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Rui Costa assegura reinício das obras da Transnordestina em Pernambuco por decisão do presidente Lula

Ministro assegurou na Radio Jornal que a retomada das obras faz parte de promessa do presidente independentemente da obra até o porto de Pecém (CE).

Por Fernando Castilho Publicado em 27/08/2025 às 15:45

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa assegurou, nesta quarta-feira (27), no Programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, com o comunicador Igor Maciel que Pernambuco terá assegurado o traçado da Transnordestina por decisão do presidente da República de modo a completar o projeto cujo traçado está sendo construído entre as cidades de Eliseu Martins (PI) e Pecém (CE).

Costa afirmou que “quem define” políticas públicas desse porte, com esse volume de investimento, não é o superintendente da Sudene. Não é o presidente do Banco do Nordeste e nem o ministro da Casa Civil.

“Quem definiu esse investimento chama-se Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República. Foi ele quem decidiu retomar e concluir a Transnordestina, tanto no sentido do Ceará como no sentido do Grande Recife, chegando ao Porto de Suape”, disse o ministro.

Rui Costa disse que gostaria de lembrar que quem retirou o estado do projeto foi o governo passado, numa referência à decisão tomada no final de dezembro de 2022 quando o Ministério dos Transportes aceitou a proposta da TLSA, concessionária da obra para suprimir do projeto o ramal que se dirige ao Porto de Suape.

Ricardo Stuckert
Presidente Lula da Silva com trabalhadoras e trabalhadores das obras da Transnordestina, no Distrito Suassurana. Iguatu CE. - Ricardo Stuckert

Pelo projeto do traçado original a ferrovia saía do Piauí e, em determinado ponto em Salgueiro (PE) ela se dividia em formato de um T invertido. Uma parte seguia para o Ceará (Porto de Pecém) e a outra para o Porto de Suape. Essa perna de Pernambuco foi retirada no governo anterior.

Rui Costa disse que, agora estava assegurando que o ministro dos Transportes, Renan Filho estava concluindo o projeto inicial, no trecho onde devem começar as obras públicas com investimentos federais, enquanto formatamos a concessão do restante até o Porto de Suape.

Ainda segundo o ministro há uma dificuldade grande hoje porque o traçado original, na chegada ao Porto, foi fortemente ocupado por conjuntos habitacionais e loteamentos. Com isso, será preciso encontrar um novo percurso que respeite as questões ambientais, como os manguezais da região, já que não é possível remover todos esses conjuntos habitacionais.

Entretanto, Rui Costa assegurou que as duas coisas serão feitas em paralelo: iniciar um trecho como obra pública, com recursos do governo federal (haverá a licitação ao de dois lotes que já podem receber obras) e ao mesmo tempo será formatada e licitada a concessão para a chegada a Suape.

O projeto da do Ramal da ferrovia Transnordestina atualmente está em desenvolvimento apenas no estado do Ceará onde estão sendo assentados os trilhos e preparada a infraestrutura para acesso ao Porto de Pecém.

Em Pernambuco, segundo proposta da Infra S.A, a empresa Infra S.A é originada a partir da incorporação da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) pela Valec - Engenharia, Construções e Ferrovias haverá o lançamento de apenas dois trechos, os lotes 05 e 07 (ambos com 53 quilômetros).

Isso se deve ao fato de os dois já estarem de posse da empresa e com as informações básicas. Os lotes 04 (com 73 quilômetros) e 06 (com 44) ainda precisam de ações, passando por pesquisa a atualizações para finalização dos editais.

Os lotes 04 e 05 estão como percentuais de obras de 37% e 24% feitos pela antiga concessionária Transnordestina S.A. Já os lotes 06 e 07 devem começar obras do zero, já que o seu traçado foi apenas definido e demarcado. Os lotes que receberão obras estão entre as cidades de Custódia e Pesqueira, passando por Arcoverde. Os lotes 06 e 07 vão de Pesqueira a Belém de Maria, passando por Cachoeirinha.

Em março, num encontro na Fiep, o presidente da Infra S.Á, Jorge Bastos, encheu de expectativas os empresários ao anunciar que editais dos dois primeiros lotes do ramal da ferrovia Transnordestina que corta o Estado em direção ao porto de Suape.

Ele admitiu que não tenha como gastar os R$450 milhões alocados no Orçamento Geral da União de 2025 para a obras dentro do orçamento do Novo PAC. Mas esclareceu que o que não for gasto ficará na rubrica restos a pagar em 2026, já que dentro do Ministério dos Transportes a obra tem prioridade.

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