Aéreas restringem voos para Fernando de Noronha após falhas no pavimento do aeroporto

A Abear e as companhias aéreas esclarecem que as medidas impactam diretamente a operação aérea em Noronha e lamentam os transtornos

Por Lucas Moraes Publicado em 04/07/2025 às 16:31 | Atualizado em 04/07/2025 às 16:33

Com colaboração de Roberta Soares

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou, nesta sexta-feira (4), que as companhias ajustarão suas malhas aéreas a partir desta sexta-feira (04) para atender às restrições temporárias anunciadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) no aeroporto Fernando de Noronha (PE).

Entre as medidas adotadas estão a redução da capacidade das aeronaves, com limitação do número de passageiros e volume de cargas transportados, e a operação somente em pista seca e sem simultaneidade. As companhias também não poderão ampliar o número de frequências até o dia 15 de agosto, prazo de validade das novas regras.

PROBLEMAS NO AEROPORTO

As restrições foram adotadas após as falhas no pavimento do pátio do aeroporto, que afetaram as operações aéreas em Noronha, exigindo a adoção de medidas de mitigação pelas companhias, com o objetivo de preservar a operação aérea na ilha sem afetar o nível de segurança, valor inegociável para as empresas aéreas.

A Abear e companhias aéreas esclarecem que as medidas impactam diretamente a operação aérea em Noronha e lamentam os transtornos enfrentados pelos passageiros. As condições para reembolso e remarcação de bilhetes estão disponíveis nos canais de atendimento de cada empresa.

A Abear alerta que a continuidade das operações aéreas em Fernando de Noronha depende da execução das obras de recuperação do pavimento pelo governo do estado.

AFUNDAMENTO EM NORONHA

Em entrevista ao Programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o novo secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, André Teixeira Filho, esclareceu que os recentes afundamentos de duas aeronaves aconteceram em áreas que ainda não tinham recebido a obra principal. “A parte da pista de pouso e decolagem das aeronaves, que foi finalizada em março e possibilitou a retomada dos voos de grandes aeronaves, está funcionando normalmente e não apresenta problemas. Os incidentes aconteceram nas áreas de baliza e estacionamento, longe da pista principal”, pontuou.

No domingo, 29/6, um avião da GOL atolou após o asfalto ceder quando se preparava para decolar. Uma semana antes, em outra posição no mesmo pátio, uma aeronave da Azul já havia enfrentado problema semelhante, também prestes a decolar. Ambos os episódios levantaram questionamentos sobre a segurança operacional do aeroporto.

Segundo o novo secretário, o período chuvoso (abril, maio e junho) provocou a paralisação das obras, mas medidas emergenciais foram tomadas imediatamente. “Desde a semana retrasada, o primeiro buraco foi fechado com concreto, e o segundo está sendo fechado agora. Temos quinze toneladas de material, incluindo asfalto, que estão sendo embarcados para a ilha com o objetivo de realizar mais de 2.000 m² de serviços emergenciais”, garantiu. A obra principal do aeroporto será retomada a partir da segunda quinzena de julho, quando as chuvas reduzirem. 

 
 

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