Amigo de Trump, Gilson Machado, defende revogação do tarifaço: "prejudica a todos"
Em prisão domiciliar no Recife, Gilson afirmou, em entrevista ao Blog Dellas, que nunca foi pensamento da direita brasileira uma medida desse porte

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Único assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se hospedar na residência do presidente Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida – esteve lá antes e depois da posse do presidente americano –, o ex-ministro do Turismo, o pernambucano Gilson Machado, disse esta sexta-feira que é a favor da revogação da tarifa de 50% sobre as importações brasileiras imposta por Trump.
“Esta medida prejudica a todos, ao Brasil, aos Estados Unidos, vai lesar empresas dos dois países e criar enormes problemas se for mantida”, disse Machado.
Gilson, que está em prisão domiciliar no Recife por decisão do ministro Alexandre de Moraes que o acusa de ter tentado conseguir um visto português para Mauro Cid, afirmou em entrevista exclusiva a este blog, que nunca foi pensamento da direita brasileira uma medida desse porte:
"Sei que estão acusando Bolsonaro, tentando colocar sobre ele a responsabilidade. Bolsonaro é vítima disso tudo. A culpa é do Governo brasileiro que revogou a dispensa de visto para os americanos visitarem o Brasil, criada por Bolsonaro, que tentou desestabilizar aquele país falando em nova moeda para beneficiar a China, que apoia o Iran e o Hamas, que tem atacado Trump por onde anda e que tornou o Brasil o pior ambiente no mundo para as redes sociais dos Estados Unidos".
Ele diz que “ é necessário entender que a tarifa que Trump estabeleceu para o Brasil foi a empregada para ditaduras como Cuba, Venezuela e Rússia. E o que é o Brasil hoje com jornalistas exilados, presos políticos - eu mesmo sou um deles e sem culpa formada - e que desrespeita a Constituição tomando medidas sem o devido processo legal? Para mim é uma ditadura e Trump ao nos taxar em 50% mostrou isso ao mundo.”
“Trump não é de Bravata – afirmou – e se não for tomada nenhuma medida pelo Brasil no sentido de corrigir esses problemas até o dia 1.o de agosto virão problemas ainda maiores. Ele costuma dar aviso e deu um aviso ao Brasil da mesma forma que avisou ao Iran que iria tomar medidas sérias se continuassem a enriquecer urânio para fazer bomba atômica, antes de atacar as usinas nucleares ucranianas”.
Embora o Brasil não esteja em guerra e nem produzindo bomba atômica, o ex-ministro acha que as medidas mais duras serão no plano econômico”. Mas ele acredita em recua se houverem negociações dentro da pauta estabelecida na carta enviada ao presidente Lula: “Trump costuma dar um freio de arrumação como deu para negociar. Agora cabe ao Brasil entender o recado e agir”.
Silvio Filho tomou caminho sem volta
O ministro Silvio Costa Filho tem revelado a amigos que decidiu apoiar a candidatura a governador do prefeito João Campos e este é um caminho sem volta. Ele tem esperança de vir a ser um dos candidatos ao Senado no palanque do prefeito mas, se isso não ocorrer, não passaria pela sua cabeça a disputa por um mandato de deputado federal.
O candidato a federal é mesmo o seu irmão Carlos Costa. João Paulo, o outro irmão, é candidato à reeleição de deputado estadual.
Democratas a favor do Brasil
A ex-senadora e ex-candidata a presidente dos Estados Unidos, Hilary Clinton, derrotada por Donald Trump fez uma declaração dura contra a taxação do Brasil ela disse que o presidente americano “quer proteger seu amigo corrupto”- se referindo ao ex-presiente Jair Bolsonaro. Escreveu Hilary nas redes sociais : “você está prestes a pagar mais caro pela carne bovina não só porque Trump quer proteger o seu amigo corrupto, mas também porque os republicanos decidiram ceder seu poder sobre a politica comercial a ele.”
Pergunta que não quer calar: quando e em que condições Donald Trump vai concordar em receber o presidente Lula para iniciar um processo de diálogo?