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Com Miguel Coelho e Eduardo da Fonte empatados, Datafolha confirma a luta dentro da Federação PP/União Brasil para se definir em 2026

Pesquisa considera empate técnico quando dois candidatos distam um do outro dentro da margem de erro que no Datafolha, é de 3% para mais ou para menos

Por TEREZINHA NUNES Publicado em 30/10/2025 às 9:28

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A maior novidade que a pesquisa Datafolha, publicada esta quarta-feira, traz em relação à disputa pelo Senado não é a presença da ex-deputada federal Marília Arraes em primeiro lugar e o senador Humberto Costa em segundo – como vem sendo repetido em todos os levantamentos feitos até agora – mas o desenho que se anuncia de uma disputa acirrada entre o ex-prefeito Miguel Coelho e o deputado federal Eduardo da Fonte por uma vaga na disputa já que ambos são pré-candidatos a senador e estão na mesma Federação. E se alguém tinha dúvida da força eleitoral de cada um deles, nos dois principais cenários testados pelo levantamento eles estão rigorosamente empatados.

Em pesquisa se considera empate técnico quando dois candidatos distam um do outro dentro da margem de erro que, no Datafolha, é de 3% para mais ou para menos. No caso de Miguel e Eduardo a diferença é de 1% apenas, ou seja, o empate é também numérico. No primeiro cenário, Miguel tem 19% e Eduardo 18%. No segundo, Miguel tem 21% e Eduardo 20%. No terceiro cenário onde só Eduardo da Fonte é testado – Miguel fica fora – ele chega a 30% – uma demonstração de que um pode tirar voto do outro se os dois disputarem mas, se só um for candidato como deve acontecer, a pontuação do outro pode ajudar a aumentar o percentual do escolhido.

Se nessa disputa não houvesse a questão da eleição para governador era provável que os dois fossem candidatos em uma mesma chapa mas como o PP, de Eduardo da Fonte, está na base da governadora e a família Coelho, que será hegemônica no União Brasil caso os deputados federais Mendonça Filho e Luciano Bivar deixem a legenda, está com o prefeito João Campos. Então o problema da Federação vai ter que ser resolvido no primeiro semestre de 2026 e não na campanha propriamente dita quando as chapas já estarão montadas. Tanto Raquel Lyra como João Campos vão lutar com unhas e dentes para levar a Federação inteira para o palanque, pois ela congrega hoje o maior número de deputados federais do país, tem enorme tempo de TV e um gordo fundo partidário para eleger seus candidatos.

Armando na disputa?

Além da novidade acima exposta a segunda veio com a inserção do nome do ex-senador Armando Monteiro entre os prováveis candidatos. Armando tem dito que não deseja mais ser candidato, mas jabuti não sobe em árvore e se o Datafolha o colocou é porque deve ter informações sobre a possibilidade de isto vir a acontecer. Hoje ele estaria em quinto lugar, depois de Miguel e Eduardo da Fonte com 12, 15 e 16%, dependendo dos cenários. A amigos o ex-senador tem confidenciado que deseja ajudar Raquel a se reeleger, mas chegou a dizer a um deles “farei o que ela pedir para ajudá-la”. Ou seja: e se ela quiser que ele se lance para o Senado? A pergunta fica no ar. (A pesquisa Datafolha foi encomendada pela CBN Recife e CBN Caruaru).

Média das pesquisas

O analista de pesquisas e cientista político Maurício Romão, fez esta quarta-feira uma condensação dos resultados das pesquisas para governador realizadas até agora e concluiu que entre junho e agosto o prefeito João Campos apareceu com 54,3% em média nas intenções de voto e a governadora Raquel Lyra com 24,0. Em setembro João teve em média 51,7% e a governadora 28,7%. Em outubro João ficou com 50.1% e Raquel com 30,3%. A diferença entre os dois era de 30,3% de junho a agosto, caiu para 23,0 % em setembro e em outubro caiu para 19,8%.

Pergunta que não quer calar

Como vão estar as pesquisas para governador e senador a partir de janeiro quando os institutos são obrigados a registrá-las na justiça eleitoral?

E-mail: redacao@blogdellas.com.br/terezinhanunescosta@gmail.com

 

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