Depois do Marketing do Futuro, Silvio Meira e Rosário de Pompéia apresentam proposta sobre política em A Próxima Democracia
Autores que mudaram conceitos usados por décadas em relação ao marketing propõe a reconstrução da política a partir de participação efetiva do cidadão

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Escritores modernos têm usado recursos de Tecnologia da Informação para aprimorar textos, sofisticar pesquisas e assegurar citações bibliográficas e, mais recentemente, Inteligência Artificial para ajudá-los a ter mais segurança nos seus trabalhos. Escritores modernos têm contratado escritórios de design para preparar material de divulgação e produção de sites amigáveis com sua obra para divulgação e inserção de seus trabalhos nas redes sociais.
Silvio Meira e Rosário de Pompeia estão usando a IA para, após a conclusão de seu novo livro A Próxima Democracia, criar integralmente um site de uso do novo texto resultado de um ano de pesquisa, discussão e validação acadêmica das propostas teóricas pelos leitores cujo aprendizado foi construído integralmente sobre o conteúdo do livro e que será ferramenta de trabalho dos usuários e que terá, também por IA, da produção de conteúdo de análises comparadas ao aprendizado do que está no livro.
Silvio Meira e Rosário de Pompeia estão com o novo trabalho um novo modelo da política fundamentado num pacote de 32 teses construídas para abrir um debate na sociedade sobre que tipo de Democracia podemos experimentar baseada em conceitos clássicos, práticas modernas de compliance social e debates do cidadão como atores fiscais dos seus representantes.
Os dois autores são os criadores da teoria do Marketing do Futuro, livro instrumento de negócios escrito, a partir de um manifesto proposto por eles e que vem sendo usado por centenas de empresas e especialmente grandes corporações.
Criadores da teoria do Marketing do Futuro
Não antes de ter sido recebido com surpresa, desconfiança de gerentes, diretores e Vice Presidente de empresas pela proposta disruptiva e que (sabe-se hoje) tirou da zona de conforto e dos cargos dezenas de profissionais acostumados as teorias de marketing depois de não entenderem que as ferramentas tradicionais já não davam conta dos desafios de uma sociedade conectada e que funciona a partir de comunidades em rede.
A Próxima Democracia é um livro mais ambicioso porque trata de política. O que por si só já seria um tema de ampla controvérsia, especialmente na sociedade brasileira que nos últimos vem repetindo o comportamento de divisão de opiniões existente em vários países onde a cisão ancorada especialmente nas redes sociais sequer permite um debate civilizado. E, não raro, simplesmente propõe a eliminação do outro.
E, assim como aconteceu com os gestores do marketing (do passado), a ousadia da proposta tende a ser recebido com desconfiança pelos políticos, críticas de uma geração de cientistas políticos, professores, da Academia e analistas da mídia
Mesmo a despeito de vir ancorado numa robusta pesquisa referencial que inclui conceitos básicos de pensadores da Antiguidade, autores clássicos dos séculos passados, novas propostas feitas no século XX por escritores modernos, e teóricos que já se debruçaram sobre o tema em novos textos no Século XXI.
Autores apresentaram em 2024 teoria AEIOU no Marketing
Meira e Pompeia sabem disso e esperam críticas pela ousadia da proposta como, aliás, sabiam quando apresentaram a teoria AEIOU no Marketing do Futuro (2024) um ano depois de lançarem o Manifesto do Marketing do Futuro em 2023.
Orientador e orientadora no Doutorado da Cesar School estão acostumados com contestações. Embora, no caso da teoria do Marketing do Futuro, isso os tenha levado a construírem também uma nova plataforma de consultoria de suporte que tem sido demandada pelo mercado, especialmente grandes corporações. Parte delas clientes da LeFil, liderada por Rosário de Pompéia e Socorro Macedo e da TDS, de Silvio Meira, requisitado conselheiro de várias empresas.
E o que diz e propõe A Próxima Democracia?
Além da experiência Gutenberguiana de um livro impresso de 328 páginas, editado pela Amarilys e da possibilidade de acesso ao site https://aproximademocracia.com.br/, gerado por IA aonde estão o texto original e as primeiras colunas escritas pelos dois autores com IA, A Próxima Democracia numa frase pode ser definida assim:
Um manifesto-operacional para refundar a democracia no “mundo digital” - onde físico, digital e social se entrelaçam - combinando diagnóstico denso, 32 teses prescritivas e um método (AEIOU) para transformar princípios teóricos em prática.
