Inteligência Artificial e boa imagem em relação ao meio ambiente entram no radar das empresas que buscam boa governança
Congresso do IBGC revela preocupação com a necessidade de as empresas definirem uso da IA e como preparar as equipes protegendo estratégia do negócio.

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SÃO PAULO - Maior evento do Brasil na questão da gestão e da governança corporativa, o congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é um desses encontros onde consultores de empresas e empresários, gestores de companhias de médio e grande porte se reúnem para uma conversa anual sobre como anda o rumo do vento no mercado e como suas empresas precisam se organizar para sobreviver a chuvas e as tempestades típicas da economia brasileira.
Este ano o tema do evento que reúne por dois dias mais de 1.400 participantes presencialmente no WTC de São Paulo, foi os caminhos que desafiam nossas certezas? Enquanto a Inteligência Artificial reescreve o mundo do trabalho, conflitos geopolíticos redefinem o ambiente de negócios.
Potencialidades
Felizmente o rumo da prosa já não é mais o encantamento das potencialidades do uso corporativo da IA. Mas o que as empresas precisam fazer para não misturar - como os consultores da KPMG definem- o CNPJ da empresa com o CPF dos empregados no uso da nova ferramenta de trabalho.
A questão não é saber como usar ou incluir a IA nas rotinas das empresas, mas como o CNPJ define o que pode e o que não pode na hora de montar o seu isso e como isso vai bater na própria estratégia do negócio. Ou seja, a urgência em criar normas bem ajustadas para que os empregados mais entusiasmados com o uso de IA acabam colocando na rua as estratégias da companhia.
Conselheiros
E isso não é fácil, Porque para começo de conversa o dono ou os conselheiros precisam ter uma visão clara do que a IA pode fazer pelo negócio e definir padrões éticos respeitando todo o marco legal.
Dito de uma forma simples: Não dá para a empresa deixar a IA livre no seu ambiente de trabalho como o cidadão pode usá-la enquanto CPF. Até porque se os dois números se misturam o bicho pega.
Disruptivo
Mas o congresso do IBGC sempre reserva sua palestra de abertura para temas mais gerais e esse ano o evento foi aberto pelo consultor Pavan Sukhdev, fundador e CEO da GIST Impact dos Estados Unidos, que entregou a coordenação um tema curioso: “Navegando em mares revoltos: governança para sobreviver às disrupções dos próximos cinco anos”.
Por cinco anos, senhor? Por que como ele disse são três de Donald Trump e mais dois para o próximo presidente consertar tudo de errado que ele está fazendo na economia global que está afetando muito os negócios nos Estados Unidos e vai impactar a governança das empresas.
Contra Trump
Dispensável dizer que ele não votou no republicano, mas Sukhdev teve o cuidado de sequer pronunciar o nome de Trump na conversa com os brasileiros.
E ele usou de uma analogia para dizer que o mundo precisa de novas estratégias para proteger o capital, a governança e a reputação ao lidar com comportamentos como de uma tempestade e estar preparados para sobreviver em mares nervosos.
Cinco anos
Para surpresa da plateia ele disse que cinco anos é muito tempo diante de um caos na política atual dos Estados Unidos, estimando que o mundo vai precisar de dois anos depois que a tempestade passar.
Governança, comparou ele, é um sistema de navegação que ajuda o navio - apesar do mar revolto - seguir uma rota sem afundar. Mas para isso a empresa precisa de métodos disruptivos.
Transformador
Todos nós concordamos que a IA vai transformar as nossa relações nas empresas das pessoas e tendemos a achar que elas transformarão a IA num ativo mais sucesso, disse Sukhdev. Isso é bom, mas é importante pensar que os cibercriminosos também usam a IA para sofisticar seus crimes. O mundo do crime ficou mais perigoso com a IA.
E Pavan Sukhdev fez uma advertência. “Vamos ter mais instabilidade política e mais ameaças da Democracia. Estamos vendo o nascimento de influenciadores que falam claramente que a Democracia é um programa de computador velho e que, ao defenderem um up-grade, chegam a falar em monarquia por áreas do conhecimento. Seriam os novos monarcas do mundo disruptivo os CEO das empresas de TI, por exemplo.
Risco democracia
Isso é preocupante porque temos áreas em que essa atuação pode ter resultados perigosos. A saúde é uma delas e isso tem a ver com os alimentos que consumimos e a saúde mental.
O professor Sukhdev encerrou sua palestra advertindo que essa onda de ambiguidade e incertezas desafiam a Democracia. Gestores e conselheiros, advertiu, não deixam de atentar para o fato que a Democracia está sendo desafiada.
Nova ameaça
Sukhdev disse que o mundo enfrenta uma ameaça significativa e não só EUA mas em vários países. E finalizou dizendo que a governança pode nos ajudar preparar executivos para lidar com isso.
“Num mundo em que existem pessoas que, em paralelo, falam nas redes sociais em mudar o próprio contrato social e com parte da população aceitando o discurso de despóticos e quase monárquicos, os CEOs precisam estar atentos porque as pessoas são recursos fundamentais que precisam ser protegidos, concluiu Sukhdev.
