged. Segundo ela, a indústria têxtil e de confecção evidenciou sua importância na economia nacional já em 2024 quando viu seu faturamento chegar a R$ 212,6 bilhões, ante R$ 203,9 bilhões de 2023.
Empregos formais
O setor tem 25,3 mil empresas com mais de cinco funcionários, gerando 1,3 milhão de empregos diretos e contribuindo com R$ 32,9 bilhões em salários e remunerações. E recolheu R$ 24,4 bilhões em impostos e taxas.
A questão do recolhimento de imposto foi um dos argumentos que o setor usou porque a importação de roupas da China na prática significa a geração de empregos de baixa qualidade naquele país se comparada ao Brasil.
Mais exportação
A Abit também informa que no comércio exterior, as exportações de produtos têxteis e de confecção do Brasil em 2024 totalizaram US$908 milhões, enquanto as importações chegaram a US$6,6 bilhões, resultando em um saldo negativo de US$5,7 bilhões.
O estudo da LCA noutra direção destaca que o Brasil passou a ter uma das maiores cargas tributárias sobre importação de baixo valor da América Latina desde 2024.
Estados e União
Enquanto o país cobra 20% de imposto de importação e até 20% de ICMS, países como Argentina e Chile isentam totalmente o imposto de importação de pequenas remessas, mantendo somente o imposto de consumo, e países como Colômbia e Peru isentam ambos os impostos.
O estudo, portanto, não considera que a indústria têxtil e de confecções nesses dois países é insignificante quando comparada ao Brasil, que ancora o setor não apenas pela disponibilidade de matéria-prima como o algodão, que nos últimos anos devolveu ao país a qualidade de maior exportador de fibra devido ao crescimento exponencial de sua produção.
Donald Trump
O problema é que, no meio desse debate de importação de confecções da China, a partir de fevereiro de 2025, um novo elemento foi introduzido no negócio com a fixação de taxas pelos Estados Unidos com a posse de Donald Trump.
Segundo projeções da Abit, a indústria têxtil brasileira pode perder até cinco mil empregos diretos e 15 mil indiretos caso as exportações destinadas aos Estados Unidos, pressionadas pelo tarifaço de 50% imposto pelo país ao Brasil, não sejam absorvidas pelo mercado interno ou redirecionadas a outros mercados. Os Estados Unidos são o 4º principal destino das exportações brasileiras de têxteis, que vinham crescendo anualmente na casa dos 14%.
Imposto novo
O problema da Taxa das Blusinhas - que acabou fazendo a União e os estados arrecadarem cada 20% de tributos - é que, de fato, a tributação não tem mesmo o poder de fazer com que a indústria no Brasil gere mais empregos. Não vai gerar.
Porque, quando a Lei 14.902/2024 mudou seu Art. 32 e instituiu uma alíquota de 20% sobre importações de até US$50, o objetivo era proteger o varejo e a indústria nacionais da perda de vendas.
Outros produtos
A Taxa das Blusinhas, ao contrário do que indica o nome, não se aplica somente a blusas ou somente ao setor têxtil, mas a todas as compras feitas em plataformas de e-commerce internacional, incluindo produtos eletrônicos, utensílios domésticos, perfumaria etc.
E isso acabou virando outro problema porque com a nova realidade do governo Trump, a China passou a literalmente “desovar” sua produção onde fosse possível. A compra de produtos da China foi a que mais cresceu de janeiro a maio com alta de 26,5%.
Valor agregado
Além disso, a China apostou não só nas blusinhas, mas em produtos de maior valor agregado já que os brasileiros com taxas ou sem taxas já se acostumaram a comprar da China a um movimento já bastante consolidado dos brasileiros de comprar itens do segmento têxtil, utensílios domésticos e de bazar vindos da China a partir de plataformas como Mercado Livre, Amazon e Temo que por outro lado ampliaram suas contratações com a instalação de novas centrais de distribuição.
Arrecadação
Na verdade, a implantação das Taxas das Blusinhas pode mesmo não ter gerado os empregos que a Abit afirmou. Mas com certeza aumentou a arrecadação e manteve os existentes e como as plataformas de importação não brincam em serviços, os 20% de taxa serviram para o crescimento de milhares de outros itens beneficiados pela isenção de até US$20.
Até porque 80% dos compradores afirmaram buscar produtos difíceis de encontrar no Brasil, o que mostra que a política também reduziu a diversidade de bens disponíveis e não necessariamente roupas e confecções.
RioMar Recife como centro de eventos corporativos
Os empreendedores do RioMar Recife, liderados pelo Grupo JCPM, anunciaram investimento de R$ 17 milhões numa nova área de eventos, projetada para oferecer versatilidade, conforto e estrutura de alto padrão para os mais diversos formatos de eventos.
O ambiente contará com 2.330 m² de área total, contempla ampla área de exposição e no formato plenário recebe até 800 pessoas, podendo chegar a 1,4 mil no formato de feiras, salas de apoio multifuncionais.
