Congresso IBGC aborda governança diante de conflitos geopolíticos, mudanças climáticas e IA
Pró-reitor da Escola de Economia da Universidade Tsinghua falará sobre a "China no centro do novo tabuleiro global" durante o 26º Congresso do IBGC.

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Conversa organizada para reunir conselheiros, executivos e lideranças empresariais e especialmente gente que cuida da melhoria da gestão das empresas no Brasil, o 26º Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) é um desses bons momentos em que se conhece numa rodada de negócios como anda o país na área de governança um termo que dá muito charme e prestígio, mas custa muito caro e dá trabalho.
Este ano o tema “Governança em um mundo disruptivo”, que deve levar para o palco do principal fórum brasileiro sobre governança corporativa, em formato presencial e on-line, numa agenda que reflete as transformações globais que moldam o ambiente de negócios, como o complexo cenário geopolítico, o impacto da inteligência artificial e as questões climáticas.
E terá ainda a presença de Ping He, pró-reitor, professor e diretor de dois centros de pesquisa na Escola de Economia e Gestão da Universidade Tsinghua convidado para falar sobre a “China no centro do novo tabuleiro global”. Também estarão presentes Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho do Movimento Brasil Competitivo, e Deborah Wright, presidente do conselho de administração do IBGC, fará reflexões sobre governança e sucessão.
Segundo Luiz Martha, diretor de Conhecimento e Impacto do instituto, o Congresso do IBGC virou um marco anual sobre o momento da governança , mas nesta edição, os palestrantes foram selecionados por seu profundo conhecimento e experiência prática no tema. A proposta é apresentar suas visões de liderança conectadas às reflexões mais atuais sobre como navegar em contextos de incerteza que o mundo todo está enfrentando.
Um dos maiores cuidados na curadoria foi garantir diversidade em todas as dimensões. Haverá visões globais por diferentes ângulos, do Ocidente ao Oriente, além da representatividade regional brasileira, com vozes das diversas regiões do País e de distintos tipos de organizações: empresas familiares, cooperativas, startups e companhias de capital aberto, esclarece o executivo.
Isso fez com que a grade técnica do congresso fosse estruturada para enfatizar a importância da governança corporativa para as empresas navegarem em um contexto de incertezas e desafios: a inteligência artificial reescrevendo o mundo do trabalho, conflitos geopolíticos redefinindo o ambiente de negócios e as questões climáticas assumindo protagonismo cada vez maior.
Liderança estratégica e cultura de inovação
Nesta quarta-feira (9), o primeiro dia do encontro, o congresso começa com a palestra “O novo tabuleiro geopolítico”, com Hussein Kalout, conselheiro do CEBRI e professor da USP. Em seguida, o painel “Liderança estratégica e cultura de inovação: o papel das pessoas na transformação organizacional” reunirá David Feffer (presidente do Conselho de Administração da Suzano) e Marcelo Silva (vice-presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza), com moderação da jornalista Isabel Clemente.
A palestra seguinte – “Qual o papel do setor privado e conselhos nas COPs e no cumprimento das metas climáticas do Brasil?” – será proferida por Rafael Segrera, presidente da Schneider para a América do Sul. Haverá a participação de Valéria Café, diretora-geral do IBGC.
Ainda no primeiro dia, o painel “Questões globais, impactos locais e o papel da governança” terá a participação de Andréa Menezes (presidente do Conselho de Administração das Lojas Marisa) e Manoel Carnaúba Cortez (sócio-diretor da Impacto Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobahia), com moderação de Adriana Muratore (diretora voluntária do Programa Diversidade em Conselho do IBGC).
Logo após, o tema “Governança climática: casos práticos de implementação e resultados” será abordado por Álvaro Lorenz (diretor global de Sustentabilidade, Relações Institucionais, Desenvolvimento de Produto e Engenharia na Votorantim Cimentos) e Vitor Wanderley (presidente do conselho de administração da MGV Agroindustrial), sob a mediação de Juliana Buchaim (conselheira de administração e co-chair da Women Corporate Directors).
A programação do primeiro dia inclui, ainda, o painel “Inovação e governança em tempos de velocidade exponencial”, com Diego Barreto, CEO do iFood. Em seguida, acontecem as breakout sessions simultâneas. Em “Governança que inspira e transforma cooperativas”, participa Eddy Alfonso Sleutjes, presidente do conselho da cooperativa Veiling Holambra, com moderação de Renato Zugaibe Doretto, diretor do Sicoob Credisul e membro do conselho fiscal da OCB/RO.
Em “Governança da família empresária”, estarão Leila Loria, presidente do conselho da FCC – Ciência dos Materiais, e Letícia Reichert, coordenadora da Comissão de Empresas Familiares do IBGC, sócia e conselheira no Grupo FCC, sob a moderação de Lucas Arruda, auditor de empresas familiares e líder em inovações sociais. A sessão “Governança em startups” contará com Bruno Rondani, fundador e CEO da 100 Open Startups, com moderação de Maria Bofill, sócia de TozziniFreire Advogados.
Sustentabilidade econômica, social e ambiental
No dia 9 de outubro, depois da palestra de Ping He haverá um debate “Sustentabilidade econômica, social e ambiental” reunirá Ilana Benchimol Minev, presidente do conselho de administração e família da Bemol, e Rosi Puccetti, vice-presidente de Gente, Sustentabilidade e Estratégia da Pague Menos, com moderação de Iris Barbosa, conselheira e vice-presidente do Instituto Pactuá e membro da Comissão de Pessoas do IBGC.
Na parte da tarde, as breakout sessions simultâneas abordarão diferentes frentes. O painel “Tokenização de ativos e evolução dos meios de pagamento: o que os conselhos precisam saber?” terá a participação de André Daré, diretor-presidente da Núclea, e Antônio Carlos Berwanger, superintendente de desenvolvimento de mercado da CVM, com moderação de Annalisa Blando, conselheira consultiva no Mercado Bitcoin e Damyller.
Em “Como preparar a organização para enfrentar uma crise cibernética?”, estarão Roberta Machado, presidente-executiva do Grupo In Press, e Willian Santana, superintendente de Segurança e Resiliência Corporativa do Grupo Neoenergia.
A sessão “Agenda do conselho e seus deveres fiduciários” contará com Ilene Najjarian, procuradora federal e conselheira no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, sob a moderação de Adriana Caetano, membro de comitês de auditoria e conselheira consultiva em várias empresas. O painel seguinte, “IA e Governança: ética e prática”, terá Patrícia Peck, CEO e sócia-fundadora do escritório Peck Advogados, e Kwami Alfama, CEO do Grupo Argos.
O IBGC foi fundado e é uma organização da sociedade civil , referência nacional e uma das principais no mundo no tema. Seu objetivo é gerar e disseminar conhecimento a respeito das melhores práticas em governança corporativa e influenciar os mais diversos agentes em sua adoção, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e, consequentemente, para uma sociedade melhor.