Congresso do Sesc discute arte/educação e culturas marginalizadas no pós-colonialismo

Evento será realizado na UFPE entre os dias 27 e 29 de agosto, com mais de 140 atividades e inscrições gratuitas para estudantes universitários

Por JC Publicado em 04/08/2025 às 19:08

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Com o tema “Pós-colonialismo: Arte/Educação como emancipação”, o Congresso Internacional Sesc de Arte/Educação chega à sua nona edição entre os dias 27 e 29 de agosto, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.

Com correalização da UFPE, o evento busca repensar práticas e saberes à luz das culturas historicamente marginalizadas, propondo uma arte/educação crítica, plural e transformadora.

A programação inclui mais de 140 atividades como palestras, mesas de diálogo, conferências, lançamentos de livros, cursos e um ideathon, reunindo pesquisadores, artistas, mestres da cultura popular, professores e estudantes do Brasil e do exterior.

Entre os destaques estão nomes como Ana Mae Barbosa (SP), Gabriela Augustowsky (Argentina), Ricard Huerta (Espanha) e Hamlet Fernandes (Cuba). Também serão homenageadas Isabel Marques, referência nos estudos de ensino da dança, e Inaldete Pinheiro, escritora, contadora e fundadora do Movimento Negro de Pernambuco.

Acesso gratuito para estudantes e foco na diversidade de saberes

Com o objetivo de ampliar o acesso à formação crítica, o congresso oferecerá 300 vagas gratuitas para estudantes universitários dos cursos de artes, educação e áreas afins. Para o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto, o evento reforça o papel social da instituição.

“É uma satisfação ampliar os diálogos sobre arte e educação, valorizando saberes diversos e refletindo sobre o papel transformador da arte/educação na sociedade.”

As inscrições já estão abertas no site, com ingressos a partir de R$ 60 e descontos para trabalhadores do comércio, professores, estudantes, empreendedores da cultura e filiados a instituições da área.

Programação

A programação propõe reflexões sobre como a arte/educação pode contribuir para a valorização de culturas indígenas, afro-brasileiras, periféricas e populares, com mesas como:

  • “O que os(as) arte/educadores(as) têm a aprender com os Povos Indígenas?”;
  • “com os terreiros de religião de matriz africana?”;
  • “com o movimento hip hop?”;
  • “com as culturas populares?”.

Também será abordado o papel da arte/educação na preservação ambiental, na economia criativa e na valorização da memória social e do patrimônio cultural.

“Ao escolher o pós-colonialismo como tema central, queremos provocar reflexões sobre os caminhos que moldam o ensino da arte e fortalecer práticas que respeitam a diversidade”, destaca Rita Marize, gerente de Cultura do Sesc.

Cursos, ideathon e homenagens marcam a edição de 2025

Como nos anos anteriores, o Congresso dedica as tardes para ações formativas. Serão 29 cursos abordando temas como música, artes visuais, patrimônio, economia da cultura, circo, cinema, literatura, teatro, dança e performance.

A novidade deste ano é o Ideathon, que convida os participantes a criarem soluções inovadoras para desafios reais da arte/educação. As ideias mais bem avaliadas terão reconhecimento e premiação.

Entre os momentos especiais, destaque para as “Mesas de Afetos”, em homenagem a Inaldete Pinheiro e Isabel Marques, que celebram os legados dessas duas referências no campo da arte e da educação.

Evento híbrido deve reunir mais de 4 mil participantes

Desde 2008, o Congresso é realizado a cada dois anos e, em 2025, espera reunir 1.200 participantes presenciais e mais 2.800 online, consolidando-se como um dos principais fóruns sobre arte/educação da América Latina.

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