O espaço oferece copa de suporte e acesso independente da organização para participantes. Este ano, o aporte no Riomar chega a R$ 34 milhões, entre retrofit para novos restaurantes e atualização do paisagismo.
A proposta do novo espaço é atrair congressos e seminários; convenções e encontros corporativos; feiras e exposições; lançamentos e apresentações, treinamentos e workshops; premiações e celebrações empresariais; e eventos híbridos e transmissões aproveitando a chamada regionalidade do Riomar que visitantes dos estados de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Mais de 20 eventos já estão programados para 2026, entre congressos, feiras e encontros corporativos.
Turistas conectados
A Vivo está lançando o Vivo Tourist Plan: um plano de telefonia com o 5G mais rápido do mundo que pode ser contratado por turistas estrangeiros antes mesmo da chegada ao país, pelo site da operadora, via eSIM, com jornada disponível em português, inglês e espanhol. A iniciativa tenta capturar o fato de o Brasil bater o recorde de turistas estrangeiros (mais de 7 milhões até setembro) e se preparar para receber as delegações estrangeiras para a realização da COP 30.
Freitas Tacaruna
A rede Freitas, maior loja de utilidades para o lar do Nordeste, anuncia a abertura de mais uma unidade em Pernambuco, agora no Shopping Tacaruna, na Zona Norte do Recife. A loja, com 1.049 m2, abre nesta sexta-feira, 31 de outubro. Com essa inauguração, a Freitas chega à loja de número 37, celebrando também este ano seus 37 anos de história.
Mercado de Seguros
Nesta quarta (29), o Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (SindsegNNE) realizou palestra no formato híbrido sobre a nova Lei 15.040/2024, conduzida pela advogada Angélica Carlini, referência nacional em Direito de Seguros. O encontro marca o encerramento do Programa de Desenvolvimento de Competências (PDC), ação educacional criada pelo SindsegNNE para capacitar colaboradores.
Nesta quinta-feira (30), o Shopping Recife abre seu Parque Gourmet, primeira novidade do seu inovador projeto Masterplan que recria seu conceito de experiência. Com área total de seis mil m², abriga três andares e 1,8 mil lugares, entre salões internos, varanda e áreas externas, com iluminação natural e paisagismo que valoriza a convivência e o bem-estar.
Serur Advogados
O escritório Serur Advogados foi premiado como Melhor Escritório de Direito Tributário de Pernambuco, pela International Tax Review (ITR) em Nova Iorque O advogado Aristóteles Câmara recebeu o prêmio pela atuação do escritório na representação do escritório junto a instituições financeiras, empresas e famílias de alta capacidade financeira do estado de Pernambuco, em assuntos inerentes a disputas com o Fisco e consultoria tributária.
Qualidade de Vida
Em evento promovido pela Belz Corretora de Seguros, no próximo dia 13 de novembro, no auditório do Museu Cais do Sertão a Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) estará pela primeira vez no Recife, representada pela vice-presidente Gracia Fragalá que fará uma palestra sobre “RH 5.0: saúde no centro da estratégia.As inscrições estão abertas e podem ser feitas através do https://rh50.belzseguros.com.br/
Rota dos Engenhos
Nesta quarta-feira (29), às 10h, na sede do Sebrae Pernambuco, tem o lançamento do projeto Rota dos Engenhos & Arte, que reúne equipamentos dos municípios de Água Preta, Escada, Palmares, Primavera e Ribeirão. A iniciativa aposta no turismo rural, histórico, cultural e criativo para diversificar a economia regional. A expectativa é que, com a estruturação da oferta turística e a inserção em itinerários integrados, resulte num aumento de mais de 20% no faturamento médio anual dos pequenos negócios envolvidos na ação na Zona da Mata Sul do estado.
Varejo em Foco
A distribuidora pernambucana Wine Concept Brasil estará na Supermix, que acontecerá entre os dias 5 e 7, no Centro de Convenções de Pernambuco. Serão apresentados vinhos de países como Brasil, Chile e Portugal. O evento é um dos maiores do segmento na região Nordeste.
GOL Petrolina
A GOL Linhas Aéreas anuncia rota regular e sem escalas entre estados do Nordeste, a que liga o Aeroporto de Petrolina - Senador Nilo Coelho (PNZ) ao Aeroporto Internacional de Salvador Luís Eduardo Magalhães (SSA), na capital baiana. São 3 frequências semanais de ida e volta entre as cidades.
HospitalMed 2026
A HospitalMed (HM) encerrou a edição deste ano registrando volume superior a R$1,5 bilhão em negócios e atraindo público de mais de 27 mil visitantes e inovações. Promotora do evento, a Insight - Feiras & Negócios confirma a edição para o próximo ano do HospitalMed para os dias 21 e 23 de outubro de 2026, no Pernambuco Centro de Convenções.