Tiroteios e violência crescem em Pernambuco com disputa entre facções criminosas
Especialistas alertam para necessidade de estratégias integradas e ação social para conter avanço do crime organizado
A violência em Pernambuco tem registrado aumento significativo, impulsionada pela disputa entre facções e organizações criminosas. O combate policial enfrenta desafios regulatórios e estruturais, enquanto especialistas apontam a necessidade de ações sociais e integração entre diferentes esferas de segurança pública.
O som de tiros voltou a marcar o cotidiano de comunidades da Região Metropolitana do Recife. Em setembro, um tiroteio no Alto José do Pinho deixou uma pessoa ferida.
Na madrugada do dia 8 de agosto, a comunidade do V8, em Olinda, registrou quatro mortes em mais um confronto entre facções rivais. Nos últimos meses, vídeos de confrontos têm se multiplicado nas redes sociais.
Levantamento do Datafolha, solicitado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que quase 28,5 milhões de pessoas no Brasil são impactadas por ações de facções ou milícias.
Em Pernambuco, pichações com as siglas do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital têm aparecido em muros e becos de comunidades na Zona Norte do Recife e em Olinda, como demonstração de poder.
Para a polícia, no entanto, nem sempre essas marcas refletem o real apoio às grandes organizações. Um oficial afirmou que “as grandes organizações criminosas que atuam no país já tentam se instalar em Pernambuco, mas ainda há pequenos grupos que se utilizam dessas marcas”.
O Impacto da violência na população
Segundo dados do governo estadual, 65% das mortes violentas em Pernambuco estão ligadas a atividades criminosas.
Mas a guerra entre facções não poupa inocentes: levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta que, até o início de outubro, ao menos 15 crianças foram baleadas no Grande Recife, quatro das quais não resistiram aos ferimentos.
Desafios para o combate ao crime organizado
Especialistas afirmam que o crime organizado em Pernambuco transcende a violência e está inserido na economia e em diferentes setores da sociedade. Isso exige estratégias integradas para enfrentar o problema de forma eficaz. Entre as medidas apontadas estão:
- Desfinanciar as organizações criminosas.
- Rastrear patrimônio, armas e munições utilizadas pelos grupos.
- Desenvolver ações combinadas de inteligência com foco interestadual.
“Enquanto não houver integração efetiva, conforme previsto no Sistema Único de Segurança Pública, vamos continuar ‘enxugando gelo’”, conclui um pesquisador.
Esse texto foi gerado por inteligência artificial, com base em vídeo autoral da TV Jornal, sob monitoramento de jornalistas profissionais