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O que JCPM tem a nos ensinar sobre ESG, Inteligência Artificial e Marketing do Futuro quando sua empresa faz 90 anos

Empresário desenvolve programas de gestão, respeito ao meio ambiente e ações sociais de colaboradores e pessoas do entorno de seus empreendimentos.

Por Fernando Castilho Publicado em 14/05/2025 às 0:05

Empreendedor de sucesso, o presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça costuma dizer que o empresário se move pelo lucro. Naturalmente, pagando todos os impostos (Responsabilidade Social) e, quando atinge uma melhor consciência como investidor, cuida também das pessoas do entorno de suas empresas (Compromisso Social).

Ele cuidou de fazer isso na prática tendo ao longo de 15 anos ajudado a impactar a vida de mais de 80 mil jovens através do IJCPM. E na Fundação Pedro Paes Mendonça, que criou na Serra do Machado, há 35 anos como compromisso de sua família com o lugar que viu nascer o seu grupo empresarial.

Rotina de ESG

JCPM também costuma provocar a equipe dizendo que o que hoje está sendo apresentado como o estado da arte das empresas, resumidas na sigla ESG (sigla em inglês para Environmental, Social, and Governance), que o Grupo JCPM adota em português como ASG - Ambiental, Social e Governança - não é novidade nas suas práticas porque nas três letras sua companhia se orgulha de ser referência.

As pessoas se acostumaram com as boas práticas ambientais dos shoppings ancorados na marca Riomar sem saber que essa era uma preocupação do empresário nas lojas da rede Bompreço que, ao longo de sua expansão, foram agregando cuidados especiais com tratamento de resíduos sólidos de modo que, ao construir os shoppings, incluiram os requisitos que os classificam com selo verde.

Governança

Também em relação ao G, ele costuma lembrar que seu apoio e destinação de investimento em Tecnologia da Informação que além dos controles contábeis de excelência lhe permitiram ser pioneiro no uso de sistemas de capturas de dados que o levaram ao fundar o cartão de fidelidade Bom Clube e ao de crédito Hipercard cujo volume de processamento de dados permitam a empresa criar perfis de consumo que o ajudavam a decidir com fornecedores as quantidades necessárias para ampliar o giro nas gôndolas.

Isso porque JCPM costuma dizer à equipe que TI é para responder perguntas do empresário e lhe dar segurança nas decisões. Claro que o feeling do velho comerciante que ouve pessoalmente as demandas do cliente e as processa para na área de compras é essencial. Mas como ele costuma dizer, o importante é se antecipar ao desejo do freguês.

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Estratégia de João Carlos Paes Mendonça. - Divulgação

IA para me servir

Hoje com a explosão da Inteligência Artificial, ele adverte à equipe que IA é para responder perguntas. E que o desafio de quem a usa é saber fazer a pergunta certa. E não se apoiar no que ela lhe entrega como um pacote pré-moldado.

Esse padrão de conexões - depois de 75 anos no mercado -, naturalmente, confere a JCPM uma enorme vantagem na hora de definir o mercado, o espaço a ser ocupado pelo novo empreendimento, a quantidade de recursos financeiros a serem alocados e a estratégia de venda para atender o cliente.

O lugar da B6

Mas ele já fazia isso na empresa de atacado em Aracaju e fez no Recife ao definir o local da primeira loja em Casa Amarela quando todos achavam que seria em Boa Viagem (pelo maior poder aquisitivo da beira-mar) e prosseguir quando da expansão da rede de supermercados.

Pouca gente lembra, mas a primeira loja da rede entre as Avenidas Domingos Ferreira e Conselheiro Aguiar levou o número de B6, indicando que as outras cinco ocupavam espaço vazio de mercado. Olhando do ponto de vista de mercado, a microlocalização da loja é pura estratégia uma ciência fartamente documentada em dezenas de livros.

Marcas locais

No seu discurso de comemoração, JCPM lembrou empresários pernambucanos que lhe ajudaram colocando nas gôndolas da nova loja, as suas marcas. Essa sempre foi uma marca do Bompreço: apoiar marcas locais para colocar nas suas lojas.