O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DO IBGC
Blocos de petróleo
A ANP aprovou a homologação dos 34 blocos arrematados no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC 5) que registrou-se um recorde em ofertas de bônus de assinatura, no valor de R$ 989 milhões, o maior já obtido em todos os ciclos anteriores da OPC. O bloco PRC-T-121 foi arrematado pela empresa Dillianz Petróleo e Gás Biocombustíveis S.A. Os próximos passos, agora, serão a apresentação, pelas nove licitantes vencedoras do 5º Ciclo, de garantias financeiras dos investimentos exploratórios mínimos, entrega de documentos obrigatórios e pagamento dos bônus de assinatura ofertados.
Sem pagar
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela CNC, veio com novo recorde: 13% das famílias brasileiras afirmam não ter condições de pagar suas dívidas. Esse é o maior percentual desde o início da série histórica da pesquisa, iniciada em 2010. A inadimplência também renovou seu recorde e chegou a 30,5% no mês passado, o que aponta um quadro de crescente fragilidade financeira.
Investimento em PE
A indústria de sorvetes Frosty ampliou seus investimentos em Pernambuco aplicando R$4,25 milhões na abertura de 17 lojas em 2025. Já são 13 unidades inauguradas neste ano e outras quatro devem abrir até dezembro. A expansão reforça a presença da marca no estado e impulsiona a economia local. Esse é o ano que a rede celebra 35 anos com receita 20 vezes maior em cinco anos.
Mas uma contra a Reforma da Previdência. Foi aprovada a Lei nº 15.108/2025 alterando a Lei de Benefícios da Previdência Social (Lei nº 8.213/91) para equiparar, de forma expressa, o enteado, o menor sob tutela e o menor sob guarda judicial aos filhos para fins de recebimento de benefícios previdenciários, como a pensão por morte.
Embora esse direito já fosse reconhecido pela Justiça, a mudança traz maior segurança jurídica e deve reduzir a necessidade de ações judiciais. A legislação exige que o menor não possua meios próprios de subsistência, o que pode ser demonstrado por meio de declaração de matrícula escolar, inclusão em plano de saúde ou pensão alimentícia, comprovantes de dependência econômica e declarações no imposto de renda do segurado. A conta vai bater no INSS.
AFLR Boulercad
A construtora ACLF Empreendimentos iniciou as obras do Boa Vista Boulevard, segundo grande empreendimento na capital pernambucana, localizado na Rua das Ninfas, em uma região privilegiada na Ilha do Leite, área central e de grande valorização no Recife. Antes ela lançou o Belém Boulevard, que impactou positivamente diversos bairros vizinhos, como Campo Grande, Encruzilhada, Espinheiro e Santo Amaro.
Caminhão hidrogênio
Os chineses não brincam em serviço. Inaugurou o Laboratório de Hidrogênio (LabH2), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. A montadora de carros elétricos estará presente com o primeiro caminhão a célula de combustível a hidrogênio (FCEV), da GWM Hydrogen powered by FTTX, trazido para o Brasil, reafirmando seu pioneirismo no desenvolvimento e aplicação da tecnologia no país.
A FTTX é a subsidiária da GWM na China responsável pelo desenvolvimento de tecnologias de célula a combustível e componentes para que utilizem o hidrogênio. Fora do país asiático, ela adota a marca GWM Hydrogen, reforçando o posicionamento global da empresa nesse segmento.
Fictor no Coniben
A Fictor Energia, empresa de projetos de energia do Grupo Fictor, será, mais uma vez, patrocinadora oficial da Conferência Ibero-Brasileira de Energia (Coniben), acontece nos dias 27 e 28 de novembro, no Hotel Tivoli, em Lisboa, reunindo especialistas, autoridades e empresas de referência do Brasil, de Portugal e da
Espanha para debater os rumos da transição energética global.
Para a edição de 2025, a expectativa é que boa parte dessas lideranças retorne ao palco no painel de abertura, reforçando o protagonismo das novas gerações no setor. O CEO do Grupo Fictor, Rafael Góis, participará como painelista em um painel dedicado aos investimentos em energia.
Recarga de elétrico
A GWM anuncia uma atualização em seu aplicativo de recarga para levar ainda mais praticidade aos usuários. Além das funções já conhecidas, como a localização, desbloqueio e pagamento das recargas, o app passa a contar com recursos que tornam a experiência mais completa para donos de veículos eletrificados da GWM, como as linhas Haval H6, ORA 03 e Tank 300. Ao todo, quase 90 mil clientes já cadastrados no My GWM terão acesso imediato a essas funcionalidades.
Descaracterizadas
A Receita Federal com a ajuda de detentos do sistema prisional um lote de tênis descaracterizados pelos internos. A iniciativa é resultado do Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições visando a destinação social de bens apreendidos pelo órgão federal. O IMIP foi a primeira beneficiada recebendo 700 pares de tênis, descaracterizados por internos do Presídio de Itaquitinga 1 (PIT 1), no âmbito do Programa Novos Passos/SEAP.
Possível parceria
A Inspirali Educação Médica Continuada e o Real Hospital Português (RHP) analisam parceria inédita para a formação médica no Nordeste. A proposta é usar a centenária do RHP à expertise acadêmica da Inspirali. A proposta é a estruturação de cursos na área médica que combinam teoria, tecnologias educacionais avançadas e prática clínica em pacientes reais.
Os cursos serão direcionados a áreas de alta demanda, iniciando por diagnóstico por imagem e, nos próximos meses, expandindo para outras especialidades.