"Ainda Estou Aqui" recebe Prêmio Lihuén de Melhor Filme Ibero-americano
Longa de Walter Salles é premiado no Chile e celebra história real de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos durante a ditadura militar brasileira

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O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistou neste sábado (27) seu 66º troféu: o Prêmio Lihuén de Melhor Filme Ibero-americano, entregue pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile. Esta foi a primeira edição do prêmio, que teve sua estatueta recebida pela produtora Maria Carlota Bruno em nome de toda a equipe do longa.
Em seu discurso, Maria Carlota destacou a importância do reconhecimento: “Este prêmio é ainda mais especial por se tratar da primeira edição de uma premiação que celebra o cinema falado em português e espanhol”.
A produtora também comentou sobre o significado do nome do troféu: “‘Lihuén’ significa ‘luz’ na língua mapuche. Que bonito que Ainda Estou Aqui receba um prêmio com esse nome, pois o filme busca iluminar a história de Eunice Paiva e sua família e, através dela, a de tantas famílias que sofreram na ditadura.”
O longa já foi exibido em mais de 30 países, ultrapassando 8,3 milhões de espectadores. No Brasil, encerrou sua passagem pelos cinemas após 21 semanas com um público de 5,8 milhões. Atualmente, está disponível no Globoplay, onde registrou a maior estreia da história da plataforma.
Além do reconhecimento no Chile, Ainda Estou Aqui também fez história ao dar ao Brasil seu primeiro Oscar, vencendo na categoria de Melhor Filme Internacional.
Ambientado no Brasil de 1971, o filme retrata um país em crise, sob o controle crescente da ditadura militar. Baseado nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, a trama acompanha a luta de uma mãe de cinco filhos que precisa se reinventar como ativista após o sequestro e desaparecimento do marido pela Polícia Militar.
O filme Ainda Estou Aqui está disponível para streaming no Globoplay.