Lula é diagnosticado com labirintite, mas mantém agenda em Pernambuco
Presidente da Câmara diz que "Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar" Queda de braço só está começando

UM PRESIDENTE E SUA LABIRINTITE
Diagnosticado com um “quadro de vertigem e de labirintite” pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês de Brasília - o mais bem equipado da capital da República - o presidente Lula da Silva (PT) suspendeu às pressas a agenda da tarde de segunda-feira (26), fez exames, foi medicado e levado de volta para casa. A informação preliminar é de que a agenda desta terça-feira “será normal”.
EM SALGUEIRO
A equipe precursora embarcou dois dias antes com destino a Salgueiro, no Sertão pernambucano, onde, na quarta-feira, Lula assina ordem de serviço “para a duplicação da estação de bombeamento”, no ramal do Salgado.
O SILÊNCIO DE LULA
Após um “leve desentendimento” entre a primeira-dama da França, Brigitte Macron, e o marido - ainda dentro do “AeroMacron”, quando o casal desembarcava no Vietnã - a expectativa nos corredores do Congresso Nacional era de que Lula fizesse um gesto de solidariedade, dando um telefonema ao amigo francês, como insinuou o deputado Alberto Fraga (PL-DF).
À ESPERA DE UM TELEFONEMA
Por outro lado, Lula - que costuma ser tão atento quando decide se manifestar em episódios de violação de direitos humanos - não fez nenhum gesto em direção ao governo de Kiev, após ataque em massa das tropas do seu amigo Vladimir Putin à Ucrânia.
PT COM CARA DE PSTU
Até mesmo parlamentares petistas ressentem-se das investidas midiáticas do líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), que não passa um dia sem criar uma ingrisia com a oposição. “Justo agora que precisamos tanto de um entendimento para aprovar medidas importantes”, lamentou um dos vice-líderes do governo.
QUEDA DE BRAÇOS
De um lado está o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que responsabilizou o Poder Legislativo por agir “como se estivéssemos em um país semipresidencialismo - quase parlamentarismo” - e por atrapalhar as ações do governo federal, que “foi forçado a apresentar medidas para aumento do IOF” de transações internacionais.
JAMANTA DESCONTROLADA
Do outro lado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não deixou barato: “O Executivo não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar. O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício”. Haddad calou-se.
PENSE NISSO!
Foi armada - e não é de hoje - uma rinha que coloca, em um dos extremos, o Poder Judiciário, aqui representado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No outro lado do círculo da rinha estão os Bolsonaros: Jair (ex-presidente da República) e seu filho Eduardo, deputado federal pelo estado de São Paulo.
Ora instigado por governistas, como o líder do PT, Lindbergh Farias; por vezes provocado pela Procuradoria-Geral da República, as reclamações do clã sempre acabam caindo no colo de Moraes.
Como no diálogo em “Ninguém Escreve ao Coronel”, de Gabriel García Márquez (1927-2014) quando o Dom Sabas se dirige ao coronel: “O mundo pegando fogo e o meu compadre preocupado com o galo”. Temos o país aos prantos com tanta violência e o Judiciário brasileiro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet e aliados do governo caçando um jeito de enquadrar Bolsonaros.
Pense nisso!