Provocativo, não? Mas o objetivo de Meira e Pompeia é esse mesmo. Daí porque eles dividiram o livro em cinco capítulos que eles definem como degraus definidos como Alicerce, Bússola, Mapa (onde estão as 32 teses organizadas em cinco grupos, um Manual de Navegação (o algoritmo de ação política já aplicado no Marketing do Futuro, cujas palavras Ambiente, Estratégia, Interações, Operações, Unificação foram o acrônimo AEIOU) e um final definido como Horizonte onde os autores definem a “Democracia como ecossistema vivo a ser cultivado, não máquina a ser gerida”.
Tudo muito bom. Tudo muito bem, mas a pergunta que A Próxima Democracia suscita é para quem serve e como aplicar todo esse conjunto de teses que vocês propõem?
Leitura para gestores públicos e legisladores e partidos
Bom. Pode ser interessante para muita gente. Gestores públicos e legisladores de modo a servir como agenda de Estado-plataforma e regulação algorítmica (transparência, auditoria, proteção de dados, integridade informacional).
Certamente vai interessar a Movimentos/Partidos servindo como ferramenta para sair da mobilização efêmera para capacidade tática/narrativa e pressão sustentada; E nesse ponto a proposta do livro é usar o conceito de AEIOU (lembra?) com mais cadência.
E, finalmente, servir como Plataformas/Mídia para reconectar modelo de negócio a valor cívico; reduzir opacidade algorítmica; preservar jornalismo e diversidade informacional. Naturalmente, servindo para criar argumentos de debate.
Os autores identificaram (e reconhecem) que essa não será uma conversa amigável. E o livro reconhece tensões. Fortes tensões que eles listam em quatro grupo para provocar o debate:
Participação em rede X deliberação qualificada, Transparência radical X privacidade/autonomia psíquica, Governança ágil X accountability e devido processo e Regulação forte X inovação aberta em plataformas.
Trabalhos acadêmicos com esse tipo de provocação normalmente apresentam questões que a teoria proposta tenta responder. É um formato clássico de modo a suscitar o debate, portanto, Meira e Pompeia sabem o que lhes espera.
Mas Meira e Pompeia também fazem provocações. E em número de sete perguntas. E para não antecipar o “kit de perguntas-gatilho” vale desde já provocar a questão sobre onde montar assembleias cidadãs e orçamentos participativos de alto impacto?
As respostas podem ser buscadas na 32 teses que os autores vão logo advertindo que não são aforismos soltos, são componentes de um mesmo sistema.
Cada bloco (são seis) cumpre uma função distinta, reconfigura a arquitetura do poder, estabelece cadências de interação, cria lastro ético e comunicacional, expande quem participa e com quais direitos, define salvaguardas de resiliência e de transparência. O que é o conjunto de teses que se interconectam e ancoram a própria proposta do livro que tem prefácio do jornalista Gerson Camarotti.
Livro para a pluralidade de ideias e pensamentos
Camarotti afirma na sua apresentação que o grande desafio de A Próxima Democracia é sair das bolhas dos algoritmos para resgatar a pluralidade de ideias e pensamentos. O que segundo ele o torna essencial depois que Silvio Meira e Rosário Pompéia apontam caminhos preciosos nesta direção.
O jornalista confessa que atuando na cobertura política em Brasília há três décadas, nunca imaginou que chegaria o momento de se perguntar: Qual será a próxima democracia? Porque, segundo ele, quando começou a acompanhar as relações de poder na capital federal nos anos 90, o país ainda vivia os ecos da redemocratização.
“Era um tempo de celebração da democracia. E foi com esse espírito que decidi, anos antes, fazer jornalismo e me especializar em política”. Mas que nos últimos anos o cenário mudou radicalmente e a polarização passou a dominar o mundo. E esse movimento teve reflexo imediato no Brasil.
O que torna o livro fundamental para esse esforço de compreender como chegamos até aqui e o que é possível fazer para sair dessa armadilha. Porque agora enfrentamos o desafio dos algoritmos que acentuam bolhas ideológicas separando as pessoas e afetando sensivelmente a democracia em todos os lugares, diz o jornalismo.
A Próxima Democracia será lançado nesta segunda-feira(16) no Auditório Cais do Sertçai, com comentários do professor Joaquim Falcão, embora já esteja disponível na Amazon. E vem a vantagem de permitir uso do site gerado por IA de modo que os interessados já possam exercitar a teor proposta de Silvio Meira e Rosário de Pompéia.