Nos 40 anos das Diretas Já, Jarbas Vasconcelos recebe homenagem que lota seu escritório político
O evento, organizado pelos amigos e ex-colaboradores, foi retrato da época com vídeos da campanha,e presença de quase todos que saíram às ruas
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O ex-senador e ex-governador Jarbas Vasconcelos foi homenageado esta quarta-feira no Centro Debate onde já em 1985, quando se tornou o prefeito eleito do Recife após a redemocratização, montou o comando de sua campanha após anos de luta pela democracia e em oposição à ditadura militar. O evento, organizado pelos seus amigos e ex-colaboradores de caminhada, foi um retrato da época com vídeos da campanha, jingles e a presença de quase todos os que saíram às ruas naquele ano para, de porta em porta, virar o jogo ao seu favor.
Entre os políticos que foram abraçá-lo, Adilson Gomes, do PSB, seu 2º suplente no Senado e arraesista histórico, a vice -governadora Priscila Krause, o deputado estadual João Paulo Lima e Silva, do PT, que foi prefeito quando Jarbas era governador e relembrou as parcerias que fizeram, os deputados estaduais Joaquim Lira (PV) e Claudiano Martins (PP). Do Governo estadual, além de Priscila o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça. Também presentes o senador Fernando Dueire e o deputado estadual Jarbas Filho.
Coube a João Braga, coordenador da campanha de 1985, falar por todos e contar os bastidores de uma luta que começou com Jarbas liderando com folga nas pesquisas, vitimado pela televisão quando chegou a ter 20 pontos a menos do que Sérgio Murilo para, no final, com o apoio da classe média, virar o jogo já no dia da eleição, quando teve 35,19% dos votos contra 29,45% de Sérgio Murilo. Além de ter enfrentado adversários importantes além de Murilo como João Coelho(PDT), que chegou a ter 22% dos votos, Roberto Freire (PCB), Bruno Maranhão (PT) e Augusto Lucena (PDC), Jarbas quase não tinha tempo de TV. O seu partido, o MDB, foi tomado por Murilo, lançado por Marcos Freire, e ele precisou se abrigar no PSB, de Miguel Arraes, um partido pequeno e com pouca representação na Câmara de Vereadores.
Entre as lideranças que o acompanhavam na época participaram da homenagem, entre outros, o professor e cientista Político Antonio Lavareda, Edgar Moury Fernandes, o sociólogo José Arlindo Soares, o engenheiro Roberto Pandolfi, os advogados João Humberto Martorelli e Pedro Henrique Reynaldo, Francisco de Assis, secretário municipal na época, Lúcia Pontes, José Carlos Vasconcelos, que foi o vice eleito em 85, e os empresários Geralda Farias e Eduardo Monteiro.
Federação do PSDB com solidariedade
Embora o tempo seja curto para as eleições de 2026, não está ainda descartada a possibilidade de uma Federação entre o PSDB, Solidariedade e PRD, que pode ter consequências em Pernambuco. Uma fonte tucana em Brasília informou a este blog que o único obstáculo tem sido Goiás onde o ex-governador Marconi Perillo comanda o PSDB e há uma liderança do PRD que é sua adversária. Nos demais estados não há dificuldade inclusive em Pernambuco onde a ex-deputada Marília Arraes tem conversado com o presidente da Alepe, Álvaro Porto. Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, tem discutido o assunto com o deputado federal Aécio Neves, que assumiu na semana passada a presidência nacional do PSDB.
Gilmar causa rebuliço
O ministro do STF, Gilmar Mendes, causou um grande rebuliço esta quarta-feira em Brasília ao decidir, monocraticamente, que ministros do Supremo só podem ter encaminhados processos de impeachment se o pedido partir da Procuradoria Geral da República. Hoje, pela Constituição, a iniciativa é do Senado. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tem contrariado o presidente Lula, voltou suas baterias para Gilmar e ameaça colocar em votação uma PEC que mantenha o texto constitucional como está. Senadores de diversos partidos se mostraram irritados e analistas políticos classificaram a decisão monocrática de Gilmar uma tentativa de golpe.
Pergunta que não quer calar
Depois da decisão de Gilmar, onde o Supremo quer chegar?