País respira aliviado mas Governo Federal pede cautela sobre prazos na negociação com os EUA
Por tudo que foi levantado pela imprensa não se conseguiu até agora apurar nada que possa ter acontecido no encontro das equipes que demonstre avanços
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A bolsa brasileira fechou com alta de 0,56% esta segunda, chegando aos 146.991 pontos, após bater o recorde de 147.976 pontos, durante o dia. As projeções para o IPCA caíram de 4,70% para 4,56% e o dólar recuou perante o real de R$5,45 para R$5,41. Economistas, analistas políticos e empresários passaram o dia comemorando esses feitos atribuídos ao encontro do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, com o Presidente Lula, na Malásia. O presidente da Amcham (Câmara de Comércio Brasil -Estados Unidos) Abrão Neto disse em nota esperar que em curto prazo se chegue a um entendimento em torno das tarifas.
Não se sabe se por temor de alguma frustração nas perspectivas criadas após as declarações otimistas do presidente Lula e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira – a reunião entre os negociadores americanos e brasileiros que se esperava para esta segunda-feira não ocorreu – assessores do presidente Lula começaram a informar a jornalistas, como relatou a CNN, que é preciso cautela pois até o momento não se tem nada de concreto, embora se acredite em boas notícias para o Brasil quando as equipes sentarem à mesa.
Na verdade, o encontro de Lula e Trump, passada a comemoração inicial, não passou de acenos das duas partes. O presidente americano elogiando Lula e o presidente brasileiro devolvendo na mesma moeda, mas nada de concreto restou das conversas que agora serão conduzidas no lado americano pelo secretário de estado, Marco Rubio – tido como osso duro de roer – pelo o secretário do tesouro, Scott Bessent, que chegou a fazer declarações criticando a postura brasileira diante de decisões tomadas pelo STF que, segundo ele, atingiram empresas e cidadãos americanos.
Para dois países que sequer sentaram à mesa desde que Trump assumiu e criou as tarifas, o simples fato dos dois lados conversarem é um bom motivo de satisfação mas não de euforia. Por tudo que foi levantado pela imprensa americana e brasileira não se conseguiu até agora apurar nada que possa ter acontecido no encontro das duas equipes que demonstre a possibilidade de avanços nos próximos dias. Nem mesmo sobre o fato do presidente Lula ter se colocado à disposição de Trump para ajudar nas negociações do fim da guerra na Ucrânia ou de uma solução para o conflito na Venezuela. Colocar as barbas de molho parece ser a melhor opção até que algo mais palpável surja no horizonte.
Humberto diz que fala sobre Bolsonaro foi antes da conversa
As declarações por Trump sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro, de elogios e lamentos pelo que aconteceu com o ex-presidente – o que deixou Lula visivelmente incomodado – foram dadas, segundo o senador Humberto Costa, antes da conversa entre os dois. Ele disse que depois disso Lula informou sobre o processo contra Bolsonaro, dizendo que ele teve amplo direito de defesa e acredita que a situação sobre isso deve mudar. “Agora a conversa é direta entre Lula e Trump. O bolsonarismo passa por um momento de extrema dificuldade e Lula deu o recado”- salientou o senador em entrevista ao Blog Dantas Barreto.
Teto de gesso do Barão
Parte do teto de gesso da UTI do Hospital Barão de Lucena desabou esta segunda-feira. O Governo informou, através de nota da Secretaria de Saúde, que não houve vítimas e que a unidade não passara por reforma recente. A Secretaria da Casa Civil explicou que dentro de poucos dias a governadora Raquel Lyra assina a ordem de serviço da obra de restauração do Barão orçada em R$ 32 milhões e, antes do final do ano, será iniciada a construção de um novo Hospital Getúlio Vargas, junto do prédio atual, que é antigo impossibilitando até mesmo sua restauração. O custo da construção do hospital novo é de R$ 160 milhões. Também serão iniciadas obras no Agamenon Magalhães, Otávio de Freitas e outros hospitais menores.
Pergunta que não quer calar
Quando o presidente Donald Trump vai baixar ou suspender o tarifaço imposto ao Brasil?
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