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Por que o Dia de Finados é celebrado em 2 de novembro?

Tradição católica instituída há quase mil anos, o Dia de Finados é marcado por homenagens, orações e pelo costume de acender velas

Por Zayra Pereira Publicado em 31/10/2025 às 22:08

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O Dia de Finados, celebrando em 2 de novembro, é um dos principais e mais respeitados no Brasil e em diversos países com tradições cristãs.

A data é dedicada à lembranças e orações pelos entes queridos que já faleceram, levando muitas pessoas a visitar cemitérios e missas.

Origem

A tradição remonta ao final do século X, quando o abade Odilo, da Abadia de Cluny, na França, instituiu em seu mosteiro a celebração de 2 de novembro como um dia dedicado à oração pelos fiéis falecidos.

O costume rapidamente se espalhou entre outras comunidades beneditinas e, com o tempo, foi incorporado ao calendário litúrgico da Igreja Católica, consolidando-se como o Dia de Finados.

Além disso, a data também tem relação com o Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro, tendo em vista que, enquanto uma homenageia aqueles que alcançaram a glória da purificação, inclusive os não canonizados oficialmente, outra é dedicada aos que ainda seguem no processo de santidade.

Velas para os que partiram 

É muito comum que as pessoas acendam velas para seus amigos e familiares já faleceram. Seja em túmulos, igrejas, ou até mesmo em casa, a tradição é tanto ligada à religião quanto a cultura.

No cristianismo, a chama da vela representa a luz de Cristo, que ilumina o caminho das almas e simboliza a esperança na vida eterna. 

Muito antes da influência cristã, o fogo já era venerado como elemento sagrado, associado à purificação e à proteção espiritual. Por isso, em diferentes culturas, a chama da vela tornou-se símbolo de presença, memória e transcendência, um gesto que expressa a crença de que o amor e as lembranças permanecem vivos, mesmo diante da morte.

Dia de Finados em outras culturas

Embora o Dia de Finados tenha origem cristã, sua celebração dialoga com antigas tradições pagãs que também prestavam homenagens aos mortos. Muito antes da instituição da data pela Igreja, civilizações como a romana e a celta realizavam rituais para lembrar os antepassados e reafirmar o vínculo entre vivos e mortos.

Ao incorporar essa dimensão simbólica, o cristianismo ressignificou o costume, transformando-o em um momento de fé, oração e esperança na vida eterna.

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