Roger Silva chega ao Sport com dura missão de recuperar time sem identidade e confiança
Campeão da Copa do Brasil pelo clube em 2008, treinador chega para liderar retomada após rebaixamento vexatório na temporada 2025
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O Sport pós fim a uma espera que já deixava o torcedor ansioso. Após negativas de Léo Condé e Eduardo Baptista, o Leão confirmou a contratação de Roger Silva como novo treinador para a temporada 2026. O técnico de 40 anos chega com a missão clara de recolocar o clube na Série A após o rebaixamento vergonhoso no Brasileirão de 2025.
Só que não se trata apenas de uma contratação para o futebol. Roger assume em um cenário de reconstrução ampla. O Sport vive dificuldades financeiras, terá orçamento reduzido na Série B e herdará um elenco desacreditado pela torcida após uma temporada marcada por instabilidade, viradas recorrentes e queda precoce de rendimento. Além disso, o clube ainda passa por transição política e administrativa, o que exige respostas rápidas no futebol.
O desafio esportivo também é elevado. A Série B de 2026 tende a ser equilibrada, com clubes tradicionais e projetos estruturados disputando poucas vagas de acesso. Paralelamente, Roger terá que dividir atenções com o Campeonato Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil, competições que impactam diretamente o caixa o ambiente do clube.
Outro ponto central será a implementação de sua ideia de jogo. Nos últimos trabalhos, Roger priorizou posse de bola, construção pelo chão e protagonismo ofensivo, modelo que contrasta com o padrão instável apresentado pelo Sport em 2025. O treinador terá pouco tempo para implantar conceitos, ajustar o elenco e dar identidade a um grupo que ainda passará por reformulação.
História pesa a favor
Pesa a favor do novo comandante o conhecimento do clube e a identificação com a torcida. Roger é campeão da Copa do Brasil de 2008 pelo Sport e voltou a vestir a camisa rubro-negra em 2013. Fora de campo, chega com credenciais recentes: dois acessos consecutivos da Série C para a Série B, por Athletic-MG e Londrina, ambos em contextos de orçamento limitado.
Técnico para devolver identidade
A aposta do Sport é clara. Mais do que um nome, Roger representa a tentativa de alinhar identidade, competitividade e pragmatismo em um ano decisivo. O sucesso da temporada passa, agora, pela capacidade do treinador de transformar um ambiente de desconfiança em um time funcional e competitivo desde o início de 2026.
Respaldo e história ele tem de sobra. Agora é usar esse capital a favor para reconstruir o Sport e devolver a identidade perdida em 2025.