Com diferencial de qualidade, Roma Joias abre lojas no Recife mirando mercado de semi jóias porta a porta feito por milhares de consultoras
Semi joias movimenta mercado bilionário e marcas buscam constante atualização com lançamento, lojas modernas e presença na Internet

Clique aqui e escute a matéria
Num mercado cada vez mais digital e com o e-commerce cada vez mais consolidado, um segmento se destaca pelo uso intensivo da força de trabalho que foca no presencial e no contato direto.
É o segmento de vendas porta a porta onde um consultor está na casa do cliente ou no ambiente de trabalho mostrando seus produtos e as novidades do setor.
No passado ele era o empreendedor que financiava a compra, sendo conhecido como prestamista. Hoje isso não acontece graças ao cartão de crédito e mais recentemente com o PIX que ajuda no aumento do capital de giro do negócio ou na venda por boleto.
Mas uma coisa não mudou: o vendedor porta-a-porta é sempre o garantidor da qualidade do produto e é a confiança do cliente nele quem faz a diferença.
O porta-a-porta fez a indústria de cosméticos crescer exponencialmente com a marca internacional Avon. Também explodiu as vendas da Tele Sena criada por Silvio Santos embora hoje o segmento de capitalização seja dominado pelos grandes bancos. Mas o setor de joias ou semijoias continua forte e crescendo.
Ele tem milhares de consultoras e o cidade de Limeira(SP) transformou-se na capital da semijoias por concentrar dezenas de fábricas que podem entregar milhares de novos produtos e produzir literalmente milhões de peças que são vendidas essencialmente por milhares de consultoras já que a força de trabalho é composta essencialmente por mulheres.
E isso acaba proporcionando a criação de novas empresas, inclusive no Nordeste.
Uma dessas empresas é a Roma Joias, uma grife especializada em semijoias, que aposta suas fichas no crescimento do mercado de acessórios em Pernambuco.
Ela é um case de sucesso de empresários nordestinos que se especializaram no segmento, consolidaram uma força de trabalho e chegaram ao estágio de ter sua própria fábrica para distribuir pelo Brasil.
O setor funciona como lojas de atacado que abastecem as milhares de consultoras. No estado a Roma Joias tem loja no bairro São José e dois novos showrooms – um no centro de Caruaru e outro em Boa Viagem, na Galeria Santo Antônio.
Como todo o setor tem seu foco na venda direta, a Roma Joias espera ampliar sua carteira de revendedores no estado, que, em todo país, já passa de 7 mil.
De acordo com o CEO e proprietário da Roma Joias, Henrique Lima, Pernambuco representa um marco no plano estratégico de expansão do grupo, que soma 38 lojas em operação e executa um plano de expansão com a abertura de novas praças de distribuição e fortalecimento da presença física em mercados estratégicos, como Goiás, Paraíba, Ceará, Bahia e São Paulo.
“A venda direta é o nosso DNA. É acessível, democrática e tem impacto real. Já vimos histórias de mulheres que conquistaram independência financeira, abriram negócios próprios, realizaram sonhos com a revenda da Roma. E estamos só começando”, reforça.
Isso não quer dizer que a rede abra mão de ter lojas modernas com muitas vitrines, catálogos produzidos, uma revista e presença forte na internet. Mas as consultoras com suas malas azuis são fundamentais
Lima é um empresário cearense que atua no setor há mais de 30 anos e depois de vender joias de outras fábricas decidiu ter sua marca e, a seguir, conseguir operar sua própria fábrica.
Sua indústria também é em Limeira (SP) é resultado de investimento de capital próprio de R$15 milhões e hoje produz 200 mil peças por ano.
Segundo ele, o que diferencia sua companhia é a qualidade do design, mas a quantidade de ouro que coloca nas peças de modo a ampliar sua durabilidade.
As joias da Roma recebem uma camada mínima de ouro de 15 milésimos, uma média três vezes acima do mercado, oferecendo durabilidade, brilho e credibilidade para quem revende e para quem consome. Em algumas pessoas esse percentual de ouro chega a 25 milésimos.
E o que pouca gente fora do mercado sabe é que no mercado sem semijoias o carro chefe do negócio ainda é o par de alianças que pode ir de R$300 a R$800 na ponta. E no caso das alianças da Roma o diferencial é que elas têm 15 milésimos de ouro.
Henrique Lima afirma que no primeiro semestre de 2025, o faturamento da empresa já superou o total de 2024, impulsionado pela expansão territorial e pelo fortalecimento da marca no Nordeste. E desde que ele montou a empresa ela vem crescendo acima de dois dígitos
Ele não é pernambucano, mas conhece bem o estado como costuma dizer já vendeu muitas semijoias no Estado. Filho de sacoleira, aprendeu a vender de porta em porta com a mãe, que não tinha com quem deixar os filhos e os levava às vendas e trabalhou em Caruaru.
Hoje ele dedica a vida ao negócio de venda direta a partir de São Paulo e acredita no quanto este negócio pode transformar a vida das pessoas.
Este ano, ele está apostando na chegada da empresa através de uma empresária pernambucana que está no mercado há mais de 27 anos e que é distribuidora no estado da marca e que ela conheceu no Mercado.
Na estratégia traçada por Henrique Lima em cada estado a que a Roma chega, tem um distribuidor local que se relaciona direto com ele.
São esses distribuidores regionais que cuidam dos 300 pontos de venda que atendem as consultoras que levam os produtos para milhares de clientes em todo o Brasil.
Em Pernambuco escolhemos uma mulher pernambucana e uma pessoa muito simples que está tocando toda esta expansão. Ela é um bom exemplo de como o negócio de vendas porta a porta transforma vidas.
Valdilene Silva é um desses casos que começou no balcão, virou gerente e se tornou representante de fábrica de semijoias. Hoje sua empresa distribui 30 mil peças no mercado local.