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João Campos apresenta ações de resiliência urbana na COP30 e destaca investimentos do ProMorar

Na COP30, o prefeito João Campos apresenta iniciativas do ProMorar, programa de R$ 2 bilhões voltado para adaptação climática do Recife

Por Adriana Guarda Publicado em 11/11/2025 às 17:39 | Atualizado em 11/11/2025 às 19:38

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As estratégias do Recife para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas foram apresentadas nesta terça-feira (11) durante a COP30, em Belém. O prefeito João Campos participou do painel “Financiamento Climático para Cidades Resilientes”, onde detalhou o Programa de Requalificação e Resiliência Urbana em Áreas de Vulnerabilidade Socioambiental (ProMorar). Com investimento de R$ 2 bilhões, o programa é executado pela Prefeitura do Recife em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A operação, segundo o BID, é a maior já firmada pelo banco com um município em todo o mundo. Ao lado do presidente da instituição, Ilan Goldfajn, o prefeito destacou a importância de financiamentos internacionais para ampliar a capacidade das cidades em executar obras de adaptação climática.

Campos lembrou que um terço da população do Recife vive em áreas de morro e que a capital é considerada a cidade brasileira mais vulnerável à elevação do nível do mar. “Isso exige esforços contínuos em infraestrutura resiliente, urbanização integrada e governança climática com inovação”, afirmou.

Entre as iniciativas citadas, o gestor mencionou a cooperação com o departamento holandês especializado em mitigação de mudanças climáticas e com instituições da Colômbia, que contribuíram para modelos de participação social e validação técnica de soluções de macrodrenagem. “Fizemos, junto com a Colômbia, um modelo de participação social e, com a Holanda, um modelo de validação técnica das soluções de macrodrenagem do Recife. Com isso, conseguimos um grande modelo de participação”, disse.

As primeiras ações do ProMorar incluem a implantação do COMVIDA, na Vila do Papel, e do Arrecifes da Cidadania, na Comunidade do Bem — projetos-piloto de urbanização integrada em áreas de vulnerabilidade.

O programa também prevê investimentos de R$ 500 milhões na macrodrenagem da Bacia do Tejipió, com obras voltadas à redução de alagamentos históricos e à adaptação da cidade às mudanças climáticas. Entre as intervenções estão a dragagem do rio, a construção do Parque Alagável Campo do Sena e a instalação de reservatórios subterrâneos na Imbiribeira.

De acordo com o prefeito, o trabalho foi desenvolvido com apoio de consultores estrangeiros e de representantes das próprias comunidades. “Transformamos o grande desafio das chuvas de maio de 2022 em capacidade de mudar a vida de quem vive em vulnerabilidade. No meio do desastre, buscamos parcerias e conhecimento técnico. Hoje, estamos transformando espaços de insegurança e medo em lugares de oportunidade”, concluiu.

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