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"Caça-comunistas": PF investiga grupo de extermínio por ameaças e assassinatos sob encomenda

Grupo autodenominado 'Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos' é suspeito de assassinatos e ameaças a ministros do STF e parlamentares

Por Túlio Feitosa Publicado em 28/05/2025 às 16:26

Com Estadão Conteúdo

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (28), a 7ª fase da Operação Sisamnes, que investiga um grupo de extermínio autodenominado "Comando C4" (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos).

O grupo é suspeito de atuar com espionagem e assassinatos sob encomenda, tendo como alvos autoridades, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e parlamentares, conforme apontam as investigações.

As investigações tiveram início a partir do assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em dezembro de 2023, em Cuiabá. Zampieri, conhecido como "lobista dos tribunais", estava envolvido em um inquérito sobre a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Operação Sisamnes

Na operação desta quarta-feira, a PF cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão e monitoramento eletrônico em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais.

A investigação revelou a existência de uma tabela de preços para os assassinatos, que variava de R$ 50 mil a R$ 250 mil, dependendo do cargo da vítima. A PF apura se houve planejamento real de atentados contra as autoridades listadas.

Comando C4: Reminiscências da Ditadura

O nome "Comando C4" faz referência ao Comando de Caça aos Comunistas (CCC), grupo paramilitar que atuou durante a ditadura militar brasileira, o que acende um alerta sobre a persistência de ideologias extremistas e violentas na sociedade atual.

A PF investiga a motivação ideológica do grupo e suas possíveis conexões com outros grupos extremistas.

Próximos Passos

A Polícia Federal continua as investigações para identificar todos os membros do grupo, bem como para apurar a extensão de suas atividades criminosas e suas possíveis ligações com outras organizações criminosas.

A operação Sisamnes segue em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas à medida que as investigações avançarem.

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