Ícones do setor de alimentos, bebidas e laticínios costumavam dizer que estar perto de João Carlos era bom porque ele “dava sombra”. E ele foi justo quando lembrou os que “seguraram minha mão” e citou José Paulo Alimonda [Bem-te-vi], Valter Turton [Pilar] e Raymundo da Fonte [Brilux].

Marketing do Futuro

A expressão Marketing do Futuro sequer fora inventada quando ele já aplicava os conceitos para estudar os efeitos de rede e aplicá-los na estratégia do negócio para que ele escale e se torne exponencial.
Pouca gente sabe do número exato de empresas que hoje estão firmes no mercado e que dobraram a produção quando conseguiram uma ponta de gôndola nas lojas da rede Bompreço.

Como diria, hoje, Silvio Meira criador com a cientista Rosário de Pompéia, do termo Marketing do Futuro, não é só tecnologia (o super parque de TI do Bompreço), mas estratégia e negócios em plataformas (a rede se lojas), de com e para pessoas (fabricantes e seus clientes).

Ele também se orgulha de suas empresas quando faz o que toda empresa séria faz que é pagar os impostos. Mas o S do grupo JCPM nunca foi uma rubrica incluída na área de Relações Publica e muito menos na de Comunicação. Tanto que foi pioneiro ao adotar o termo Compromisso Social.

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Estratégia de João Carlos Paes Mendonça. - Divulgação

Investir na educação

Não é filantropia. É atitude. E ação de resgate social de quem, não raro, precisa apenas de ferramentas para mudar o rumo da vida. O grupo destaca os casos mais emblemáticos.
Mas o impacto está na direção que a presença do IJCPM deu em milhares de pessoas, simplesmente por investir na educação. Mas isso, como diz JCPM exige a decisão do acionista controlador. De botar nisso, o seu dinheiro depois que recebeu os dividendos.

Bom argumento

Quem conhece JCPM sabe de sua clareza de opiniões e a franqueza no que diz. Vale na hora de fechar um grande contrato. Assim como vale na hora de apoiar um colaborador que defende seu ponto de vista. Até porque como diz, adora perder para quem tem um bom argumento.

Isso o tem levado a sempre está “inventando coisas”. Criando e desafiando a equipe testando-a todos os dias. Talvez porque como diz o Brasil e o Nordeste, em especial, precisam de gente que tenha a coragem de fazer o melhor para a empresa, mas fazer o melhor para a comunidade que é feita de gente. Aliás, uma matéria prima que JCPM não apenas gosta, mas que adora transformar.

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Modelo de projeçao do parque urbano no José Estelita. - Divulgação

João e os custos do José Estelita

No robusto pacote de entregas que o projeto do Novo Cais vai fazer a cidade do Recife, quando a Prefeitura receberá uma série de equipamentos e espaços públicos requalificados e terá autonomia para definir os usos futuros, inclusive de natureza comercial, cultural ou institucional surge uma pergunta importante: quanto o município vai gastar para manter o que vai receber?

Explica-se. A Prefeitura vai receber o Parque da Orla, com 33 mil m² de área, ciclovias, áreas de lazer, parque infantil, parque para pets, mobiliário urbano e paisagismo completo e o Parque da Memória Ferroviária, com 55 mil m², que inclui a restauração de cerca de 30 galpões e casarios históricos. Além da antiga estação ferroviária e da caixa d’água, bens tombados pelo IPHAN, que serão plenamente recuperados e entregues ao município.

Zero despesa

Até agora a Prefeitura do Recife não entrou com nenhum real na área. A despeito do prefeito, João Campos ter comemorado, em vídeo, nas redes sociais o pacote de obras que a cidade terá como ações mitigadoras do projeto do Novo Cais.

Além disso, o município vai receber três casas históricas localizadas na área do parque da orla, que serão restauradas para uso público, podendo abrigar cafés, livrarias, centros de visitantes e um sistema de monitoramento previsto para os parques e áreas comuns. Tudo isso é muito bom. Mas a gestão das áreas verdes vai precisar de um projeto junto com o IPHAN para a conservação dos espaços públicos em princípio com a Emlurb.

