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BNDES e BNB asseguram financiamento para projetos de geração de energia eólica offshore prevista no Plano Nova Indústria Brasil

Banco oficiais participaram do 3º Workshop Brasil Offshore Power to X, promovidos pelo Grupo CREATION da Universidade Federal do RN em Natal

Por Fernando Castilho Publicado em 28/05/2025 às 7:00 | Atualizado em 29/05/2025 às 5:32

Ao participar nesta terça-feira do 3º Workshop Brasil Offshore Power to X, promovidos pelo Grupo CREATION da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, o especialista em energias renováveis do BNDES, Renato Santos disse que “O Brasil já possui uma das matrizes mais limpas do mundo. A expansão das renováveis será sustentada por fontes como a eólica offshore e a solar. E que para isso, o BNDES seguirá oferecendo soluções de financiamento inovadoras, integradas ao Plano Nova Indústria Brasil”.

Este plano, lembrou, recentemente sancionado, prevê um orçamento inicial de R$300 bilhões, focado na descarbonização da indústria, na digitalização e na promoção de tecnologias Power-to-X, que convertem energia renovável em combustíveis ou insumos para a indústria.

O BNDES anunciou a ampliação de linhas de financiamento, com destaque para uma linha de inovação com taxa de TR + 2% ao ano fixos, considerada atualmente a mais competitiva do sistema financeiro nacional.

Desde o ano 2000, a matriz elétrica brasileira cresceu 133 gigawatts (GW), sendo que 64% deste total contou com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além disso, foram apresentados novos mecanismos, como a compra de dividendos e a emissão de títulos em múltiplas moedas. No âmbito do financiamento climático, o banco oferece taxa fixa de 6,5% ao ano para diversas fontes de energia, com exceção da solar, que já atingiu um elevado nível de competitividade.

Renato Santos disse que o BNDES também promoveu recentemente um aporte de R$10 bilhões, realizado por meio da emissão de títulos soberanos verdes no mercado internacional, reforçando sua atuação como um dos principais agentes de financiamento da transição energética no país.

Plataforma Brasil de Investimentos

Outro destaque foi a apresentação da Plataforma Brasil de Investimentos, uma ferramenta digital que visa conectar investidores e projetos no setor de energia renovável, com o objetivo de atrair capital nacional e estrangeiro para acelerar a transição energética brasileira.

Renato Santos representou o BNDES no painel de financiamento de projetos eólicos offshore e Power-to-X onde também esteve presente o Superintendente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Nordeste, Irenaldo Rubens que reforçou o compromisso da instituição nordestina com o desenvolvimento regional.

Ele disse na sua apresentação que o BNB estará presente “onde houver necessidade de financiamento para projetos que impulsionam o desenvolvimento sustentável”.

Segundo o representante da instituição, “o banco sempre estará ao lado da região, discutindo soluções e financiando alternativas viáveis para o fortalecimento das cadeias produtivas e energéticas”.
Irenaldo Rubens revelou que a atuação do BNB no apoio ao financiamento à infraestrutura de energias renováveis vem desde 2018 e revelou que desde março de 2025 foram contratados R$41,62 bilhões. Sendo R$21,47 bilhões para energia fotovoltaica (51,6%), R$18,2 bilhões para energia eólica (43,7%) e R$1,94 bilhão para geração distribuída (4,7%).

Ele também destacou o apoio à transição para uma economia de baixo carbono e contribuição à mitigação de impactos associados às mudanças climáticas é um dos princípios da Política de Responsabilidade Social, Ambiental e Climática do Banco do Nordeste. PRSAC). O BNB já recebeu R$9 bilhões em pedidos de financiamento.

Fomentar o uso de fontes renováveis para geração de energia compõe uma das diretrizes dessa política. Temos participado de muitas discussões técnicas importantes das questões ambientais e discussões acerca de financiabilidade desses projetos é toda sobre a regulamentação que é necessária para que esses projetos possam acontecer, disse Irenaldo Rubens.

Segundo o executivo é sempre muito importante estar presente nesse tipo de evento porque o banco eh como o interesse que tem de financiar o desenvolvimento da região a questão da geração de energia ela é vai ser determinante pra gente poder financiar uma indústria verde.

Por sua vez, o representante da Mútua, Gilbrando Trajano Júnior ressaltou a importância de alinhar a formação de engenheiros, agrônomos e profissionais das geociências com as demandas do mercado de energias renováveis.

Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação

“Queremos formar profissionais inseridos no mercado, alinhados com as novas demandas. A Mútua está à disposição para apoiar a capacitação, qualificação e formação complementar”, afirmou.

O evento conta com a participação daí Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, do governo do estado do Rio Grande do Norte, da Associação Brasileira de Energia Eólica(ABEEolica), Conselho Mundial de Energia Eólica ( GWEC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A realização reforça o papel estratégico do Brasil no cenário global da transição energética e consolida a costa potiguar como um importante polo de debate sobre as energias renováveis e o futuro da indústria verde.

O painel financiamento de projetos eólicos offshore e Power-to-X foi um dos pontos altos do Congresso Internacional Brasil Offshore que reuniu representantes de instituições estratégicas, que debateram instrumentos financeiros e políticas públicas capazes de acelerar a expansão das energias renováveis no Brasil.

Nele, os debatedores enfatizaram especialmente o papel das energias eólica e solar na diversificação da matriz elétrica brasileira, destacando que a energia eólica offshore representa uma nova fronteira estratégica para o país.

Ainda durante o painel, foram apresentados novos dados sobre a posição privilegiada do Brasil no cenário global: a matriz elétrica brasileira já possui aproximadamente 88% de participação de fontes renováveis, um índice muito superior à média mundial e à dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 

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