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As muitas novidades no Natal de Nova York

Destaques de sociedade, política, moda, eventos e entretenimento em Pernambuco e no mundo permeiam a coluna de João Alberto no Social1

Por João Alberto Publicado em 16/12/2025 às 0:00

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ESTOU voltando de uma temporada em Nova York. Como faço há muitos anos, fui ver a decoração e a iluminação da cidade, que faz, sem exagero, o mais belo Natal do mundo. Desta vez, com direito a um frio terrível, sempre abaixo de zero. A solução é um bom casaco. E algumas novidades chamaram a minha atenção.

Arquivo Pessoal
Um ‘tuk-tuk’, dirigido por um "Papai Noel", em plena Quinta Avenida em Nova York - Arquivo Pessoal

OS “TUK-TUKS” existem há muitos anos, mas seu número cresceu de forma impressionante. São veículos com uma cabine acoplada a uma bicicleta, presentes em várias áreas de Manhattan. Nesta época de Natal, muitos circulam com iluminação especial e músicas natalinas. Tudo indicando que pertençam a uma mesma empresa, dezenas têm os condutores vestidos de Papai Noel. Estão por toda parte, especialmente nas portas dos teatros, ao fim dos espetáculos, quando é difícil encontrar um táxi. É preciso combinar o preço antes da corrida, que depende do trajeto, mas não sai por menos de US$ 20 (R$ 110). Há também passeios turísticos, bem mais caros.

EM PLENA Times Square fica a loja “Pelé Soccer”, homenagem ao craque brasileiro, retratado jovem em uma estátua. A loja vende camisas de clubes do mundo inteiro. Do Brasil, apenas da seleção. Registro, porém, uma curiosidade: encontrei muitos turistas brasileiros circulando pela cidade com a camisa do Flamengo.

IMPRESSIONA o número de policiais nos pontos de maior circulação de turistas, reflexo do receio de atentados terroristas. Uma curiosidade: ao contrário do Brasil, policiais norte-americanos são proibidos de usar o celular durante o serviço.

É FÁCIL conseguir Uber em Nova York, mas nos horários de pico eles costumam ser mais caros que os táxis amarelos, que somam 14 mil na cidade.

CHAMAM a atenção os inúmeros veículos estacionados nas principais ruas de Manhattan, que vendem todo tipo de comida imaginável, com preços bem mais baixos que os dos restaurantes. São de vários tamanhos. Alguns são da tradicional Nathan’s, considerada a melhor rede de cachorro-quente da cidade, que custa US$ 4 (R$ 20).

O NÚMERO de moradores de rua era muito maior até pouco tempo atrás. Com o frio intenso, diminuiu bastante, embora ainda seja possível vê-los, alguns com crianças — um cenário sempre doloroso.

DEPOIS de um período fechado, a tradicional “Century 21”, em Downtown, voltou a funcionar e segue como parada obrigatória dos turistas brasileiros. A loja é enorme e famosa por vender produtos de grifes com descontos que chegam a 80%.

A “VILA DE INVERNO” do “Bank of America”, no “Bryant Park”, reúne patinadores e barracas temáticas. Uma delas chama a atenção por exibir miniaturas de táxis nova-iorquinos, cada um com uma árvore de Natal no teto e passageiros usando gorros de Papai Noel.

NA BROADWAY, vários musicais estão em cartaz, mas os que parecem atrair mais público atualmente são “Aladdin” e “Harry Potter and the Cursed Child”. Os ingressos custam entre US$ 90 (R$ 500) e US$ 250 (R$ 1,4 mil), um bom exemplo de como a cidade ficou cara para os brasileiros. Em restaurantes, uma refeição dificilmente sai por menos de US$ 50 (R$ 275), sem bebida.

NOVA YORK abriga um restaurante frequentemente apontado como o melhor de carnes do mundo: o centenário “Peter Luger”, no Brooklyn, ao pé da ponte que leva a Manhattan. O acesso pelo Metrô é simples, mas o táxi, a partir da Times Square, custa em torno de US$ 100. Com 139 anos, decoração em madeira e garçons famosos pela pouca simpatia, o restaurante tem como prato estrela o “Porterhouse Steak”, que serve duas pessoas e custa US$ 100 (R$ 540). Considerando transporte e vinho, um almoço ou jantar não sai por menos de US$ 300 (R$ 1,6 mil).

MESMO eventualmente perseguidos pela polícia, camelôs continuam presentes nas principais avenidas de Manhattan, vendendo sobretudo bolsas e camisas falsificadas de grifes famosas.

A QUANTIDADE de gente na cidade nesta temporada impressiona. Em alguns momentos, é difícil caminhar pelas ruas, tomadas por turistas. O metrô segue sendo a melhor e mais barata forma de locomoção: são 20 linhas e 472 estações, exigindo um pouco de estudo prévio para não se perder. O bilhete unitário custa US$ 2,90 (R$ 16), mas a melhor opção é o passe semanal, por US$ 33 (R$ 180).

CONFESSO que gosto de visitar o museu de cera Madame Tussauds. Já estive em Londres, Las Vegas e Nova York, onde encontrei novas estátuas, entre elas a do brasileiro Vinícius Júnior, ao lado de Elon Musk, Selena Gomez, Taylor Swift e Cristiano Ronaldo.

QUEM sente falta da comida brasileira não passa aperto em Nova York. Na chamada “Little Brazil”, entre a 5ª e a 6ª Avenida da Rua 46, ficam o "Via Brasil" e o "Empório Brasil". Há ainda o "Plataforma", na Rua 49, e o "Fogo de Chão", na Rua 53. Em todas essas casas, o rodízio custa cerca de US$ 60 (R$ 350).

O ICÔNICO Natal do Rockefeller Center ganhou uma novidade: uma área sob a árvore destinada a fotos especiais. A entrada custa US$ 50 (R$ 270) e inclui outros benefícios no espaço.

TAMBÉM fazem sucesso os passeios de barco pelo Rio Hudson, com decoração natalina e até a presença de Papai Noel.

NA TIMES SQUARE, os tradicionais personagens fantasiados que posam para selfies em troca de alguns dólares ganharam um reforço: um Papai Noel muito disputado, especialmente pelas crianças.

OUTRO clássico do inverno é o trailer do chocolate quente “Glace NY”, famoso pela cremosidade, que atrai multidões e forma filas intermináveis perto do Rockefeller Center.

UMA VISITA imperdível é à lojinha do MoMa, que tem produtos incríveis, todos exclusivos.

EM RESUMO: Nova York mantém a tradição e faz o mais bonito Natal do planeta.

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