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O equipamento será de primeira qualidade, mas o prefeito terá que entrar com o dinheiro da conservação. - Divulgação

Gestão de parques

De qualquer forma, o consórcio estuda, em parceria com o município, alternativas sustentáveis para garantir a conservação de longo prazo, possivelmente contratação de empresas especializadas. O equipamento será de primeira qualidade, mas menti-lo vai obrigar o prefeito, em algum momento, entrar com o dinheiro da conservação.

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A cantora Larissa de Macedo Machado registrou o nome Annita, em 2010, seis anos depois que a FQM registrou o vermífugo em 2004. - Divulgação

Vermífugo Annita

Começou uma briga intestina da cantora Anitta com a farmacêutica FQM Farmoquímica para impedir que a indústria ampliasse o uso do vermífugo com a marca “Annita.”

A cantora Larissa de Macedo Machado registrou o nome Annita, em 2010, seis anos depois que a FQM registrou o vermífugo em 2004 como um medicamento de amplo alcance nacional, possui respaldo legal para manter esse uso dentro do setor farmacêutico. O Brasil, o sistema de propriedade industrial adota o princípio do “first-to-file”, que garante direitos àquele que primeiro registrar a marca.

As marcas convivem sem problemas até 2024 quando a FQM Farmoquímica se propôs a registrar o nome para produtos que orbitam o universo da cantora como marca para cosméticos ou outros produtos que se aproximam do universo de atuação e licenciamento da cantora.

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Renovabio judicializado. - Divulgação

Renovabio no STJ

Concebido para promover a descarbonização da matriz de transportes, o RenovaBio virou uma grande briga judicial. Quando aconteceu, em dezembro de 2024, a sanção da lei que alterou a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) para incluir ganhos aos produtores independentes na negociação de créditos de descarbonização (CBIOs), os produtores de cana-de-açúcar celebraram.

O problema é que com a nova lei aumentou a volatilidade e a formação especulativa dos preços dos Créditos de Descarbonização (CBIOs), cuja estimativa inicial era de R$ 30,00, mas que já atingiram o patamar de R$ 220,00, gerando um custo social projetado de R$ 46 bilhões em 10 anos.

Isso fez as distribuidoras entrarem na justiça numa ação que hoje tem adesão de dezenas de empresas (amicus curiae) no STJ patrocinadas por grupos da cadeia de biocombustíveis. E o Renovabio que era uma ideia muito boa que deveria ajudar na descarbonização da matriz de transportes e gerar receitas verdes deram errado.

Brazil Offshore

O Rio Grande do Norte sedia entre os dias 26 e 28, a terceira edição do Brazil Offshore Wind & Power-to-X (BOWPX 2025), maior evento da América latina dedicado à energia eólica offshore e às tecnologias Power-to-X, que visam transformar eletricidade renovável em produtos como hidrogênio verde, e-metanol, amônia e aço verde.

A expectativa é que a nova regulamentação da eólica offshore impulsione ainda mais os investimentos em tecnologias verdes no Brasil. O evento é promovido pela UFRN por meio do grupo de pesquisa Creation, com coordenação do professor Mario González.

O BOWPX 2025 deve reunir 800 participantes entre eles especialistas de diversos países e tem como o Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC ), Apex Brasil, ABEEólica e Sebrae.

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RN sedia entre os dias 26 e 28, a terceira edição do Brazil Offshore Wind &Power-to-X (BOWPX 2025), - Divulgação

Innovation Day

Nesta sexta-feira(16) tem o “Innovation Day”, um dos destaques da programação da Semana S, promovida pelo Sistema Comércio com palestras dos consultores Walter Longo, Fábio Oliveira e Rafael Figueiredo falando tecnologia e futuro, reunindo empresários, startups, especialistas e instituições para a troca de experiências e a apresentação de soluções que estão transformando o mercado. Às 11h30 na sede da Fecomercio-PE.

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