Náutico começa muito mal, perde para a Ponte Preta e se vê em situação dramática na briga pelo acesso
Timbu perde a segunda seguida nos Aflitos, vê Macaca encaminhar o acesso e terá que buscar reviravolta heroica com dois jogos em Campinas na sequência

Não deu pro Timbu! Pela 3ª rodada do Grupo B do Quadrangular Final da Série C 2025, o Náutico recebeu a Ponte Preta neste sábado (20), nos Aflitos e saiu derrotado por 1 x 0, gol marcado por Toró, ex-Sport, aos 18 minutos do 1° tempo.
Com três derrotas em toda a primeira fase, o time alvirrubro, que só havia tomado 7 gols naqueles 19 jogos, vive um verdadeiro drama neste quadrangular do acesso, acumulando agora duas derrotas seguidas nos Aflitos e vendo suas chances de voltar à Série B minguarem.
Com o resultado, o Timbu vai estacionando na 3ª colocação com 3 pontos, e fica a seis de distância da Ponte, que lidera com 9 pontos e fica a uma vitória de garantir o acesso considerando a média histórica do atual formato.
A situação pode ficar ainda pior para o alvirrubro se o Guarani vencer o Brusque, abrindo três pontos de vantagem para o Timbu, que volta a campo no próximo sábado (27), contra a mesma Ponte Preta, desta vez no Moisés Lucarelli, pela 4ª rodada.
Começo desastroso e ineficiência no ataque
Num contraste bastante negativo com relação ao que foi visto na primeira fase, o Náutico teve um começo até enganador.
A partida viu seus primeiros 15 minutos marcados pelo equilíbrio. O Timbu não conseguia chegar com muita qualidade, mas levava perigo com lançamentos e cruzamentos, que resultaram em três finalizações mais claras.
Foram duas cabeçadas, a primeira logo no primeiro minuto com Otusanya, pra fora, e depois com Igor Bolt, nas mãos do goleiro Diogo Silva, aos 13. Aos 17, Marco Antônio finalizou dentro da área, mas em cima do goleiro da equipe campineira.
Se o Náutico teve três chances para abrir o placar e não fez o gol, a Ponte precisou de apenas uma. Após linda jogada pela direita, Pacheco levou a melhor sobre Igor Fernandes, invadiu a área e rolou para trás para Toró chegar finalizando no cantinho, sem chances para Muriel.
O Timbu sentiu o gol e começou a errar antes. Se a falta de qualidade na finalização foi uma tônica enquanto o jogo estava 0 x 0, ficou ainda pior depois do da abertura do placar.
A partir daí, a bola parecia queimar nos pés da equipe alvirrubra. Embora tentando a todo o momento, o Náutico não conseguia uma jogada de qualidade, muito pelo seu nervosismo, mas também pela qualidade defensiva do adversário, que dava pouquíssimo espaço no último terço.
Timbu reclama de pênalti no 1° tempo; árbitro não marca e VAR não chama para revisão
Aos 40 minutos, o Náutico chegou bem pela esquerda e após cruzamento, Otusanya tentou se antecipar à zaga e foi ao chão após choque com o zagueiro da Ponte Preta.
O atacante alvirrubro reclamou de calço no tornozelo, mas a arbitragem entendeu que o jogador do time paulista chegou primeiro na bola, decisão referendada pelo VAR, que não solicitou revisão no monitor.
Náutico luta até o fim, goleiro da Ponte faz milagre no último lance e garante vitória da Macaca nos Aflitos
Hélio dos Anjos promoveu duas mudanças no intervalo, sacando Igor Pereira e Marco Antônio do time titular e promovendo as entradas de Wenderson e Lucas Cardoso.
O Timbu ganhou ritmo, teve mais a bola, mas seguia sem conseguir "aquela chance", que só viria a aparecer aos 13 minutos.
Igor Bolt recebeu na direita, dentro da área e encheu o pé, para bela defesa com os pés de Diogo Costa. Na sequência, Bolt tentou o cruzamento, mas ninguém apareceu na área para finalizar.
E assim seguiu a partida. O Náutico tentava pressionar e a Ponte resistia. Mais na garra do que na qualidade o Timbu se recusava a se entregar.
Aos 40, em cobrança de falta levantada na área e desvio primeiro pau, a bola sobrou para Arnaldo, que cabeceou, sem muita força, no contrapé do goleiro da Ponte, que saltou para defender com segurança, lance em que a arbitragem marcou impedimento.
Aos 41, a prova de que este não era um jogo para o Náutico. Após bate e rebate, a bola sobrou pra Kelvin, na cara do gol, mas, o atacante não dominou e deixou a bola nas mãos do goleiro.
A outra chance clara do Timbu viria apenas no último lance da partida. Aos 51, Hélio Borges dominou no peito e, da intermediária, mandou um lindo voleio sem pulo e só não marcou um golaço que faria os Aflitos vir a baixo por que Diogo Silva saltou para fazer mais uma linda defesa.
Fim de jogos nos Aflitos e muitas vaias para o elenco alvirrubro, que terá que fazer história nos dois jogos que terá em Campinas para chegar à última rodada com chances de acesso, nos Aflitos, contra o Brusque.
Escalações
Náutico
- Muriel; Arnaldo, João Maistro, Igor Fernandes e Raimar; Igor Pereira (Wenderson), Marco Antônio (Lucas Cardoso) e Vitinho; Vinícius, Igor Bolt (Kelvin) e Samuel Otusanya (Bruno Mezenga) - Hélio dos Anjos
Ponte Preta
- Diogo Silva; Pacheco, Wanderson, Saimon e Artur (Kevyn); Luiz Felipe, Lucas Cândido (Gustavo Teles) e Elvis (Rodrigo Souza); Toró (Diego Tavares), Brunos Lopes (João Gabriel) e Jeh - Marcelo Fernandes
Notas do Escrete (Ralph de Carvalho)
- Muriel - 5
- Arnaldo 5
- João Maistro - 4
- Igor Fernandes - 3
- Raimar - 3
- Igor Pereira - 4 / Wenderson - 5
- Marco Antônio - 4 / Lucas Cardoso - 5
- Vitinho - 5 / Hélio Borges - 5
- Igor Bolt - 6 / Kelvin - 4
- Samuel Otusanya - 3 / Bruno Mezenga - 4
- Vinícius - 6
- Hélio dos Anjos - 7
- Árbitro (Márcio dos Santos Oliveira) - 7
Ficha do Jogo
- Náutico 0 x 1 Ponte Preta - 3ª rodada do Grupo B do Quadrangular Final da Série C 2025
- Data e Horário: Sábado, 20/09, às 17h, horário de Brasília
- Local: Estádio dos Aflitos, no Recife
- Público: 13.887
- Renda: R$ 592.081,74
Arbitragem
- Árbitro: Márcio dos Santos Oliveira (AL)
- Assistente 1: Esdras Mariano de Lima Albuquerque (AL)
- Assistente 2: Maria de Fatima Mendonca da Trindade (AL)
- Quarto Árbitro: Bruno Monteiro Cunha (PB)
- VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Cartões
- Amarelo: Saimon e Elvis (Ponte Preta), Igor Pereira e Samuel Otusanya (Náutico)
- Vermelho: Não houve