Cena Política | Análise

Igor Maciel: Sobre o ambiente político e as boas práticas empresariais

Há coisas muito mais caras do que dinheiro. Há empresas que ensinam pelo exemplo e que promovem inclusão social desde quando ninguém falava disso.

Por Igor Maciel Publicado em 12/05/2025 às 22:54 | Atualizado em 13/05/2025 às 6:57

Esta coluna abre espaço, hoje, para fazer um registro importante do aprendizado que pode existir na política, através das lições de uma empresa, para o desenvolvimento de uma região inteira. Há esperança para o futuro quando qualquer tipo de polarização política é deixada em segundo plano para celebrar aquilo que não se antagoniza, que é o desenvolvimento coletivo.

Uma amostra significativa desse ambiente esteve presente no evento comemorativo dos 90 anos do Grupo JCPM realizado na noite desta segunda-feira (12). No mesmo espaço, em confraternização, havia prefeitos, deputados e senadores que normalmente trocam farpas pela mídia tentando afirmar suas posições ideológicas. Havia o PT do deputado João Paulo, mais também o PL de Gilson Machado Neto. Estava o PSB do prefeito João Campos, mas também o PSD da vice-governadora Priscila Krause. O União Brasil de Mendonça Filho, o MDB de Jarbas Vasconcelos, o PP de Eduardo da Fonte, entre outros.

INOVANDO HÁ DÉCADAS

Uma característica muito importante da JCPM no relacionamento público, reconhecido por todos os políticos que entenderam a importância do momento e estiveram presentes no Teatro RioMar nesta segunda-feira (12), é colocar a comunidade em que as empresas do grupo estão inseridas sempre em primeiro lugar.

Não existe futuro e não é possível alcançar nove décadas de boas histórias se seus empreendimentos não se conectam com o ambiente em que estão inseridos. Hoje isso é moda em plataformas de gestão, com termos como ESG, mas faz parte da realidade da JCPM desde sua fundação, desde quando era uma mercearia que oferecia um copo com água aos clientes que passavam pela Serra do Machado, em Sergipe.

Por isso, um shopping da JCPM nunca é apenas um shopping. Ele é um grande complexo de desenvolvimento social, de infraestrutura, de logística urbana e melhoramento da vida das pessoas que, também, inclui um shopping como motor daquelas melhorias. E isso vale para cada cidade e cada estado em que o grupo está presente

PROPÓSITO

O comportamento de empresas assim acaba moldando o comportamento de políticos que também estão inseridos nessas comunidades, cidades e estados. E isso é uma observação que este colunista pode fazer durante o evento e que chama atenção. Empresas com boa

credibilidade, com bons propósitos e comprometidas com a sociedade, moldam a vida ao seu redor e também acabam sendo boas professoras para os que estão na arte de servir através da política, quando eles estão dispostos a aprender. Acabam, por convicção ou obrigação de sobrevivência, incorporando esses propósitos para se integrarem a eles.

Empresas assim formam políticos pelo exemplo que dão. E, nessas horas, sendo um político, não importa se você é de esquerda, de direita ou de outro planeta. O que faz o Grupo JCPM forte entre todas essas espécies de homens públicos não é só a extensão de seus empreendimentos, mas o impacto deles. E essa força não deriva dos resultados financeiros, mas do propósito associado a cada centavo investido pela empresa.

MAIS CARO QUE DINHEIRO

Todos os políticos que entendem essa importância estiveram no evento em paz mútua, mesmo que sejam adversários fora dali. É um ótimo sinal de que a construção de credibilidade feita em nove décadas sem interrupções, desde a Mercearia Pedro Paes Mendonça na Serra do Machado, realmente funcionou. O Orgulho de ser Nordestino é mais que um slogan na camisa dos colaboradores, a preocupação com as pessoas é mais do que um modismo de gestão. É uma cultura empresarial e social sólida. E isso é muito mais caro. Muito mais caro até do que dinheiro.

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